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A Vida na Sarjeta - Theodore Dalrymple

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 28 de jul. de 2018
  • 27 min de leitura

A Vida na Sarjeta - Theodore Dalrymple


Prefácio - Thomas Sowell

Ele começa dizendo que antigamente ser pobre significava não ter o que comer nem o que vestir. Hoje os pobres nos EUA normalmente são obesos e seus crimes são para conseguir artigos de luxo. Eles tem boa parte dos entretenimentos que a classe mais alta tem. Sowell cita que no livro, os crimes que ocorrem, por mais que sejam de brancos contra brancos, são parecidos com os que acontecem nos guetos americanos, onde os intelectuais defendem os criminosos como vítimas sociais de ações do homem branco no passado. Ele cita que ao fugir do vitimismo, pobres tem a oportunidade de sair dessa vida “de gado”, onde suas necessidades são supridas pelo governo, os deixando ter uma vida sem pretensões.


Introdução: os pobres de hoje em dia tem uma vida que seria invejada por qualquer imperador romano, mas mesmo assim sua existência é miserável. Algumas possibilidades para isso são levantadas, como genética, pobreza e o estado. Esses são argumentos normalmente utilizados pelos intelectuais para a criação de vítimas sociais, mas estão estruturalmente errados, se a genética fosse um problema, índios e negros não teriam chegado a ser milionários nos EUA, se a pobreza criasse um círculo vicioso, estaríamos até hoje sendo caçadores-coletores, uma época em que todos eram igualmente pobres. E se o estado fosse o grande culpado por trás de tudo, várias sociedades que tiveram estados pesados não teriam se desenvolvido. Então, o autor argumenta que o grande problema por trás de uma vida miserável está no campo das ideias. As pessoas se percebem afetadas por condições como drogas ou sexo e se entregam a isso sem lutar. A consequência para a sociedade é pesada, por exemplo, índices maiores de violência, abusos físicos e sexuais de padrastos, etc. Para esses indivíduos é mais fácil se entregar a suas compulsões, tendo em vista que isso lhes dá alguma vantagem prazerosa, afinal de contas o estado lhes trata como vítima e lhes abraça no "estado de bem estar social, do que ter consciência de sua limitação humana e lutar contra seus vícios. Se entregam a ignorância, por ser mais simples e pelo estado apoiá-la. Nas escolas a gramática é apresentada como algo que deve apenas lhe servir para comunicar, não importando os erros. Atitudes como a citada anteriormente cria uma geração que não sabe diferenciar cultura de lixo. Não dando valor a conhecimentos passados, transformando às mentes popular como gurus do conhecimento.


Parte 1 – Realidade Sombria

Cap 1 – E a Faca Entrou


Os bandidos, em geral se veem como vítimas. Tendem a colocar a culpa no acaso, no seu passado, nas vítimas que se colocam em situação de perigo, e nas autoridades que não o pararam. A psicologia barata está servindo de muleta para os bandidos, Dalrymple cita uma série de pacientes que a usaram como desculpa. Os vícios também são usados para colocar os próprios bandidos como vítimas, sendo que para determinadas situações, como a ação da justiça, o vício não seria tão forte. Os bandidos citam que o "verdadeiro eu" não é aquele que comete os crimes, mas quando perguntados se valeria a pena serem colocados numa prisão, fazerem cursos ou outras atividades construtivas para sair desse descontrole, eles são contrários. Alguns motivos são levantados para o apoio da sociedade a esses comportamentos dos bandidos, um é o grande eleitorado progressista e outro são os profissionais públicos que dependem da existência de bandidos para se perpetuarem em seus cargos. Historiadores sociais citam que o crime é visto como um problema moral desde seculos atrás, um pensamento muito falho, tendo em vista que naquela época a pobreza era generalizada e a única forma de se conseguir comida em alguns casos era roubando, diferente de hoje em dia, pois, na Inglaterra, poucas pessoas passam fome, os pobres têm cerca de 50% a mais de tempo de vida do que os nobres na época citada pelos historiadores. E por fim, esses bandidos por vezes se veem como heróis sociais, porque tem imputado em suas mentes que a propriedade privada é sempre um roubo, então eles fazem justiça roubando de ricos.


Cap 2 - Adeus, Mundo Cruel

Dalrymple cita que todo anos mais de 1200 pessoas dão entrada em seu hospital por tentarem suicídio, no decorrer do capitulo ele cita os pacientes e seus motivos, que em geral estão associados com desestrutura familiar, ressentimento do estado ou pais e descontrole perante ao vício, seja em drogas ou sexo. Um exemplo chama a atenção, da garota de 18 anos que apanhou de um namorado ciumento, ela pergunta ao médico o que deve fazer, e ele diz que o namorado continuará a tratá-la mal, e ela não terá sido uma vítima, e sim uma coautora da própria desgraça, principalmente depois dos conselhos dele e de seus próximos. Ela argumenta que ama o namorado violento e ele encerra a conversa. As tentativas de suicídio nem sempre foram tão frustradas, principalmente na época em que, na Inglaterra, isso era um crime. Percebe-se que esse tipo de atitude cresceu acompanhado de ideologias como freudianismo, marxismo e recentemente sociobiologismo, que tira da responsabilidade da mente consciência os problemas do ser humano (curiosamente não mantendo uma carga genética "racista"). Observou-se que em períodos em que as pessoas não estavam centradas em si mesmas, como na Guerra do Golfo, essas tentativas diminuíram. Cita que em países com uma economia desgraçada, onde a luta pela sobrevivência é uma vitória, as pessoas não cometem suicídio, mas em países com o programa de bem-estar social, que as torna um gado mantido pelo estado, isso ocorre e aumenta com o passar do tempo. Como não sobrou nenhum sentido para essas pessoas, elas o buscam em relacionamentos e entretenimento. Entretenimento simples mantido pela televisão, as levando a acreditar numa vida de glamour e aceitação que nunca terão e relacionamentos conturbados sem estrutura financeira, legal, social, ética ou emocional, tornando as pessoas vítimas de seus parceiros e de seus próprios caprichos. Sendo o hospital um lugar afetuoso, sua imaturidade autoinfligida tem porto seguro ali.


