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A Produção Privada de Defesa – Hans-Hermann Hoppe – Resumo

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 17 de mai. de 2020
  • 7 min de leitura

CAPÍTULO 1 – A PRODUÇÃO PRIVADA DE DEFESA O objetivo do livro é demonstrar que a ideia de segurança estatal é um erro e isso se dará através da lógica e do apanhado histórico que sustenta essa ideia. O principal ponto por trás da defesa da segurança provida pelo estado se dá através da obra Leviatã escrita por Thomas Hobbes. Lá ele descreve a necessidade da segurança estatal pois "o homem é o lobo do homem", por isso deveria existir um elemento externo aos homens, ou seja, o estado, para desenvolver a segurança e a justiça e assim as pessoas, por terem seus desejos de violência reprimidos, conseguirem viver em comunidade. Pode-se notar algumas contradições na existência desse tipo de justiça. A primeira é que as duas partes de um conflito, digamos A e B, nunca poderão escolher outro mediador do seu conflito além de C, ou seja, existe um monopólio da segurança baseado na força imposto por C. É C que decide o quem, como e quanto poderá ser usado de esforços na resolução de algum problema entre as duas partes A e B. Se a afirmação de Hobbes estivesse certa, a humanidade já teria se matado há muito tempo atrás, efetivamente antes de Hobbes ter surgido. Sua afirmação não leva em conta que o homem, devido a sua consciência, tem a capacidade de restringir seus impulsos animais. Também não leva e conta que esse mediador terceiro C, o estado, também é composto por homens, que sofreriam do mesmo problema citado por Hobbes. É notório que o estado só pode desenvolver qualquer intuito de segurança se anteriormente, usar a força para tirar dinheiro de A e B, além de todos os outros indivíduos, ou seja, ele comete o crime que é pago para não cometer. Alguns argumentam que existe uma especie de "Contrato Social" que legitima esse tipo de ação estatal. Porém, se nos fosse perguntado que tipo de segurança gostaríamos de ter e pagar por, sem duvida a ineficiente segurança estatal não seria uma de nossas opções. Os defensores do contrato social dizem que não seria possível atingir um nível mínimo de segurança a não ser com um terceiro elemento mediador. Porém, quando analisamos a situação das nações entre si, percebemos que isso não é verdade. Não existe um elemento terceiro na relação entre as nações, e nem por isso elas estão todas em guerra uma contra as outras. Na visão destes contratualistas (e também de Kant) a única forma de se obter a segurança total seria num estado mundial, pois não haveria divisão entre países, e consequentemente, a guerra do lobo contra o lobo. Hobbes também não leva em conta que toda guerra implica em gastos. Quando esses gastos são pagos por aqueles que propõe a guera, eles pensam duas vezes antes de começá-la, diferente da situação atual, onde a guerra é paga por impostos, sendo assim, aqueles que decidem quando começá-la não tem grandes estímulos contrários a isso. Indo além, imaginar o estado total como citado anteriormente necessitaria de um grande nível de violência para atingi-lo, que só seria possível diminuindo ainda mais a importância dos indivíduos. CAPÍTULO 2 – A EVIDENCIA EMPÍRICA Uma analise empírica sobre esse tema se mostra relevante pois até agora a maior parte da nossa história foi escrita sobre esse sistema de segurança publica. Thomas Edison na primeira constituição americana cita que o governo deveria existir para defender a vida e a liberdade. Porém, observa-se hoje, após o aumento exponencial do seu poder, que o estado, para fazê-lo, demanda das pessoas mais de 40% do que recebem por meio de impostos. Também é observado que em todo país existe, devido ao juspositivismo exacerbado, um gigantesco emaranhado de leis que cria uma incerteza em qualquer julgamento, o que prejudica justamente aqueles que mais precisam de leis eficientes, que são as pessoas honestas e empreendedoras. Esse tipo de insegurança poderia ser totalmente solucionada num esquema de segurança privada, onde as regras a ser seguidas seriam claramente expostas em contratos. CAPÍTULO 3 – COMO PENSAR SOBRE A RESPOSTA ESTATISTA Alguns ainda defendem que o estado pode dar certo. Se determinado presidente ganhar a eleição ou se alguma lei determinada mudar as coisas melhorariam. O primeiro erro nessa analise é não levar em conta o conhecimento obtido por meio da praxeologia. Ela demonstra que numa comunidade socialista não existe economia, pois é impossível se fazer o calculo econômico. Obter a informação que surge devido as trocas por meio da moeda não funciona, pois tanto a moeda, quanto os meios de produção dos produtos trocados é controlado pelo governo, devido a esse controle os estímulos que determinados produtores teriam para criar mais ou menos de determinado produto não existem, causando uma avalanche de erros e perdas de riqueza e esforços. Levando essa mesma lógica para a segurança, sem um mercado livre para esta, também não será possível saber quanta segurança alguém ou algo irá necessitar. É o governo que a controla, e ele não pode saber pois, devido ao seu controle, os cálculos monetários associados a esse serviço não existem. Eles, pelo contrário, vão mudando o quanto de segurança é desenvolvida mediante a questões politicas, de quem e até quando certo politico ficará no poder. CAPÍTULO 4 – O CASO DA SEGURANÇA PRIVADA Uma alternativa a essa segurança provida pelo estado, contraditória e ineficiente, foi primeiramente esboçada por Molinari, onde toda ela seria dada pelo livre mercado. O melhor candidato para fornecer essa segurança são as agencias de seguro. Por serem privadas, elas tenderão a não segurar