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A Política da Prudência - Russel Kirk - Resumo

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 11 de mai. de 2019
  • 17 min de leitura


A Política da Prudência - Russel Kirk - Resumo


Introdução

Russel Kirk é considerado o Edmund Burke americano. Ele tem uma vasta coletânea de obras onde trata sobre o conservadorismo, que nas palavras dele é a "anti-ideologia". Ideologia para Russel Kirk trata de ideias utópicas, e o conservadorismo é justamente o contrário disso.

Os Estados Unidos tem uma grande tradição liberal, mas Kirk em seu livro "As Raízes da Ordem Americana" argumenta que a independência do seu país foi devido a formação cultural e instituição da experiência conservadora legada do povo de Israel, civilização greco-romana e da tradição medieval e da modernidade.

Ele tem insignts sobre as mais variadas áreas. Ele acredita que a família é necessária na formação do caráter das pessoas, e que o homem é feito para a eternidade. Ao passado que as pessoas deixaram de se preocupar com a redenção eterna, começaram a buscar um paraíso na terra, o que levou a ideologias utópicas como o comunismo.

Ele foi muito influente sobre vários políticos do Partido Republicano, como Nixon e os Bush, porém nunca teve interesse em participar da política.

Kirk não acreditava em soluções individualista e racionais para grandes problemas, e que a endeusação de soluções como essa, derivadas da mente de grandes homens acabara criando a modernidade falha. Uma busca por melhores deveria ser guiada pela tradição e levando em conta a transcendência da realidade.

Como já citado, existe uma identificação entre religião e ideologias utópicas. O ideólogo sustenta que a natureza humana e a sociedade devem ser aperfeiçoadas por meios mundanos, seculares, embora tais meios impliquem numa violenta revolução social.

As ideologias criaram a decadência cultural e politica, nas palavras do autor: "[...] o restabelecimento das normas só pode começar quando nós, os modernos, viermos a compreender a maneira pela qual nos afastamos das antigas verdades". Caso isso não ocorra, cairemos num estado gigantesco.

Sua filosofia conservadora pode ser brevemente sintetizada nesses pontos: A crença em uma ordem transcendente que rege a sociedade e a consciência; Pendor pela prolifera variedade e mistérios da existência humana; Convicção de que a sociedade civilizada requer ordens e classes; Certeza de que propriedade e liberdade estão intimamente relacionadas; Fé no uso consagrado e desconfianças de "sofistas, calculistas e economistas" que querem reconstruir a sociedade com base em projetos abstratos.

O que superará a ideologia, na visão de Kirk, é o amor, apenas com este amor disciplinado se vence o vício e se obtêm a recompensa.


Capítulo 1

Temos que ideologia é um dos grandes maus do século XX. Esta pode ser devida como a religião invertida, negando a doutrina cristão de salvação pela graça e trazendo-a para terra, com todas as suas consequências negativas. Com ela o entendimento politico se torna impossível, pois cada lado tem sua verdade absoluta. Isso cria dissidências dentro do próprio "partido", pois sempre haverá um mais radical que outro. Nas palavras do autor: a ideologia oferece uma imitação de religião e uma filosofia fraudulenta, confortando, dessa forma, aqueles que perderam ou que nunca tiveram, uma fé religiosa genuína e aqueles que não possuem inteligencia suficiente para aprender filosofia de verdade.

A questão da semântica é importante em política ou filosofia, não é possível fazer as duas de forma saudável sem a boa definição das palavras. Acontece que muitas pessoas confundem ideologia com algo bom, como se fosse uma organização de ideia. Ora, se uma sociedade categoricamente não pode se organizar sem a boa semântica de palavras como "liberdade", o mesmo pode-se dizer por "ideologia".


Capítulo 2 - Dez Princípios Conservadores

O conservadorismo não tem uma bíblia de seus mandamentos. Isso é bom, pois não cria uma ideologia para este tipo de pensamento político. Mas o autor, como alguma espécie de guia no escuro, dá a ideia de 10 princípios conservadores, ideias que normalmente são enfatizadas por quem segue essa forma de viver a vida.