Cap 3 - Leitor, são Marido e Mulher... Infelizmente

O multiculturalismo é pregado pelos intelectuais, acreditando que todas as culturas podem viver em harmonia, com uma organização feita de cima para baixo. No consultório do autor ele vê as consequências do multiculturalismo de baixo para cima. Ele cita várias experiências de famílias muçulmanas em que as filhas não tem o mesmo apreço por suas tradições como os pais. Essa dicotomia leva a sérios episódios de violência e sonhos tolhidos. Os pais não querem que suas filhas tenham o mesmo futuro "vazio" das jovens inglesas, e para não ficarem malvistos pela comunidade, cometem atrocidades com as próprias filhas. O autor cita que essas mesmas culturas têm elementos muito únicos e interessantes, porém, algumas das suas atitudes não podem ser aceitadas jurídica ou filosoficamente pelo mundo secular e conclui que os imigrantes que fizeram bem a Inglaterra o fizeram adicionando, não subtraindo atitudes seculares importantes.


Cap 4 - Um Amor de Valentão

Neste capítulo o autor cita exemplos de mulheres que sofreram violência em seus relacionamentos e explica os motivos. Um exemplo marcante foi da garota de 17 anos que apanhou de um namorado, o médico tenta alertar sobre a ladeira de pobreza e violência que ela está dizendo, e o dialogo mostra um pouco do perigo do politicamente correto na vida das pessoas. Ela cita que sabe se cuidar, mas quando o médico diz que homens são mais fortes e no que se refere em violência eles tem vantagem, ela acusa o médico de ser sexista. As próprias enfermeiras que trabalham com ele, por vezes, acabam se tornando vítimas de homens violentos, o que é um fato curioso, pois elas, em geral, tem estudo, e também tem experiência de cuidar de recorrentes vítimas dessa violência. Quando o médico cita que esse tipo de homem violento tem um padrão estético e que normalmente suas atitudes não mudam, ele sofre críticas das enfermeiras. Como se o erro de criticar um homem se conhecê-lo a fundo fosse pior que o erro de se relacionar com um homem que vai espancá-la. Muitos autores do século XX argumentaram que a liberação sexual daria frutos positivos, pois aumentaria a liberdade do individuo, e que essa repressão estava por trás de todos os grandes problemas. Essas dicas foram seguidas, mas não mudaram o fato de que as pessoas ainda são ciumentas, e essas duas vontades excludentes - ter alguém só para si e querer ter todas as pessoas para si - tornaram os relacionamentos na Inglaterra muito violentos. Um argumento é que a violência entre casais sempre houve, porém, os motivos e a frequência hoje em dia são diferentes. Um motivo para isso é que os homens que tratam as mulheres com violência acreditam que o comportamento que eles tem, de trair a própria mulher, pode ocorrer pelo lado do seu cônjuge. Então, toda essa insegurança por parte dos homens os leva a agir com violência para com as mulheres, porque assim eles sentem que tem mais controle sobre todos os aspectos da vida das mesmas. As mulheres por sua vez, como veem de famílias desestruturadas, acabam acreditando que agressividade é a única sensação que um homem pode demonstrar quando realmente gosta de uma mulher, então aceitam a violência, por vezes argumentando que é melhor ter uma violência conhecida de um homem que desejam do que sofrer de homens desconhecidos. Em geral, não é a violência que leva uma mulher a se separar de um homem agressivo, mas sim quando percebem que essa violência não retratada fidelidade por parte dos homens. Quando elas descobrem que os mesmos as traem, ai sim elas buscam a separação. Os homens, quando percebem que não conseguiram manter suas mulheres, e essas mesmas por vezes os trocam novamente por homens violentos, estes homens acabam mantendo o ciclo de violência com a próxima parceira, dessa vez com ainda mais violência, para que seu único motivo de autoestima, sua mulher, dessa vez não fuja. No fim, Dalrymple argumenta que a liberação sexual proposta pelos intelectuais para a existência de um mundo melhor, mostrou-se ser uma chave para a desestruturação de famílias, que por consequência manteve a subclasse dos pobres numa situação econômica ainda pior.


