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A Vida Intelectual - A. D. Sertillanges

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 16 de jul. de 2022
  • 5 min de leitura

A Vida Intelectual - A. D. Sertillanges - Resumo


Prefácio à edição nacional por Olavo de Carvalho

Ele cita que esse livro foi de grande ajuda para seu desenvolvimento e que as atitudes nestas pregadas não fazem parte do escopo dos considerados intelectuais no Brasil.


Prefácio

O efeito de um livro é aquilo que ocorre na cabeça das pessoas e a muda, a proposta é que esse livro altera para melhor a mente dos jovens pós Segunda Guerra.

Para criar uma obra intelectual são necessários a dedicação e o recolhimento, e sem uma atitude de desapego não será possível produzir nada de valor. Precisamos estar conscientes que existe algo para além de nós, essa humildade nos ajude a chegar no cume. Apenas trabalhando "longe do mundo" que conseguiremos fugir de sua influência e seu juízo. Só é possível percebemos que servir a nós mesmos não é o ápice da vida quando amamos mais aquele que nos julga. Essa atitude nos faz crescer. Nem tudo pode a razão, de acordo com Pascal sua realização última é perceber sua limitação, e isso só ocorre quando nós entregamos a Verdade eterna.


Capítulo 1 - A vocação intelectual


I - O intelectual é um consagrado

Uma vocação se faz com muito esforço, a altura daquilo que Ele pode nos comunicar. "Atletas da inteligência" são como os atletas do corpo, que se preparam e, principalmente, preveem possíveis problemas. A ambição subjugando a verdade, ofende-a e não leva a nada, ideia de espíritos fúteis. É necessário um ascetismo especial. São Tomás de Aquino ao chegar em Paris disse ao irmão que daria tudo isso em troca do comentário de Crisóstomo a São Mateus, ou seja, quando alguém experimenta verdadeiramente a vida intelectual, preserva-a e dedicasse a ela em qualquer situação e sob qualquer julgo.


II - O intelectual não é um isolado

A vida real, em sociedade, só existe mediante a caridade. A verdade existe nos acertos e erros das pessoas, redimidos pelo sangue de nosso Senhor, é apenas com a claridade dessa verdade que se enxerga além. Praticar a caridade é verdade concreta, não apenas ideias de utopias políticas onde todos são felizes se controlados do jeito certo.


Capítulo 2 - As virtudes de um intelectual cristão


I - As virtudes comuns

O autor cita: A virtude contém a intelectualidade em potência, pois, conduzindo-nos a nosso fim, que é intelectual, a virtude equivale ao supremo saber. Acredito que o autor esteja falando da virtude como uma entidade platônica. Então a virtude por si só tem a possibilidade de intelectualidade, tal qual um carro tem a possibilidade de se mexer, e isso é Aristóteles. Nosso fim é intelectual pois o fim último do homem é alcançar Deus, que é todo intelecto, pois é amor, poder, justiça, verdade etc. Logo, Deus é a própria virtude.

Só é possível ser intelectual com uma reta espiritualidade praticável, pois "não acreditamos em joalheiros que não usam as próprias joias". Uma alma perdida no erro e no pecado não pode alcançar a luz sobrenatural da graça e por consequência um intelecto avançado. A verdade vai aqueles que a amam, sem amor não há virtude. Não pensamos apensa com nossa mente, e sim com toda nossa alma, uma série de experimentos mostram isso. Santo Tomas dizia que as virtudes utilizadas para refretar paixões são de extrema importância para adquirir ciência. Não é no que há de individual em nós que alcançamos a verdade, mas sim na participação do que há de universal, esse universal é verdadeiro e bom, então não nos adianta apenas buscar a verdade sem a bondade. "Bem-aventurados os corações puros", disse Jesus, porque eles verão a Deus.


II - A virtude própria do intelectual

A curiosidade é um instinto pode ser algo ruim, pois aproveita-se dos nossos melhores instintos e os viciada. Não levante a construção alguém do que a base permite, ela só vai ficar robusta se você se conhecer. Estudar tanto a ponto de esquecer da vida interior, de Deus ou do próprio corpo é um abuso. É verdade deve sempre ir ao encontro de Deus, que é eterno, não das nossas vagas divagações carnais. Um amigo do prazer é inimigo do próprio corpo, e logo se torna inimigo da própria alma.