Primeiro, o conservador acredita que há uma ordem moral duradoura. Esta ideia segue o fato de ,ao fugirmos dela, caímos em ideologias bizarras que criaram os maiores massacres da humanidade. Segundo, o conservador adere aos costumes, a convenção e a continuidade. Eles acreditam que as ideias que permanecem tem algum poder, até mesmo de uma forma darwiniana, pois conseguiram se sobressair sobre outras. Isso evita de se correr a ideias que prometem o paraíso na terra mas causam grandes maus. Terceiro, os conservadores acreditam no que se pode chamar de princípio da consagração pelo uso. Quanto uma grande quantidade de pessoas faz uso de algo ou de uma ideia, normalmente ela é algo positivo,por mais que a atitude do individuo seja por ventura errada, a da espécie em geral é sábia.

Quarto, os conservadores são guiados pelo princípio da prudencia. A ideia de destruir duo, de substituir o velho pelo novo apenas pela suposição de que tudo que é novo é bom acaba sendo um erro e criando um custo informacional muito alto que os conservadores conseguem evitar apenas acreditando na forma de uma atitude ponderada. Quinto, os conservadores prestam atenção ao princípio da variedade. O contrário disso seria acreditar num igualitarismo que só existe se positivarmos ações sobre a vida dos outros, e isso não é ético. Sexto, os conservadores são disciplinados pelo princípio de imperfectibilidade. A natureza humana é falha, e nada melhor que limitar a ação de uma mente doentia com esse princípio. Sétimo, os conservadores estão convencidos de que a liberdade e a propriedade estão intimidante ligadas. Se assim não o fosse, o leviatã se tornaria dono absoluto de tudo e viveríamos em ditaduras horríveis ao individuo que hoje em dia já não são mais exemplos isolados. De acordo com Sir Henry Maine: "ninguém tem a liberdade de atacar as diversas propriedades e dizer, ao mesmo tempo, que valoriza a civilização. As duas coisas não podem ser desvinculadas".

Oitavo, os conservadores defendem comunidades voluntárias, da mesma forma que se opõe a um coletivismo involuntário. A força da subsidiariedade move toda uma comunidade, porém, as pessoas têm que ter a liberdade interagirem com quem tiver interesse, e não uma interação forçada pelo estado com pessoas as quais elas não tem nenhuma afeição. Nono, o conservador vê a necessidade de limites prudentes sobre o poder e as paixões humanas. É neste ponto que entre o poder politico, que para o autor acaba limitando as ações de pessoas autoritárias. Assim, o conservador razoável entende que a permanência e a mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade vigorosa. Não é tendo uma atitude reacionaria que haverá mudança, mas essa deve ser gradual, pois a estrutura que a sustenta por vezes é delicada.


Capítulo 3 - A Causa Conservadora: Dez Acontecimentos

Nosso mundo, no geral, abandonou essas importantes ideias, abraçou pensadores como Rousseau, que acreditam inteiramente no indivíduo para mudar o seu redor, e acabaram aceitando grandes narrativas utópicas que se tonaram as maiores chacinas da história da humanidade. Pensadores como Burke, que acreditam na mudança paulatina, bem fundamentada em princípios tradicionais, estes normalmente são tidos como reacionários, machista, e todo tipo de ad hominem.