Cap 5, 6 e 7 - Dói, logo Existo

Os dois próximos capítulos resumidos aqui se tratam de atitudes que ocorrem, geralmente na juventude: tatuagens e ida a festas. O terceiro capitulo tenta racionalizar o porque da importância desses duas coisas ao indicar a falta de educação da população inglesa. O autor começa brincando, dizendo que acredita existir um vírus que entra na corrente sanguínea das pessoas através das tatuagens que as faz querer cometer crimes, porque, além do cigarro, não existe um vinculo tão grande com a criminalidade como as tatuagens: cerca de 90% dos presos na Inglaterra as tem. Boa parte delas tem mensagens violentas, algumas contam a historia de romances efêmeros. Boa parte desses tatuados fez a autotatuagem. Por vezes, são símbolos do crime, o que leva a dificuldade desses indivíduos arrumarem emprego. Boa parte dos tatuados, ao atingirem certa idade, ou até mesmo profissionais da área, se arrependem de cobrirem tanto o corpo com essa tinta. Observa-se que esse fenômeno artístico cresceu das camadas mais baixas da sociedade para cima. Tendo em vista a ascendência de pessoas na classe média a esse fenômeno, e o posterior arrependimento, surgiu um novo mercado lucrativo: remoção de tatuagens. Porém este é um procedimento caro, então a maior parcela das pessoas que se tatuagem não podem utilizá-lo, no entanto, o estado inglês paga alguns tratamentos quando essas tatuagens alteram psicologicamente as pessoas. Muitos indivíduos se mutilam para tirar do seu corpo essas mercas, criam verdadeiras fissuras quanto a própria aparência, resultado de uma vida focada em si mesmo. O autor brinca, para concluir, que por vezes pensou que seria produtivo o estado pagar para que dentro dos presídios existirem clinicas de remoção de tatuagem, o que por consequência levaria os indivíduos presos terem alguma chance de arrumar emprego ao saírem de lá, porém, como toda ação do estado tem uma reação absurda, o autor acredita que muitos cometeriam crimes para poder entrar nos presídios e tirar suas tatuagens, já que esse é um procedimento tão caro, o que aumentaria o índice de ligação entre tatuagens e crimes.


Cap 6 - Festa e Ameaça

Os ingleses gastavam em 1995, em média, 27 horas por semana na frente de suas televisões. Essa não era uma atitude exclusiva das classes mais baixas da população, em seu hospital Dalrymple percebia a necessidade de suas enfermeiras com esse programas. Muitas vezes ele ia em casas de pessoas a beira da morte e mesmo assim não largavam suas televisões. O capítulo continua com sua experiencia em uma balada. Como se fosse o Santo Graal da vida dos jovens, eles esperam o sábado e suas diversões a noite, normalmente regada de violência e overdoses. A segurança é feita por membros de gangues, e os jovens que ali estão claramente não conseguem ter qualquer sociabilização naquele ambiente, vão dançam e se drogam para esquecer de suas vidas pequenas. Quanto ele pergunta a pacientes em seus hospitais porque se drogam tanto em festas e porque vivem tanto em função disso a resposta é só uma: a única coisa que importa é a diversão, baladas, todo resto não presta.


Cap 7 - Não Queremos Nenhuma Educação

A educação e inteligencia nunca foi vista com bons olhos pelos ingleses. Seus pacientes não tem o básico de educação em gramática e matemática para ter uma vida independente. Por não terem nenhuma consciência histórica, devido a falta de educação, vivem num "eterno presente", onde as únicas referencia de comparação são os astros na mídia, que em geral, não tem vida muito admiráveis ou no mínimo copiáveis. Gramaticamente, não tem qualquer correção, e isso também não é promovido pelos pedagogos, porque ser corrigido acaba por destruir a autoestima das crianças, de acordo com esses profissionais. Um comportamento como esse, da negação da importância da gramatica, acaba por ajudar a sucatear a importância da educação na vida das pessoas. Os professores terem não poderem corrigir esses erros, ou ter um limite para isso, torna os problemas gramaticais para algumas pessoas algo como condições meteorológicas inevitáveis, e para outras uma amostra de como o mundo é injusto por não aceitaram sua forma de se expressar. Por consequência, os pais das crianças, que tiveram uma educação parecida, não aprendem a importância da correção, acabam educando mal seus filhos, as corrigindo apenas por alteração das próprias sensações, e não por causa de erro de seus filhos. Isso gera uma sociedade refém dos próprios egos. Na escola, não aprendem as coisas na base da dificuldade, e sim com brincadeiras. Vivem em função da sensação. O autor cita que lá pelos seus 20 anos, seus pacientes percebem que algo falta em suas vidas, perguntam a ele e ele cita Bacon: "Mau centro das ações humanas é a própria pessoa", ou seja, eles estão tão absurdos em seus próprios interesses, não vendo nada além deles mesmos, não se interessando por nada. A única forma que esses indivíduos tinham de se interessar por outras coisas era através da educação. Sua concentração não foi aprimorada, eles não tem prazer ou capacidade nenhuma de se interessar por qualquer coisa que lhes é apresentada como barreira, então vivem na mesmice superficial de seus egos. Depois de certa idade fica complicado aprender qualquer coisa, principalmente concentração. O que vai limitar a vida desses indivíduos, inclusive sua ascensão social. Quando lhes é perguntado sobre a importância de estudo para a obtenção de emprego, muitos usam a Falacia da Soma de Zero para explicar sua pobreza, algo propagado pela mídia mas fundamentalmente errado. No fim, essa subclasse de ignorantes promove sua miséria intelectual justamente para argumentar que a sociedade é a vilã por trás da sua falta de oportunidades. Acabam por se ver como vítimas, viciados, ou seja, não podem fazer nada por si mesmas, e sentem a paz dessa "falta e escolha", assim, dependendo do estado, mais uma vez. Então, nas palavras do autor: "O valor redentor da educação destrói todo o cenário de faz de conta; não é de admirar que tais pessoas não queiram ser educadas."


