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A Imaginação Moral - Gertrude Himmelfarb

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 10 de abr. de 2021
  • 6 min de leitura


A Imaginação Moral - Gertrude Himmelfarb


Introdução

Autores nos mais distintos tempos históricos mostram ter partes em suas personalidades muito semelhantes. O livro se trata da análise da obra desses importantes autores, normalmente de cunho conservador, e a análise de suas obras do ponto de vista histórico, principalmente no espirito do povo da época.


Capítulo 1 - Edmundo Burke: Apologista do Judaísmo?

O autor do livro Revolução na França demonstra que suas ideias derivam da religião judaica. Frases importantes como as associadas ao passado surgem no contexto dessa religião. "Não olharão para a posteridade aqueles que jamais olharam para seus ancestrais". O homem é por natureza religioso, ser ateu então é ir contar os instintos, o que demonstra que ele não pode prevalecer por muito tempo.


Capítulo 2 - George Eliot: A Sabedoria de Dorothea

Esse autor foi um dos mais eminentes na luta do sufrágio feminino. Ele acreditava que ceder esses direitos civis as mulheres fariam elas "desfrutarem do melhor quinhão da vida" enquanto o homem se tornaria mais sublime.


Capítulo 3 - Jane Austen: A Educação de Emma

Essa autora escreveu importantes romances. Um deles foi "Emma", que grosso modo, falava sobre classes sociais, mas que de forma mais profunda, trata-se de um drama no qual os costumes estão a serviço da moral. Ela não é uma revolucionária, ela era uma moralista, seus personagens, independentemente de sua classe, são agentes morais responsáveis. O caráter deles em suas obras é medido em como se portam em relação as pessoas em sua volta, principalmente aqueles de classes inferiores.


Capítulo 4 - Charles Dickens: "Um autor inferior"

Dickens hoje é considerado um autor no mesmo tamanho de Dostoievski e Dante. Veio de uma família rica, seu pai era muito respeitado. Apesar disso, ele não via nos pobres uma classe inferior. Sabia que eles não tinham o mesmo patamar social dos ricos, mas sem suas obras ele estava longe de rebaixa-los ou desumaniza-los. Os vitorianos, no geral, eram silentes, invisível e obediente.

A questão da classe é presente em todos os momentos em suas obras. Mesmo quando um personagem vai para a cadeia, ele se dá conta que mesmo lá existem classes entre os prisioneiros, o que era demonstrado em função da quantidade de comida que alguns ganhavam em detrimento dos outros. Ele não acreditava em soluções fáceis, por isso foi criticado quando apontava em suas obras que o sindicalismo era parte do problema, não da solução e isso ocorria por prejudicar a relação direta entre as pessoas. A crítica de Dickens ao socialismo ia ao encontro de que a reforça deveria ser da natureza humana, para que tal ideia sobre sociedade desse certo.

Dickens foi um dos primeiros grandes autores que colocou o pobre no primeiro plano, e não devido a sua condição de classe, mas em relação ao seu individualismo.


Capítulo 5 - Benjamin Disraeli: A imaginação Tori

Político que escrevia a favor do judaísmo e cristianismo. Era muito polêmico em suas obras, mas encantava o eleitorado justamente por ser franco.


Capítulo 6 - John Stuart Mill - O Outro Mill

"Liberdade" foi a sua maior obra. Ela causa um espanto inicial pois exprime a verdade atemporal que é a luta entre indivíduos e o governo, mas em especial que a pior forma de governo possível é aquela onde o povo é o governo. A sociedade, em seu âmbito coletivo, é o tirano, indo contra os indivíduos isolados que a compõe.

Passando-se algumas décadas, Mill se torna quase que um refutador de suas ideias iniciais (mais conservadoras). Ele criticava uma filosofia que tentasse matematizar as relações. O problema é olhar "apenas uma coisa" quando há várias outras dimensões e analises a serem feitas, em outras palavras a sociedade não se dirige a um fim único.

Muitas críticas são feitas a quem analise a obra de Mill dessa forma. Tentam homogeneizar um autor que mudou radicalmente com o passar dos anos. Fazê-lo é diminuir a complexidade de um dos autores mais importantes do século XIX.