O autor propõe 10 acontecimentos que vão contra essa maré de progressismo no mundo ocidental. Primeiramente a ascensão dos EUA, pois se não fosse essa nação e seus frutos positivos, provavelmente o mundo seria uma grande Revolução Francesa. Segundo foi a doutrina armada na Inglaterra logo após a morte de Burke. O terceiro são as causas politicas defendidas por Randolph no congresso americano em 1824. O quarto ocorre na Nova Inglaterra, onde Orestes Brownson refutou Karl Max em seu ensaio "Socialism and the Church". Mostrou as incoerências dessa teoria e sua busca religiosa em pessoas que abandonaram a fé. O quinto foi a vitória de Benjamin Disraeli contra os liberais na Inglaterra do final do século XIX. Sexto foi a derrota dos comunistas nos primeiros anos seguintes a Primeira Guerra Mundial, o marxismo foi totalmente negligenciado em países como Hungria e Polônia. Isso vai ao encontro do sétimo evento, que foi a aniquilação dos nacionais-socialista na segunda guerra mundial. O oitavo e o nono tratam de relocação de conservadores em suas posições, como o escritor Alexandre Solzchenitsyn e o papa Karol Wojtyla. Para finalizar, a eleição de Ronald Reagan em 1964.


Capítulo 4 - Dez Livros Conservadores

Não existe um "Manifesto Conservador", porém, alguns livros servem como base para se compreender o conservadorismo. Por serem focados em seu período histórico e região, esboçam a ideia do conservadorismo não só em seu texto, mas também na sua construção. Conceitos como costumes, convenção e continuidade são elementos presentes em todas essas obras. Estas 10 recomendações vão desde Edmund Burke, grande pensador inglês, até T. S. Eliot, ambos grandes influências do autor.

O autor cita que um manuel suficiente de introdução pode ser o de autoria de Robert Nisbet, Conservadorismo: Sonho e Realidade. Burke em Reflexões sobre a Revolução na França é um clássico do conservadorismo, onde expõe os princípios da ordem social. Joan Adams em Adas Papers ainda é um livro recente mesmo tendo se passado mais de 2 séculos de sua publicação.

Outro livro famoso e recomendo por Kirk é A Democracia na América de Alexis de Tocqueville, onde mostra as tendências conservadoras, e não essencialmente liberais da história americana. The Americana Republic de Orests Brownson foi interessante pois foi um dos primeiros a responder de modo rigoroso e sistemático o Manifesto Comunista. W Mallock em The New Republic abre o século XX com uma advertência a´tédio pessoal que gera uma perda do sentido religioso. Para finalizar as recomendações, Notas para a Definição de Cultura, de T. S. Eliot, livro este que Kirk recomendo a Richard Nixon.

Em todas as suas recomendações, o autor não propôs o livro de nenhum autor vivo. O que mostra um pouco da consistência do pensamento conservador, o qual afirma ideias que passam pelo ônus.


Capítulo 5 - Dez Conservadores Exemplares

O autor diz que construiu seu conservadorismo em conservar com seu avo, mas isso não o impede de citar importantes nomes do conservadorismo como referencia aos novos leitores. O primeiro destes é Cicero, o grego que tinha uma filosofia que poderia ser aplicada as questões de estado de hoje. O imperador Marco Aurélio é o segundo, em sei livro Meditações ele ciava a decadência da ordem social de Roma. Samuel Johnson, o importante ensaísta inglês também faz parte da seleta lista devido a sua atitude moderada, e a tentativa de achar uma média entre dois extremos. O escocês Waler Scott é outro nome, ele que disseminou a visão conservadora de Burke a um publico que nunca teria lido tratados políticos.

Randolph de Roanoke é o primeiro americano que aparece na lista. E para concluir, uma conservadora chamada Freya Stark, que escreveu sobre vários locais comunistas a luz do conservadorismo.


Capítulo 6 - A Política de T. S. Eliot

Nenhum poeta foi mais importante no século XX que T. S. Eliot. Desde a juventude ele assumiu a defesa das coisas permanentes com certa ousadia. Ele em sua juventude fundou uma revista com esse conteúdo, a The Criterion. Após isso escreveu dois livros importantes em politica: A ideia de uma Sociedade Cristã e o Coriolano. Ele além de sua obra, destrincha certos autores de esquerda como Bernad Shaw. Nas palavras do autor: Ler T. s. Eliot não nos ensinará a equilibrar o orçamento federal, mas a sua poesia nos diz muito da condição humana, seu esplendor e miséria, e a sua prosa nos torna extremamente conscientes das Coisas Permanentes.