Cap 8 - É Chique Ser Grosseiro

As aspirações culturais foram invertidas. Hoje observamos pessoas de renda alta buscando comportamentos iguais as das classes mais baixas. Sinais como linguagem de gueto, tatuagens, piercings e comportamento violento marcam esse fenômeno. Também a falta de apreço por alta cultura, de acordo com intelectuais e a mídia, não existe cultura melhor ou melhor, só popular e impopular, e sendo todas elas iguais, as "piores" são "melhores" porque são populares. Um reflexo do marxismo, como diz o autor: "as classes altas e médias são más; o que era tradicionalmente considerado alta cultura não é mais senão algo usado para esconder o jugo das classes média e alta sobre a classe trabalhadora; a classe trabalhadora é a única cuja dicção, cultura modos e gostos são verdadeiros e autênticos, pois são valorados por si mesmos e não como um meio de manter a hierarquia social". Atitudes como essa chegaram até a membros próximos da monarquia como Tony Blair, curiosamente a primeira-ministra Margaret Thatcher que veio de camadas mais baixas da sociedade inglesa, prezava pela linguagem culta. Atitudes antissociais são observadas em vários setores do entretenimento inglês, mas principalmente no futebol, curiosamente os que assistem e fazem essas atitudes em estádios tem dinheiro. Quando perguntado o porque de suas atitudes sociais, eles responde que é para enterrar as frustrações, independente de que isso seja grosseiro e antissocial, por vezes violento. Dalrymple conclui que esse é um fenômeno fruto do relativismo da academia, não existe pior ou melhor, então, urinar numa porta ou num mictório tem o mesmo peso ético,s endo um mais prático e confortável que o outro, justamente esse é o "melhor", não concordar com isso é um argumento burgues. Se a alta cultura fosse escrita exclusivamente para os ricos, não teríamos obras populares como as de Newton, Shakespeare, etc. Observa-se a hipocrisia dos ricos ingleses que, querem manter marxistamente seus filhos na baixa cultura, porem, contratando professores particulares para "eventuais problemas". Consequência desse relativismo: aspirações tolhidas, afinal, toda cultura é igual.


Cap 9 - O Coração de um Mundo sem Coração

Capitulo destinado a um parecer geral sobre as igrejas na Inglaterra. Cita que a igreja anglicana se secularizou demais, propondo bizarrices como Jesus Homo e propagação da Teologia da Libertação. A Inglaterra continua religiosa, talvez pessoas buscando algum sentido numa vida sem significado, tentando fugir de um niilismo por vezes auto-violento. Mostra a reunião de comunidades de imigrantes, que buscam a redenção de uma vida problemática, a fuga da violência sofrida e feita pelos próprios filhos. Num trecho ele mostra a fala de um mulher, dizendo que "todos somos pecadores", afirmando a própria culpa nos problemas que sofrem, ou seja, sendo humana, não um gado vítima da ação do estado, racismo, policia, etc. Tentando achar sentido num mundo violento, uma busca por ordem justamente devido aos problemas "mundanos". Cita um movimento curioso chamado "Jesus Army" uma comunidade religiosa que busca o total controle do individuo. Normalmente são ex-drogados que "receberam uma chance" devido a essa comunidade, colocando-os a viver no mesmo lugar e arrumando trabalho para seus membros. Porém, o líder não deixa que seus membros tenham qualquer prazer fora os da igreja, e também não podem usar com liberdade o dinheiro que recebem: "dessa maneira, a insignificância da existência antes do culto era substituída pela igualmente deprimente e profunda insignificância dos desejos e ações mais triviais". Sendo impossibilitados de manter uma vida fora da igreja, acabam escravos dessa comunidade para sempre.


Cap 10 - Jogos de Azar

Fala sobre o problema de jogos na Inglaterra. Cita que não existe esforço para ganhar dinheiro na loteria, por isso é a forma de enriquecimento mais aceita. Bingos são comunidades confortáveis para idosos. E corridas de cavalo tornam os diferentes em iguais, mas destroem famílias pelo vício no jogo.


Cap 11 - Escolhendo o Fracasso

Retrata o comportamento de filhos de imigrantes indianos, mostrando a importância da própria escolha na mudança de vida, como diz o próprio autor: "É a mente, e não a sociedade, que forja as algemas que mantêm as pessoas presas aos seus infortúnios". Cita que essa mobilidade social as vezes é negativa e outras positivas, muitos filhos de imigrantes estão se tornando médicos e até ficando milionários, enquanto outros seguem um caminho igual a subclasse branca, tanto em seus comportamentos estéticos como nos autodestrutivos, comportamento aplaudido pelos intelectuais marxistas, considerando isso como uma luta de classe. Os marxistas tentam explicar essa tendencia a subclasse dizendo que é causado por preconceitos e pobreza, mas se o fosse a pobreza não permitiria que os filhos de mesmos pais ficassem ricos, e se fosse o preconceito as outras comunidades (muçulmanos, sihks, etc) teriam a mesma estatística de problema, não é o caso. Alguns desses garotos acabam se tornando vítimas, não da sociedade ou da pobreza, mas das próprias escolhas baseadas numa mídia que glamourisa o lixo cultural, mostrando que a realidade das camadas pobres e criminosas é sempre mais "real" que a da burguesia que leva a uma vida rica. Quando perguntados o porque dessas atitudes, a resposta é a mesma que em qualquer outro lugar: "o sistema é complicado", ou desculpas mais pessoas como traumas pessoas, como se todos que perdem uma namorada ou parentes tivessem usado crack. Como diz o autor, colocar a desculpa de nossas atitudes como uma resposta sincera estímulos ruins que vem da sociedade "nos concede carta branca para comportamo-nos como desejarmos. Dessa maneira, sentimo-nos bem ao agir mal". Talvez falte alguma sensibilidade dos pais desses indianos, ao os obrigarem a seguir uma cultura longe de ser secularizada, mas se tornar escravo das escolhas dos outros nos distancia de uma real humanidade. O autor conclui que esse surgimento da subclasse indiana não é devido a a formas de opressão teorizadas por engenheiros sociais marxistas, mas sim devido ao conteúdo daquilo que esses jovens pensam, e por consequência o curso das suas vidas.