Capítulo 7 - Walter Bagehot: "Uma natureza dividida"

Hoje as modas absolutistas fazem muito sucesso, autores como Walter Bagehot, que baseava sem escritos em paradoxos e incongruências talvez teria dificuldade de fazer sucesso. Suas observações eram muito perspicazes: "Uma calma mental tão extremada não é favorável ao estadista; é bom carecer de vícios, mas não é nada bom carecer de tentações". Ele se diferenciava de autores da mesma época, como Sherley, que demonstrava acreditar apenas no absoluto do mal e do bem, não notando disparidades na realidade ao seu redor.


Capítulo 8 - John Buchan: Um reconhecimento Extemporâneo

Foi um realista. Numa análise famosa, mesmo antes da Segunda Guerra mundial, dizia: "em toda parte a civilização não passa de uma crosta muito fina". O perigo da revolução, não estava no fato que ela derrubaria qualquer instituição social e política, e sim no fato de que ela solaparia todo governo e toda a sociedade.


Capítulo 9 - Os Knox: Uma Família Perseguida por Deus

Foi uma herdeira da obra da Jane Austen.


Capítulo 10 - Michael Oakeshott

Oakeshott é diferente dos conservadores comuns, considerados como chatos. Ela vê a vida como uma série de questão a serem resolvidas e de necessidades que precisam ser satisfeitas instantaneamente. Além disso, essas questões e necessidades só podem ser resolvidas e satisfeitas por meio de um conjunto de técnicas desenvolvidas racionalmente, cuja aplicação seja imediata, universal e certa. Se o presente foi horroroso, se concluiria que há pouco de bom no conservadorismo. Raramente o presente é intolerável, menos para aqueles que ignoram os recursos que o mundo oferece ou que se deixaram atrair pelo racionalismo e a utopia. Os velhos tendem mais ao conservadorismo não por aquilo que poderiam perder com a mudança, mas sim porque o tempo e a maturidade lhe mostraram o valor daquilo que tem.

Ele não é avesso à mudança, mas acredita que ela deve ser feita a passos lentos. Perder algo familiar é lamentável, mas por vezes necessárias. Ele acreditava que a missão do governo não era fazer a vida das pessoas melhores, mas sim agir como um arbitro, sem tomar partido de qualquer lado. Ele não é considerado um libertário apenas por não ter lido o suficiente de economia. Conservadorismo para ele é o valor daquilo que é prático, e não essencialmente o moralista e o religioso.


Capítulo 11 - Winston Churchill

Os historiadores naturais não gostam de escrever sobre indivíduos que mudaram uma era. Sempre citam que foram as "forças da história", ou a sociedade, mas algumas pessoas realmente foram pilares para grandes mudanças, uma delas foi Winston Churchill. Ele influenciou o comportamento de muitos políticos atuais perante grandes problemas, como o 11 de Setembro.

Churchill foi filho de um político de não tanto sucesso. Sempre foi meio deixado de lado pelos pais, por isso tinha um grande apego por sua baba. Queria ser soldado e político, mas acreditava que não haveriam guerras em sua era. Até que se devolveu como político a ponto de se tornar Primeiro-Ministro na Inglaterra. Por meio de suas decisões os aliados conseguiram vencer Hitler.


Capítulo 12 - Lionel Trilling

Para ele a moralidade não era absoluta. Ao mesmo tempo, porém a visão da moralidade e da política sustentada por Eliot lhe parecida superior a visão dos liberais e dos radicais, que desprezavam o passado e reverenciavam o futuro. Em nome do progresso, os liberais adiavam a concretização da boa vida para o futuro indefinido. O marxismo era ainda mais perigoso, visto que combinava uma espécie de nojo pela humanidade tal qual ela é com a plena fé na humanidade como ela deve ser.

Ao contrário da maior parte de seu público, que considerava reacionária qualquer ideia de algo fixo, Trilling instituía em que a fixidez de nossa condição biológica era na verdade "libertadora": ela libertava o homem de uma cultura que de outro modo, seria absoluta e onipotente. A biologia tem um núcleo que a cultura é incapaz de alcançar e que se reserva a si o direito de julgar toda cultura, de resistir a ela e modifica-la.

Resenhando o livro 1984 de Orwell disse: O que ele na verdade está dizendo é algo assaz abrangente: que a Rússia, tendo sua revolução social idealista hoje convertida em Estado policial, não é senão a imagem de um futuro iminente e que a ameaça definitiva a liberdade humana pode ser muito bem advir de um desenvolvimento semelhante, e até mais sólido, do idealismo social de nossa cultura democrática.

 
 
 

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  2018 - Os textos aqui expostos não representam a opinião do autor.

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