Capítulo 7 - Donald Davidson e o Conservadorismo Sulista

O autor tem a coragem de citar um pensador sulista como influência do conservadorismo. Isso é um ato corajoso pois, para os intelectuais, os escritores do sul dos EUA estão associados a comportamentos racistas. Davidson remou contra a maré da opinião dos intelectuais, ele dizia que o nacionalismo centralizar é tirânico e escravizante. Ele citava a importância da consciência de que é impossível prever o futuro. Nas palavras dele "O passado, foi, o presente porém, é, disso podem estar certos.


Capítulo 8 - A Economia Humana de Wilhelm Ropke

Ropke é um autor que não acredita na economia capitalista. Ele na verdade pensa que o conservadorismo é de verdade é o que busca uma economia humana, mas não igualitária. Para Kirk, a não ser que comecemos a pensar em humanizar a economia norte-americana, as cidades continuarão a se desintegrar, e o povo norte-americano ficará cada vez mais entendiado e violento. Quando pensamos a economia humana de uma forma menos estatizada, focando no que é local em vez do global, os dois autores vão ao encontro de econômicas clássicos e austríacos.


Capítulo 9 - Malcolm Muggeridge e o Flagelo do Progressismo

Este foi um jornalista que sofreu muito devido a patrulhe de esquerda que já acontecia no meio do século XX. Seguindo a linha conservadora, conseguiu crescer na vida, independente da falta de apoio.


Capítulo 1-O conservadorismo popular

O conservadorismo americano não seguiu muitas teorias pesadas, por mais que tenha sua raiz nos colonos ingleses. O fato de não sofrer da tirania da maioria e não ser capaz de distinguir conservadores de esquerdistas mostra isso.

Os conservadores americanos seguem algumas linhas de pensamento comum, como ter um olhar religioso da condição humana, ressentem-se da concentração de poder do estado, mantêm a confiança nas instituições, são contra o comunismo, acreditam na propriedade privada e enfatizam os direitos de propriedade.

Um ícone desse conservadorismo foi Ronald Reagan. O ex presidente incorporou o conservadorismo do interior dos EUA em suas atitudes politicas, mas principalmente na foram de se dirigir a nação.


Capítulo 11 - Uma Avaliação Imparcial dos Libertários

Libertarianismo, para Russel Kirk, é aquela tradição que acredita que o mercado tem todas as soluções para os problemas da humanidade. As questões éticas e subjetivas da contingencia humana seriam todas substituídas por ações econômicas.

Ele começa concordando com os libertários sobre a necessidade de se criticar o tamanho do estado. Diferente dos marxistas, os conservadores e libertários acreditam que é apenas no livre mercado que se pode construir riquezas.

Mas os elogios acabam rapidamente, ele começa a criticar o libertarianismo, primeiramente citando que estes não tem atitudes moralmente conservadoras. Sua lógica de mercado não alcança esses elementos, assim deixando a pessoa livre para fazer o que é errado para ela e para a comunidade.

Ele cita que liberdade não é ser livre para fazer o que bem entender, e que a verdadeira liberdade só existe no limite em que suas ações podem ser feitas com segurança. Para que isso ocorra é necessário a existência de um estado que mantêm as instituições que privam as pessoas de fazer mal uns aos ouros.

Como crítica a lógica dos libertários, Kirk cita que eles não estão do lado à direita na falsa dicotomia, eles estão a esquerda pois acreditam numa utopia como solução para os problemas da humanidade. São tão materialistas quanto os marxistas. Em segundo lugar, ele cita que os libertários não acreditam que a ordem é essencial, e sim a liberdade. Terceiro, ele diz que libertários e conservadores não concordam nos elementos que mantêm a sociedade coesa, os conservadores acreditam nas almas dos mortos, vivos, e os que não nasceram, enquanto libertários apenas nas trocas de produtos. Quarto argumento é que supostamente os libertários acreditam que o ser humano é intrinsecamente bom, como Russeau dizia, e que assim as instituições que mantêm a lei são um erro. Quinto, os libertários acreditam que o Estado é o grande opressor, e para Kirk isso não é verdade. Os governos, por vezes tirânicos, que o são. Para finalizar ele cita que os libertários acreditam que o mundo é um palco do ego, enquanto os conservadores dizem que é um espaço de mistério e maravilhamento onde o sacrífico e a disciplina são necessárias.