Cap 12 - Livres para Escolher

Este capítulo e o próximo estão destinados a crítica do Estado de Bem-Estar Social (EBES) e suas consequências. Moradores de rua por vezes acabam doentes e mortos aos olhos de todas as pessoas, por que as mesmas não fazem algo para ajudar. O EBES pode ser uma resposta. Boa parte desses indivíduos que largaram suas casas para morar na rua não são doentes e esquizofrênicos, estão por pura opção, por vezes esses indivíduos sofrem as sequelas de suas escolhas e chegam no hospital, recebem tratamento, mas, mesmo assim, escolhem o caminho das ruas. O individuo é livre para tomar essa atitude, mas porque nós, como contribuintes do estado, temos que pagar por sua escolha ao bancarmos hospitais públicos, abrigos e toda a caríssima burocracia por trás disso?


Cap 13 - O Que é Pobreza?

O EBES surgiu como uma ação do governo para diminuir a pobreza. Mas o conceito de pobreza mudou com o passar do tempo. Há cerca de 100 anos, famílias por vezes não tinham o que comer na Inglaterra, isso mudou com o advento do capitalismo. Porém o conceito de pobreza permanece, pois existem pessoas mais ricas do que outras. Essa desigualdade não pode ser considerada pobreza, mas o é, e as consequências disso abatem a alma dessas pessoas. Esses indivíduos pobres são menos saudáveis que os ricos não pelos motivos de antigamente (desnutrição ou falta de auxilio médico) e sim por suas escolhas: fumar, beber, junk food, etc. O maior motivo de mortalidade dos 15 aos 44 na subclasse é suicídio, fruto do ambiente desestruturado da família que esses jovens e adultos vivem. Dalrymple cita que alguns colegas médicos, vindo de países extremamente pobres vão trabalhar em seu hospital e os mesmos ficam estarrecidos com a situação do país quando vivem por bastante tempo na Inglaterra. No começo o EBES parece ser o ápice da sociedade, mas com o passar do tempo percebe que justamente devido ao EBES as pessoas se tornaram ingratas, mesmo aquelas que tiveram suas vidas salvas por esses médicos. Dalrymple cita uma situação vivida por ele e um colega, a historia de uma mulher que estava no terceiro filho de pai diferente, e este terceiro homem a batia muito, mesmo nesse cenário e com toda a consciência da situação essa mulher continuou com o sujeito e engravidou dele. Quando perguntando se era uma boa ideia ter relações sexuais com o sujeito ela respondeu: - É complicado doutor. Ás vezes a vida acaba sendo assim. Sua casa foi destruída, mas em vezes de pensar nos motivos por trás da atitude violenta que o rapaz teve para fazê-lo, só tinha em mente que o Serviço de Habitação iria pagar os custos. E essa não foi a primeira vez, e por todas as vezes esse mesmo serviço bancou os frutos das suas escolhas erradas. A resposta do médico do país pobre a essa situação foi incrível. Perguntando se ele poderia definir a situação dessa mulher como pobreza, ele, um homem que veio de um país realmente pobre disse:


Cap 14 - Os Chiqueiros Fazem os Porcos?

Capítulo destinado a arquitetura inglesa, que mudou muito depois da 2WW, a arte vitoriana foi substituída por prédios normais, casas sem nenhum adorno. O autor argumenta que essa forma desleixada, sem alma de se fazer obras, ajudou a transformar a mente das pessoas, que não mais se preocupam em cuidar e manter os locais e os bens. Pessoas morando no meio do lixo, sujando toda a cidade são atitudes normais. Quando questionado sobre isso um arquiteto perguntou: Os chiqueiros fazem os porcos ou o contrário? Para o autor existe uma relação dialética.


Cap 15 - Perdidos no Gueto

Pessoas muito inteligente por vezes tem o sério problema de nascer em comunidades pobres. Acontece que essas pessoas, devido a seus próprios esforços, conseguem imaginar um mundo que é maior que seus problemas diários e as limitações que os próprios vizinhos as impõe. Os professores, em geral, não buscam apresentar a essas crianças, realidades diferente das que elas vivem, pois isso seria uma traição da classe pobre. Ser educado não é mais uma palavra de valor na Inglaterra. As pessoas, ao passar do tempo, começam a perceber que a vida sem esforço e sem motivos maiores que vivem em comunidades de baixa rendas, influenciadas pela mídia e pagas pelo EBES, é algo pequeno, mas não conseguem apontar o motivo dessa ausência existencial. "Essa ausência vem a ser a falta de qualquer assunto que ocupe suas mentes e seja diferente do fluxo diário de suas existências". Por vezes as crianças com aptidão na escola acabam tendo que repetir seus conteúdos por terminarem mais cedo, afinal os professores nivelam por baixo, deixando esses alunos inteligentes a merce de suas atitudes, é mais valido um problema do que o tédio para eles. Os exemplos citados pelo autor mostram que pessoas inteligente e esforçadas são vistas como idiotas pelos colegas, que as maltratam, e o estado não faz nada por elas, pelo contrário, tendo em vista que o mínimo esforço é recompensado com um emprego regular na Inglaterra, elas deixam de ser beneficiarias do EBES, agora, um individuo que usa drogas, rouba, ou tem muitos filhos, acaba por ter preferência ao receber auxilio do estado. O divertimento virou a buscam principal da vida da maioria das pessoas, o diagnostico é o tédio. Nunca ter usado a inteligencia para nada é o motivo. E a consequência é essa mesma inteligencia ser voltada contra eles na construção de problemas autoinfligidos. Em nenhum momento imaginaram que a educação que receberam faria qualquer diferença na vida deles caso não a tivessem recebido. Criam relação com o sexo oposto por capricho. Tem filhos para preencher vazio emocional conduzindo-os a uma vida como as suas. Sentimentos nobres como bondade e coragem seguem a mesma sina de ser vista como propriedade idiota pela grande maioria dos Inglês. No fim, percebe-se que isso é fruto da perda da hierarquia de valores, como tudo tem o mesmo valor, é mais fácil ser ignorante do que inteligente, baixa cultura do que a alta. Esses sentimentos acabam morrendo.


