Amor para Corajosos - Luiz Felipe Pondé
- Canal Resumo de Livros
- 14 de jul. de 2018
- 7 min de leitura
Atualizado: 31 de ago. de 2018

Amor para Corajosos - Luiz Felipe Pondé - Resumo
Medo é a coisa mais normal na sociedade hoje em dia. Amor acaba se tornando uma obsessão. Amor na idade média era uma doença. (não funcionaria num mundo técnico). Amor pelo diferente é uma coisa única. Amor só se entende na prática.
Capítulo 1: Por que o amor romântico exige coragem de quem ama?
Coragem é algo que só sabemos que temos quando estamos numa situação em que ela seja necessário. Publicidade funciona como amor na sua mente porque faz você perder a cabeça para querer algo, isto se chama afeto.
Capítulo 2: Ensaios sobre amor
Textos longos são preguiçosos.
Capítulo 3: Introdução a uma confissão de amor
Amor mais forte é doença. Não se deve amar de forma violenta porque não combina com a vida cotidiana. "Tratado do amor cortes" foi escrito no século XII, beleza e dor caminham juntas no amor romântico.
Capítulo 4: Romântico: berço de nossa concepção de amor
Romantismo é mal estar com a modernidade. Os românticos usa a "misteriosa" idade média como refugio. Por isso, o amor romântico encaixa, porque ele é impossível numa vida real, então é "romantizado" perfeito e impossível como é.
Capítulo 5: Critica a concepção romântica de amor
Toda a massificação feita pelo cinema de uma forma de amor idealizada que nunca funcionaria num relacionamento estável com as monotonias obrigatórias da vida. É curioso que os mediáveis escreviam que o amor romântico daquela época era uma doença, mas esse sentido foi perdido na adaptação da teoria para o cinema. Sem se livrar dessas neuroses fica impossível ter vínculos verdadeiros com alguém.
Capítulo 6: A miséria do amor no mundo contemporâneo
Amor romântico foi criado numa época de homens corajosos, mas hoje em dia todos são covardes. Narcisistas, mimados e ressentidos não conseguem amar. Narcisista não consegue amar, porque não tem como se envolver verdadeiramente se ele só olha pra si mesmo. O mimado não consegue porque está sempre reclamando e achando que felicidade é um direito, não que ele deve construir. Ressentido é o primo dark do mimado, porque além de achar que o mundo não o ama, ele sabe que é um fraco mas põe a culpa no mundo, está tão perdido se sentindo pior que os outros que só fica dentro de si.
Capítulo 7: Protocolo dos afetos, é possível amar e ser feliz?
As mulheres que primeiro pedem isso de felicidade. Mulheres até podem trair por causa do amor, quando um homem traem é sempre tratado como canalha. Cotidiano acaba matando o amor.
Capítulo 8: Como amariam Kant e Nietzsche
Kant era um cara que gostava das coisas funcionando certinho, ele simplesmente não largaria a esposa porque se todos o fizesse seria impossível acreditar em qualquer pessoa. Nietzsche é filho do romantismo, então se jogaria no poço de uma paixão tranquilamente.
Capítulo 9: Porque homens amam novinhas
Essencialmente, os homens se sentem melhor com mulheres mais novas, sempre dizem que "gostam mais deles mesmo com elas". Mas no mercado da emancipação o homem hétero não tem vez então sempre é uma situação complicada. Mesmo que a menina não seja safada.
Capítulo 10: Amor e casamento, água e vinho?
Casamento surgiu de uma necessidade social de organização e situações de testamento. Novamente explicando que o amor romântico foi o que criou toda essa necessidade de paixão e desejo no casamento. Procura-se uma forma de criar um habito da paixão.
Capítulo 11: As virtudes do amor, a personalidade encantadora
Só ama quem não é narcisista e está apto a ver doçura nos gestos e ações dos outros.
Capítulo 12: O amor pode conviver com rotinas?
Depende do que é rotina. Normalmente fugimos de coisas prazerosas na rotina porque elas nos impedem da longevidade, então me parece que é tudo uma questão de fazer do jeito certo.
Capítulo 13: O amor nem sempre é ético
Porque nem sempre ele está a favor de convenções sociais, do tipo ficar com a pessoa que dedicou a vida com você, por mais que amor seja algo bonito correr atrás de uma pessoa nessa situação te fara ser julgado.
Capítulo 14: Seria ético abrir mão do amor abrindo mão de família e filhos?
Uma das desvantagens da felicidade é a impossibilidade de você ser uma vítima. O que vai te fazer ter um impasse na hora de correr atrás de um amor.
Capítulo 15: Como saber se você é uma vagabunda ou canalha
Primeiramente não deixar se enganar com papo de poliamor de gente nova e careta. E vai depender muito essa resposta do lado da treta que você estiver.
Capítulo 16: Beijo do diabo
Um filme em que o covarde que quer manter a paz é frouxo quando o capeta beija sua própria mulher. Mulheres não gostam de caras sempre bonzinhos, por mais da necessidade de um homem kantiano para lidar com seus problemas.
Capítulo 17: Quando o amor faz você se reinventar ou se redescobrir
Amor necessita escolher entre uma vida regrada ou uma vida estragada, amar com paixão necessita de loucura.
Capítulo 18: Amor é para imaturos?
Dizer que amor é para imaturos demonstra sua tristeza em relação ao mesmo.
Capítulo 21: O amor pelo diferente que faz diferença: a condição heterossexual
Amor homossexual está associado com narcisismo.