Conclui dizendo que os libertários são doutrinários e se baseiam em egoismo, enquanto os conservadores acreditam na necessidade da subsidiariedade.


Capítulo 12 - Os neoconservadores: Uma espécie em Extinção

O autor cita que acreditava que os neoconservadores seriam de grande utilidade ao movimento conservador, por virem com mais energia e ideias interessantes. Porém, o que realmente aconteceu é que, diferente da briga de whigs e tories que acontecia no século XVII, o neoconservadorismo seguiu por uma linha bem longe da "não-ideologica" proclamada pelo autor. Tal qual os esquerdistas, eles também acreditam em messias, e numa visão mais irrestrita da contingencia humana.

Os neoconservadores não tem uma visão boa aos americanos, primeiro devido a negativa de Woodrow Wilson, um ex-presidente deste país, a eles. E segundo, a visão de que os neoconservadores são contra os conservadores clássicos, estando alinhados assim a esquerda. Para o autor essa facção de pensamento acabará.

Além de todas as negativas o autor vê pontos positivos nos neocons: eles foram contra os estudantes arruaceiros, os bons periódicos, a visão conservadora das coisas que são boas hoje, e não apenas no passado reacionário, a força política e situações doutrinarias.

Para concluir, o grande erro dos neocons é, para o autor, acreditar mais no mercado e no avanço econômico da nação, do que as questões morais.

Capítulo 13 - Os Conservadores Culturais

Estes são os tradicionalistas americanos. Estes acreditam, como Alexis de Tocqueville na estrutura das leis, os direitos privados, afetividade familiar, difusão da propriedade privada, proteção contra o poder arbitrário, vigor da comunidade local, e a certeza que a vida vale a pena, tudo isso sobre o signo de uma ordem moral que a humanidade tem que se conformar.

A cultura que recebemos por herança dos antepassados está sob ataque, se não conseguirmos defendê-la merecemos inferno que chegamos. Este é um caminho que, devido a observações do autor, podemos chegar. A supercentralizção da politica, crescimento da tributação, da administração central, promoção das pessoas erradas, consumismo e o sentimentalismo forte da cultura liberal estão promovendo isso. Somente com a igreja que os "lobos sobre duas pernas" tem a capacidade de vencer esse tipo de ataque.

A decadência religiosa que então permitiu esse tipo de mudança na sociedade surge de uma postura cientificista, a moção de que ciências naturais explicarão todos os impasses da existência humana. Isso está muito longe da verdadeira ciência, que tanto precisa de insights filosóficos.


Capítulo 14 - Para uma política externa prudente

O autor se pergunta se tendo em vista o avanço das teorias de Karl Marx em certos lugares do mundo, mas a derrocada delas em relação ao poderio militar dos Estados Unidos, teria este país a missão de remodelas todas as noções a imagem e semelhança dele?

Para o autor se isso fosse feito, os EUA não estaria se diferenciando de nenhum outro país "alienígena" as culturas que dominou: como a URSS. Um exemplo dessa politica mal feita foi no Vietnã, que os EUA queria levar sua "democracia capitalista" ao lugar, e acabou levando o país a um marxismo poderoso do lado vencedor da guerra.

O autor mostra vários outros exemplos de países que tentaram implantar um sistema politico que não os era moralmente viável e deu errado (Congo, África do Sul, Zaire). Se os Estados Unidos buscassem esse tipo de politica externa, suas ações não seriam mais populares que as do Exército Vermelho.


Capítulo 15 - O Estado Behemoth: Centralização

Alexis de Tocqueville, um importante pensador da política americana do século XVII, falava sobre um "despotismo democrático". Este cogitava a existência de um estado que seria dono de tantas responsabilidades, que sobraria para o individuo apenas o "incômodo de pensar e a angústia de viver".