Cap 16 - E Assim, Morrem ao Nosso Redor Todos os Dias

Em 1999 a garotinha Anna morreu, devido a abusos de sua tutora, Kouao, uma imigrante da Costa do Marfim. Esta mulher recebeu todos os auxílios do EBES inglês, justamente com seu parceiro muçulmano. Ela por sinal buscava crianças de seus parentes na Costa do Marfim, pois assim ficaria mais fácil conseguir esses auxílios. Anna sofreu muitos abusos dessa mulher, mas todas as vezes que ia no hospital ou que recebia visitas dos agentes sociais, Koauo citava que os problemas não eram causados por ela, e sim por uma crise de sarna. No fim essa garotinha sofreu, de acordo com os especialistas, os piores abusos já vistos. No julgamento o parceiro de Kouao admitiu o crime, mas ela se apoiava na Bíblia negando tudo. Quando o caso caiu na mídia, a principal ideia por trás das falhas da polícia, médicos e assistentes sociais foi a falta de recursos, ou seja, mais estado e mais dinheiro para seus servidores foram propostos. Porém o real problema foi ignorado pelo esquerdismo do Guardian, a paranoia sobre o racismo. A assistente social era negra, e seria um erro um negro acusar outro de maus tratos, como no exemplo do artigo sobre a corrupção no Zimbábue, onde os amigos negros do autor disseram que tudo era verdade, mas ele não deveria tê-lo publicado porque expunha a roupa suja da África para o olhar racista dos europeus (como se todo branco fosse racista). O policial não fez nada pelo simples medo de ser acusado de racista. O médico concordou com um diagnostico da assassina justamente pelo mesmo motivo. No fim, o que, na visão dos intelectuais, era algo bom, ou seja, o controle de pensamento por uma ideologia, acabou se tornando o motivo por trás do assassinato de uma criança. O mesmo aconteceu com o próprio autor do livro, que foi indicado para continuar o tratamento de um jovem negro que tinha problemas psiquiátricos, o outro médico parou de tratá-lo porque foi ameaçado por um facão em uma de suas visitas. Esse jovem expulsou a própria mãe de casa, a pessoa que havia comprado a casa. Os agentes sociais ajudavam apenas o jovem, pois a mãe "tinha condições de se manter". Ele teve que ser internado, e quando o autor propôs de manter esse jovem na ala psiquiátrica, seu irmão disse que só havia feito essa escolha por motivos racistas, e disseram que acusariam ele de racismo se continuasse com esse diagnostico. No fim, erroneamente na visão do próprio autor, ele concordou com o irmão e com a mãe que foi manipulada, alguns meses após isso o garoto se matou. Enquanto essa idiotice continuar, negros achando que todos os brancos são racistas e brancos achando que todos os negros irão os acusá-los de racismo, casos como os exemplificados aqui irão continuar.