Capítulo 3 - A organização da vida

I - Simplificar

A perda de tempo de uma vida social que não engradece não vale o esforço. As mulheres em especial não devem atrapalhar a vida cientifica do pai, pois ele é o centro da família.


II - Guarda solidão

Todos os grandes pensadores citam em sua obra que passaram muito tempo sozinho. Esse tempo sozinho nos torna mais nos mesmos, o autor de Imitação de Cristo cita que nunca esteve entre os homens sem ter saído de lá menos homem, ou seja, menos ele mesmo. "Qual é o teu nome? - Legião".


IV - Cultivar as relações necessárias

Às vezes é necessário se fazer algo que vai de encontro ao seu objetivo último, porém sendo esse o último, alguma coisa podemos tirar de positivo desses momentos, nem que seja apenas a disciplina para aguenta-los. Devemos utilizar os tolos como contraprova de nossa obra intelectual, e cristãmente como exercício da caridade.


V - Conservar a dose necessária de ação

O autor cita a importância de se fazer exercícios físicos para que a vida intelectual seja saudável. O corpo se cansa tanto com o repouso quanto com o desgaste.


Capítulo 4 - O tempo do trabalho


I - O trabalho Permanente

Estudo é como uma oração pois busca um fim ultimo então pode ser feito o tempo todo. Esse trabalho de inteligência permanente pode ser dado pela contemplação. Se Newton não tivesse em estado contemplativo, nunca teria percebido a gravidade apenas ao cair de uma maça. Estar presente é um exercício essencial para a obtenção da verdade, afinal o pensador é apenas um filtro da verdade.


II - O trabalho noturno

Durante uma insônia luzes de verdade podem fluir, e se não anotadas pela manhã estarão perdidas.


III - As manhãs e as noites

Faça alguma coisa ou então não faça nada, para que todo começo seja uma vigorosa retomada. O tempo de um verdadeiro pensador é uma caridade universal.


Capítulo 5 - O campo de trabalho

I - A ciência comparada

Nenhuma disciplina sozinha é suficiente para o homem. Se encerrar cedo demais numa atividade só faz a alma murchar. Se não se tornar um intelectual completo, se tornará um burocrata de sua ciência. É na filosofia que entendemos os fins de tudo, e na teologia que o encontramos. Qualquer outra ciência sem essas duas mães é seca.


II - O tomismo, quadro ideal do saber

Muitos buscam a vida intelectual mas desistem na primeira pedra no caminho. Por exemplo quando novatos buscam Santo Tomás e percebem que as gigantescas barras de ouro são difíceis de carregar. Ou seja, estavam buscando apenas as joias da moda. A verdadeira grandeza não é apenas para se mostrar.


IV - Os sacrifícios necessários

O que não faz parte da sua própria vocação, abandone a Deus


Capítulo 6 - O espírito de trabalho


III - A submissão a verdade

A verdade só se dá a quem se abre e se dedica a ela. A quem deixa de lado a vontade própria e se entrega a vontade de Deus, que é a verdade. Isso só será possível com a humildade, a humildade de se entregar e de querer a verdade como um fim, não como um meio para qualquer vaidade. Em I Coríntios está escrito que todos devem se calar se algo for revelado mesmo ao menos dos fiéis. São Tomás faz a reflexão de que ninguém, por mais sábio que seja, deve rejeitar a doutrina de outro, por pequeno que seja, esse é um exercício de humildade que nos leva ao superior.


IV - Os desenvolvimentos

Nossa mente tem o vício de se isolar e se dispersar, precisamos das duas coisas de forma equilibrada para pensar direito. São Tomás disse ao fim da vida que tudo que havia pensado parecia palha, pois sentia que ainda faltava muito para ser entendido, não devemos aceitar que esse sentimento venha muito cedo.


 
 
 

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  2018 - Os textos aqui expostos não representam a opinião do autor.

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