atitudes que possam ser feitas pelo próprio assegurado, como se matar ou queimar a própria casa. Algumas pessoas podem criticar a solução privada pois ela custará dinheiro. Porém, devido a ela estar no livre mercado, a competição sadia entre as várias agencias fará esse serviço diminuir constantemente o seu valor (convenhamos, a segurança dada pelo estado é mais ineficiente e cara que a privada, como tudo que o estado produz). CAPÍTULO 5 – MAIS EM SEGUROS DE AGRESSÃO É importante levar em conta que, diferente de desastres naturais, aos quais essas agencias já dão conta, a segurança depende de um agente consciente, que é o bandido. Sendo assim, o assegurado deverá tomar uma série de precauções que, por viver em um regime onde a preocupação com a segurança é deixada na mão do "papai estado" agora ele será uma gente mais ativo. CAPÍTULO 6 – FRONTEIRAS POLITICAS E SEGURANÇA Um bandido, diferente de desastres naturais, discrimina onde as suas ações ocorrerão. Ele cometerá seus crimes (atentar contra a propriedade alheia, que só existe pois é "útil" a alguém [coisas inúteis não viram propriedade]) onde existir riquezas a serem expropriadas. O assegurado então tem, por definição ao fato de que está tendo uma propriedade roubada, todo o intuito de defendê-la. Ele refletirá sobre a condição que vive (quantidade de propriedades, local, aptidões etc) e fará a escolha com o melhor custo-benefício. CAPÍTULO 7 – O ESTADO DEMOCRÁTICO E A GUERRA TOTAL O estado é um monopólio de segurança, que pode externalizar os custos de suas atitudes errôneas, principalmente em relação a segurança, para os pagadores de impostos. Com agências privadas atuando, os bandidos tenderão a cometer seus crimes onde as vitimas não estão asseguradas, pois se pegos, eles deverão devolver o que foi roubado (as agencias terão todo o incentivo de pegar os bandidos, pois assim não precisarão arcar com o custo do seguro do seu cliente). A ação da agencia é pontual, diferente do estado, que quando luta contra um "bandido", ou seja, uma outra nação, vê toda a população desta como seu inimigo, e não tem estímulos de diminuir a violência, pois na democracia qualquer individuo representa a nação. AS agencias de segurança não terão esse estimulo, pois terão que pagar as vitimas que não estão envolvidas na agressão a seus clientes. CAPÍTULO 8 – SEGUROS E INCENTIVOS Devido as politicas multiculturalistas, a tendencia dos imigrantes é sair de localidades de baixo valor e segurança para a de alto valor e segurança, e os primeiros moradores desses locais não podem fazer nada em relação a isso. As agencias darão conta disso. Lembrando, são "as agencias" não apenas uma monopolista como o estado. Se uma empresa chegar perto de se tornar monopólio, sua ação ruim seria aumentar o preço, dai surgiria muitos competidores para derrubá-la com preços mais baixos. seguradoras tem todos os incentivos para manter a segurança, aumentando assim o valor das propriedades e dos prêmios para o seguro. Isso cria a tendencia a condição de externalidade positiva, pois por mais que alguém não pague pela segurança, a empresa tenderá a fazer o serviço para que a propriedade de quem pague fique numa região segura. O estado faz totalmente ao contrário, pois financia a segurança de lugares inseguros com o dinheiro roubado dos locais seguros. No livre mercado as pessoas tenderiam a morar em lugares onde é mais seguro pois as seguradoras cobram menos para lá atuar. Diferente do estado, onde os agentes seguradores, ou seja, os policiais, não tem nenhum estimulo para pegar os bandidos, nas agencias terão, pois se pegos eles poderão pagar o que foi tirado, tirando da conta da segurada esse custo. As pessoas e as seguradas terão todo o estimulo de compartilhar informações referente a quem é uma ameaça, pois assim todos estarão mais seguros e terão menos custos. As pessoas poderão também, então, diferente do estado politizado, proibir pessoas que correspondem as informações colhidas em questões de religião, sexo, gênero, raça etc. Essas informações não são distribuídas pelos governos justamente por questões politicas de crimes inventados por eles, como preconceito, xenofobia, homofobia etc. No estado não temos escolha: quando algum estrangeiro quer fazer de nossa comunidade somos obrigados a aceitá-los devido a regra estatal. CAPÍTULO 9 – SEGURANÇA CONTRA AGRESSÃO DO ESTADO Quanto mais agencias seguradoras atuarem, mais os agentes estatais serão vistos como possíveis agressores. É possível que o estado ataque algum deles lugares onde quem toma conta são as pessoas e as agencias seguradoras. Primeiramente, para que o estado possa atacar, é necessário que os agentes estatais o obedeçam, eles tenderão a não obedecer pois aquele que eles são mandados a atacar são inocentes. Com a existência de seguradoras privadas, os governos tenderiam a não atacar, pois seriam vistos como violentos contra inocentes e perderiam a legitimidade perante o gado. Caso assim mesmo o estado ataque, eles não encontrarão um local onde as pessoas são desarmadas. A tendencia e obrigação do desarmamento só ocorre em democracias. As agencias vão fazer de tudo para que seus assegurados cuidem de sua própria segurança (por questões financeiras) e assim tenham armas em casa e sejam treinados. Da mesma forma serão encorajados a resistir contra a assanha estatal. CAPÍTULO 1 – READQUIRINDO NOSSO DIREITO DE AUTODEFESA O primeiro passo para que agencias funcionem é a deslegitimização do estado. Hoje muitos acreditam, principalmente pela teoria Hobbesiana, na sua necessidade. Com conhecimento, deve-se mostrar a esses a incompatibilidade do estado para a obtenção da verdadeira segurança.

 
 
 

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