Parte 2 - Teoria ainda mais sombria

Cap 17 - O Ímpeto de Não Emitir Juízo

Uma mãe solteira foi agredida e deu entrada no hospital. Seu filho tinha que ficar com alguém, a proposta dela era em algum serviço social, porém os assistentes disseram que tinham que ficar com o pai, ela citou que ele não era um homem bom para isso, mas os assistentes disseram que era errado fazer esse juízo de valor e que ela sofreria sanções se continuasse com isso, a criança foi para o pai biológico, ele a torturou e matou. A sociedade inglesa acredita que não imitar juízo de valor é um atributo extremamente positivo, talvez o único atributo que seja realmente importante. Quem não o faz é preconceituoso. Vemos que essa atitude pode ser muito destrutiva. Esses assistentes social por vezes tentam ser muito racionais, afinal, tendo ela perdido seu filho devido a esse assassinato, não precisava mais do auxilio social, então acabou na casa de um viciado em heroína que a tentou estuprar. Por sua vez ela era consciente dos problemas que se envolver com aquele assassino acarretaria. Essa consciência a salvou pois, depois de perceber o estrago em sua vida devido a isso, assumiu a responsabilidade, saindo da zona de conforto de vitimismo, não se envolveu mais com homens violentos e conseguiu fazer uma faculdade, dando material para sua inteligência se desenvolver e saindo do vácuo existencial. Dalrymple argumenta que uma das missões de um médico é evitar a dor em seus pacientes, ora, seria importante então os mesmos advertirem seus pacientes sobre os males desse vácuo existencial em suas vidas, mas fazê-lo seria ir contra a ideia politicamente correta que não existe bom ou ruim, só diferente, ou seja, essa falta de alta cultura trocada pelas diversões de festas,sexo e televisão deveriam ser o suficiente para eles. Por sinal os parceiros dessas mulheres que sofrem violência normalmente são conhecidos em festas e o relacionamento logo surge devido a atração sexual "irresistível". Nada mais ocupa suas cabeças além disso, então é como se essa atração fosse o ápice da existência. Quando perguntadas quais são seus interesses, eles não saberiam dizer nada além disso, não se esforçaram na escola, afinal o contrário seria "burrice" aos olhos do colega, sendo que a vida já é tão dura e o esforço nunca os tiraria dessa situação, argumento perpetrado pelos dependentes do estado. Acabam em relacionamentos sem interesses em comum, e esse tédio acaba por gerar violência e separação. Elas os amam mas por vezes não suportam a violência, são escravas do próprio vitimismo, uma zona de conforto delas à opinião publica. A conclusão do autor é que é errado e cruel suspender o juízo, não manifestar é na melhor das hipóteses indiferença, tendo em vista todas essas situações observada. Sendo nos diferentes de gado, temos poder sobre nosso futuro, mas por vezes isso só nos é mostrado quando pessoas tem coragem de ignorar esses juízos de valor, afinal de contas, as coisas não são apenas diferentes uma das outras, mas melhores ou piores, a escolha da melhor pode ser dura, mas evitaria os exemplos mostrados aqui.


Cap 18 - Qual é a Causa do Crime?

Nova Zelândia era uma das ex-colonias da Inglaterra com melhores condições de vida e muita segurança, isso começou a mudar recentemente. O autor argumenta que o EBES é a causa, com a demonização dos encarceramentos feita pelos criminologistas. Estatísticas maquiadas dão peso a afirmação desses intelectuais que vivem do crime cometido por outros. Tendo em vista que a ilha era muito pacifica, anos atrás um crime chamou a atenção das pessoas, de um casal de lésbicas que matou a mãe. Na época elas foram presas e mal vistas pela sociedade. Porém o tempo passou e os intelectuais hoje, justamente numa época de muita violência da Nova Zelândia, afirmam que elas não eram mais que vítimas, que agiram como qualquer adolescente da idade delas pensa em agir, pois tiveram seu romance tolhido, já que a mãe assassinada não permitiria que as duas ficassem juntas tentando levar sua filha para outro país junto com ela. Para os intelectuais as sensações humanas são hidráulicas, caso você não as solte, elas se libertaram causando problemas. Nada mais errado pois não existe comprovação que liberar sensações lhe deixa mais calmo ou confortável, pelo contrário. E também existe muita diferença entre eventuais pensamentos criminosos e colocá-los em prática. Se a repressão fosse realmente uma causa para crimes, esperar-se-ia que ao diminuí-la, os crimes diminuiriam, e aconteceu exatamente o contrário na Nova Zelândia e em todo o mundo. Talvez a visão dos criminologistas, de que o crime não é a ação de um individuo mas sim um vetor de forças abstratas tenham causado isso, tendo em vista que ações das pessoas em determinado momento do tempo normalmente tem uma relação dicotômica com os objetos de estudo dos intelectuais. O exemplo da "síndrome da mulher espancada" mostra um pouco da incoerência de criar castas de pessoas que não tem culpa de suas ações, porque caso essas mulheres não sejam responsáveis pelo assassinato de seus agressores, os seus agressores também não são, justamente por terem sido "vítimas" de uma outra ação da sociedade. Além disso essas mulheres são as próprias causadoras, na esmagadora maioria das vezes, dos seus problemas, pois decidem continuar a ficar com esse tipo de homem que inevitavelmente não muda, para poder se manter na situação de conforto de vítimas, dizem que os homens também são vítimas de instintos incontroláveis, mas quando perguntado se eles fariam as atitudes de 4 paredes na frente da policia, elas tem a plena certeza que eles se controlariam. Num dos casos citados pelo autor a mulher fez todos esses procedimentos padrão de mães solteiras que escolhem o próprio sofrimento mas depois matou o homem, pediu ajuda a uma amiga para esconder o corpo, e hoje, na Nova Zelândia, é vista como heroína por feministas, por ter lutado contra o homem que lhe fazia mal, como se não houvesse outra escolha, como por exemplo não ter voltado com ele recursivas vezes depois dele a ter agredido. Os intelectuais promovem a ideia que os tribunais não tem preceitos filosóficos, agem a partir de classe e preconceito, essa demonização ajuda a ignorar o básico, que eles são feitos para parar a ação criminosa. Para os intelectuais o próprio crime não é antiético, apenas uma atitude que todas as pessoas normais tomam algum momento em suas vidas, e por vezes uma recuperação de dinheiro roubado pela sociedade. Os únicos crimes que não caem nas garras do politicamente correto são os sexuais, nas palavras do autor: O abuso sexual é o crime que escapa da compreensão tolerante e do perdão de tais progressistas, por ser um crime cuja suposta infiltração em todas as idades expõe como hipócritas todas as pretensões de decência e moralidade de uma sociedade burguesa e deixa igualmente claro que qualquer um de nós, nas mãos de um terapeuta suficiente inteligente, poderá descobrir a própria vitimização secreta, que nos absolverá de qualquer responsabilidade pela vida e por nossas ações. A menos que seja cometido por um homossexual, como demonstrado no caso citado pelo autor.