Os pensamentos de Tocqueville ainda supunham um estado preocupado com o bem-estar. Por mais que este tivesse consequências infantilizadoras, um estado que não se preocupa com o bem-estar de seus indivíduos, e por sinal finge que se preocupa é ainda pior. Kirk cita exemplos de politicas centralizadoras feitas pelo governo federal dos EUA, como leis para abates de carne e sprinklers, e demonstra como isso causou consequências negativas. Estas politicas só serviriam de massa de manobra para ganhar apoio de empresários que faziam lobby com o governo.

Centralizar o poder acaba criando uma estratégia militar fraca, pois ao destruir determinados centros, destrói-se uma nação como um todo, isso ocorreu em grandes cidades históricas como a Babilônia e Roma. Outro elemento importante para a derrocada dessas é a expansão tributária: apenas com um estado inchado é que todas as politicas centralizadoras podem funcionar. Apenas contratando funcionários públicos tirando da iniciativa privada certas soluções, colocando-as a custo dos cofres públicos, sem concorrência, o que acaba gerando serviços ruins e caros. Achar alguém que tenha capacidade de liderar tantos elementos também é complicado, e quanto mais o estado cresce, maior fica a sobrecarga de funções desse líder.

Apenas com o treinamento de lideres para uma nova ordem que não segue a centralização utópica que destrói nações recentes, como a URSS, pode significar uma democracia que não infantiliza os homens.


Capítulo 16 - Cultivando Desertos Educativos

As universidades se tornaram antros de estudantes sem valor. Os intelectuais que tomaram conta das cadeiras mais importantes não acreditam nesse tipo de "casta", que foi tão importante para a construção da nação americana. É apenas com uma educação que tenha em seu centro a busca por valoração, e não o utilitarismo de pessoas como Bentham e Dewis que não acreditam que todos os "prazeres são iguais" que a universidade americana vai, novamente, gerar pessoas criativas e que possam fornecer criatividade e abstração que o povo simples tanto precisa para melhorar sua vida.


Capítulo 17 - Perspectivas do proletariado

Proletariado, de acordo com a concepção romana, eram as pessoas que não colaboravam com ninguém, apenas vivendo dos espólios dos outros. Isto não significa que proletariado é alguém pobre, mesmo um rico pode ser um proletariado se não colaborar com sua comunidade.

O estado tem o poder de criar proletariados onde desenvolve suas ações irresponsáveis. Um exemplo disso é Detroid. Essa cidade foi abandonada por sua classe média após o estado desenvolver alguns males, entre eles incitar a reação de empresas de automóvel, construções de casas sem o devido estudo de localização, a rixa entre as diferentes raças do local mediante a suas concepções de democracia, divórcios e abandonos no pós-guerra, a construção de rodoviárias que não levavam em conta o bem-estar dos moradores, más politicas estudantis que criavam cizânia entre negros e brancos.

Detroid, depois de muito tempo jogado as traças, está voltando a ser uma boa cidade. E isso não se deve a ação do estado, muito pelo contrário, foi a inciativa das comunidades e princialmente da igreja que a levantaram novamente.


Capítulo 18 - Governo Popular e mentes Imoderadas

No decorrer do século XX o vício em democracia se alastrou. Dizem os democratas que ela presa pela igualdade nos fins, porém, com o passar o tempo, a liberdade das pessoas se extinguiu.

Alguns acreditam que a democracia deve ser promovida em todos os locais do mundo, mas ela foi desenvolvida de formas diferentes nos EUA do que no resto do mundo, de tal forma que levar o mesmo modelo só causaria (e causou) grandes problemas por não se encaixar no cotidiano das pessoas.

Essa democracia tão criticada por Tocqueville, gera educadores instrumentalistas que não se preocupam em buscar uma ética superior e sim em publicar aos quatro ventos o advento final da mente humana, a democracia, e assim reduzir as virtudes das pessoas a um voto, sendo a pessoa um ignorante ou não, tem eles o mesmo valor.