Capítulo 22 - Por que os homens estão desistindo do amor?
Essencialmente, porque o preço a ser pago para obter sexo (primeira perspectiva num relacionamento) é muito alto tendo em vista que hoje os homens obtêm isso com facilidade, e o ônus de um relacionamento com toda a visão rancorosa das mulheres não vale a pena.
Capítulo 23 - Civilização e infelicidade, duas irmãs que andam de mãos dadas
Infelicidade acaba se tornando uma condição necessária para uma vida feliz. Pois só assim se torna maduro numa sociedade que transformou o amor num produto.
Capítulo 24 - O que é não sentir nada?
É um estado apático com o mundo. Hoje, isso foi substituído por um narcisismo acentuado. Nada sentir pode ser uma escolha sabia, mas por vezes, na juventude principalmente, é mais fácil se entregar a um forte sentimento. Não existe uma fórmula nesse contexto, até mesmo a covardia se torna uma importante ferramente para não sofrer por amor.
Capítulo 25 - É possível confiar numa mulher? A política cura essa insegurança masculina atávica?
A insegurança masculina é observada na literatura desde Shakespeare passando por Machado. Essa insegurança é incurável. A partir do momento que perdemos o "sentimento oceânico" a insegurança surge. Essa é maior nos homens pois eles têm a utopia de serem controladores de tudo.
Capítulo 26 - As ciências sociais do amor
Ciências sociais nunca foram, essencialmente, uteis para nada prático. Ao contrário, normalmente destroem tradições boas. Uma delas são as referentes a relacionamentos. Ao querer deixar todo mundo livre, destruíram o desejo.
Capítulo 27 - Um remédio para você amar significa que você ama verdadeiramente?
Só uma cultura que tem a ciência como fetiche pode cogitar essa solução para algo tão misterioso como o amor. No fim, isso é reflexo de uma frustração amorosa, muito provável de moças “emponderadas”.
Capítulo 28 - Amor como morte
Amor tem o poder de te matar psicologicamente, a força desse afeto é destruidora. O amor cansa porque é absoluto, e sendo assim toma conta da sua existência não lhe deixando no controle de mais nada.
Capítulo 29 - Amor entre pais e filhos
Depois do amor entre casais, sem dúvida este é o mais romantizado. Não vale aqui a discussão se o amor de mãe, por exemplo, é algo natural ou socialmente criado, mas sim a falta de desejo de ter filhos por parte da maioria dos jovens casais. Ninguém mais tem filhos com a ideia datada de que eles cuidarão dos pais idosos no futuro. O mercado tem soluções muito mais uteis para a sua velhice do que filhos ingratos. Pais e filhos custam e duram muito.
Capítulo 30 - Amor universal
Amar a todos é uma piada pois, quando se faz isso, você está tirando o valor do mérito que alguém desenvolve por ser amado. Neste ponto surge uma crítica o amor cristão. A primeira porque o relativismo implícito desse amor serviu de desculpas para a simples destruição de tecidos culturais inteiros. A segunda, porque, como dizia Burke, “quem ama a humanidade detesta seu semelhante”. Lembremos a analogia econômica: inflacionar algo sempre causa perda de valor desse algo.
Capítulo 31 - Um mundo que supere o amor
Um amor sem afeto é possível? Para o mundo pós-moderno que prega liberdade e pederastia total, presa no seu próprio narciso, parece uma boa ideia. Dentro desse contexto, temos o ceticismo com relação ao afeto, que se torna apático em relação ao mundo. Historicamente os cristãos são contra essa ideia de amor pois nos torna frios com os semelhantes. Não há uma solução clara do que seria mais conveniente a alguém, mas tentar fugir do principal conceito por trás do amor (o afeto) é fugir dele próprio.
Capítulo 32 - Amor místico
Pondé resume muito bem o “gozo místico” em: Como dizia tantas vezes Santo Agostinho nos séculos IV e V, “só se é livre quando se ama”. A maior força do amor é exatamente esta: nos libertar de nossos fantasmas, mesmo que à custa de alguma forma de morte ou aniquilamento do eu que conhecíamos como nosso.
Capítulo 33 - Felicidade e amor como segredo e graça, não como um imperativo
Entender o amor pela lógica do mercado pode ser interessante nessa época "liquida". Sendo a economia a ciência da escassez, o amor entra como uma variável confusa, pois ele nunca surge de forma programada, entra pela fresta da porta e inunda o ambiente.
Capítulo 34 - “O amor só se conhece pelos seus frutos”
Utilizando a frase de Adorno: "“O amor é aquele que permite a você demonstrar para a pessoa que você ama suas maiores fraquezas sem medo de que ela as use contra você”. Ter como fruto a capacidade de jamais usar as fraquezas de uma pessoa contra ela é, talvez, de todas as capacidades raras em nosso mundo, a mais rara.
Capítulo 35 - Quando o amor morre
Sabendo a dor que é a morte de um amor, ainda por cima um amor longo e cheio de expectativa como um casamento, surge o medo, o maior dos vícios, pois sempre está certo e sempre é um porto seguro para as pessoas.
Capítulo 36 - O inferno moral
Levar em conta que a vida é realmente uma incoerência, e o que amor te dá espaço para momentos bons felizes e orgulhosos. Quando maior o nível de maturidade de uma pessoa, maior o efeito da paixão sobre ela, porque só se é capaz de reconhecer essa paz, quem já enfrentou muitas guerras.
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