Cap 19 - Como os Criminologistas Fomentam o Crime

Uma síntese dos motivos dos crimes expostos no capitulo anterior. Tendo em vista que certos crimes são vistos como normais e a cultura da não-punição continuada, os crimes "pequenos" estão se tornando cada vez maiores. Todo prisão é injusta porque as pessoas que são presas fizeram o mesmo que as pessoas que não são presas, só tiveram o azar de ser pegas ou devido ao preconceito mesmo. Psiquiatras são os maiores defensores de bandidos hoje em dia, utilizando-se desses argumentos sofistas. Argumentam que cometer crimes é um estado natural das crianças, e em certa medida é, por isso que os país tem que educar, e não acreditar que quando uma criança ou adolescente comete crime seja um ato normal. É na educação que domamos "a horda de bárbaros" que surgem sempre que nascem. Por vezes os criminologistas defende que é uma atitude natural tendo em vista a sociedade burguesa, que um homem busque roubar algo que é instigado a ter, ou seja, a culpa é da sociedade que promove essa busca, não do ladrão. Outro ponto abordado é uma visão genética do crime, de que as pessoas são levadas por processos naturais a cometê-los, se isso fosse verdade o crime não teria aumentado tanto independente do "aumento de genes" em todos os lugares do mundo. Também é curioso como esses mesmos bandidos dizem que os médicos tem que curá-los de seu "vício" no crime, ou seja, a culpa dos próximos crimes não é deles próprios, e sim da sociedade que não os ajudou, e por consequência a prisão, por não ser um centro de recuperação, é vista como uma grande perda de tempo e dinheiro.


Cap 20 - Policiais no País das Maravilhas

O crime na Inglaterra aumentou e chegou em lugares que não existia, muito se deve ao fato de que os policias mudaram a sua forma de agir para agradar os progressistas esquerdistas, essa atitude tem muitas consequências ruins. A policia é odiada pelos esquerdistas porque ela é o fruto de uma utopia impossível. Por vezes a policia errava, por exemplo, prendendo pessoas que não cometeram crimes, mas era um erro a cada mil pessoas que deveriam realmente estar presas. Porém, agora a atitude da policia é não prender pessoas que tem problemas psiquiátrico, justamente pessoas que ninguém quer solta na sociedade, devido aos perigos que podem fazer. Curiosamente, quando indivíduos fazem qualquer atitude contra esse tipo de gente, esses sim sofrem sanções da policia. Ou seja, ela se vendeu a esquerda, atitude que tira a confiança das pessoas nessa instituição, e também imbuí a possibilidade de cometer crimes, afinal de contas não serão vistos como criminosos.


Cap 21 - Intolerância Zero

Policias sempre foram odiados pelo pobre, mas hoje são odiados pelos ricos também, e o principal motivo para isso é a "empatia" dos ricos. Sendo assim, espera-se pelos intelectuais que uma ação menos incisiva da policia seria bom para os pobres. Um erro demonstrado pelo autor, observado diariamente no seu hospital. Atitudes como espancamento da própria mulher em publico, por exemplo, não foi autuado pela policia como um crime. O mesmo para a classe mais alta, como no exemplo da sua colega vendedora de joias que foi roubada, o bandido preso mas não houve a procura pelas joias. Por vezes o argumento da policia é que não adianta prender, pois a justiça irá dar uma sentença pequena em comparação com o problema dos crimes, mas isso não significa que seria melhor deixar os bandidos soltos. Há também o medo das pessoas a terem uma vida livre sendo que esses indivíduos estão nas ruas, e os criminosos com histórico psiquiátrico são o melhor exemplo de como a impossibilidade imposta pela própria policia a autuá-los pode ser perigoso.


Cap 22 - Ver não é crer

As pessoas não suportam a realidade, porém, ou talvez por consequências, necessitam de uma dose gigantescas de irrealidade. Isso colabora na facilidade de ideias utópicas, entretanto a consequência disso para o todo é perigosa, como demonstrado em todo o livro. Dalrymple cita que por vezes seus semelhantes, que não são da subclasse econômica inglesa, os pergunta se as histórias que ele cita são "invenções". Esses mesmos indivíduos são os que observam os problemas mais desnecessários da sociedade, como a pena de morte nos EUA, sendo que no seu próprio país, a Inglaterra, a situação está extremamente pior. Estando essas pessoas longe de vários desses problemas sociais, por vezes pensam, ou querem acreditar, que tais problemas não existem. Enquanto a água não bate na bunda, as ideologias se sustentam. Por vezes o autor é convidado para dizer o que vê nessas subclasses para pessoas mais abastadas, ao dizer ele normalmente é visto como alguém "esnobe", quando perguntado então se essas mesmas pessoas que o acusam de esnobista gostariam de ver essas atitudes nos locais que frequentam, eles não tem resposta. Os argumentos ditos pela intelligentsia para minimizar os problemas são três: negação absoluta baseado em dados estatísticos errados, comparação errada nos mesmos moldes e uma vez que os fatos sejam admitidos coativamente pelo acúmulo de provas, o significado moral é negado ou pervertido. E a verdade por trás de ideias realmente falhas ainda estarem em voga é a vaidade dos intelectuais em não admitirem que elas estão erradas. Para os mesmos as consequências podem não ser tão duras, mas as subclasses são as primeiras a sofrer, as que mais sofrem e que mantêm a situação por gerações.

 
 
 

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  2018 - Os textos aqui expostos não representam a opinião do autor.

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