É apenas na democracia que o homem sem virtudes pode crescer como um politico, ganhando em cima da virtude dos outros a partir de lobbies que ajudam os dois lados. É apenas na democracia que professores sem qualidade, porém ideologizados, podem promover manifestações que darão o conforto a seus alunos para não estudar a matéria, que os próprios professores não dominam.

Deus foi substituído pela democracia e a qualidade do processo intelectual que gera a ética saindo desta não é em nada superior à da religião.


Epilogo

O autor propõe formas de lidarmos com esse mundo decadente que as politicas estatistas geraram no século XX. A primeira delas é se preocupar em resolver os problemas próximos, e não os do mundo. Acreditando no poder das "coisas permanentes" e lutando por elas: religião, família, liberdade, podemos reduzir esse fluxo de utopismos dos tempos atuais.

Edmund Burke dizia que deveríamos amar o pequeno pelotão do qual pertencemos, ou seja, nossa família e comunidade. Amá-los é ter a capacidade de sustentá-los e ensiná-los. Com essa visão é provável que não tenhamos sucesso, dinheiro e fama, mas sem dúvida daremos uma vida melhor para os próximos e para nos mesmos.


Anexo 1

Russel Kirk: Redimindo o Tempo - Bruce Frohnen

Kirk falava em seus textos por meio de poesia, e não apenas informações sem vinculo com o emocional. Ele percebia que é essa falta de vinculo com o que mexe com a consciência das pessoas que levou o mundo a uma ditadura dos cientificistas e, por consequência, a ideia de visão irrestrita de politica, onde haveriam lideres que saberiam tudo que o povo precisa, e assim cresceu a democracia a níveis extraordinários. Kirk preferia acreditar na "consagração por uso" sem com isso ceder totalmente ao mercado, o ao processo politico.


Anexo 2 - Russel Kirk e a Ideologia - Gerhart Niemeyer

Desde a Grécia Antiga existem filósofos paspalhões que tem sua teoria em bases bem fracas, e isso foi se promovendo durante a modernidade. Estas ideias acabaram fazendo surgir o socialismo, onde acredita-se que um grupo de iluminados conseguirão levar o mundo a uma utopia. Foge de utopias todas as ideias que venceram o ônus do tempo.

Grandes pensadores do conservadorismo como Burke e Kirk não se denominavam filósofos, mas esmo assim construíram ideias que ajudaram aos conservadores de seus tempos lutar contra as ideologias que sempre se tornaram violentas (vide nazismo e revolução francesa).

Esse conservadorismo que Kirk promovia não era uma ideologia, esta palavra serve para denotar ideias que levam a utopias. O conservadorismo é o elemento humano nas ações humanas, uma linha moral que deve ser seguida para se viver com paz perto de seus amados.


Anexo 3 - Russel Kirk e o Apogeu do Conservadorismo - Edward E. Ericson Jr.

O autor Solzhenistsyn, que falou muitas verdades sobre o regime soviético é um elemento importante na literatura escrita por Kirk. Isso se deve ao fato que este russo percebeu a ligação entre a falta da crença em Deus, a busca por um paraíso na terra, e o surgimento de politicas centralizadores que tolheram a liberdade das pessoas. É apenas com a religião que essa ligação entre os vivos os mortos e os que vão nascer, que dizia Burke, pode funcionar, mantendo assim boas ideias que passaram pelo ônus. do tempo. Não acreditar em ideologias é um elemento primordial nessa análise. Dizia Kirk que ela é a religião invertida e só trouxe infernos na Terra. É apenas com os ensinamentos do cristianismo e uma busca não por ganhos materiais, mas sim por desenvolvimento espiritual (que trás, por consequência, riquezas de todas as formas) é que a essência do conservadorismo fluiria, e terá força para lidar com as ideologias assassinas que fizeram muito mal ao leste do mundo

 
 
 

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