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Bitcoin - a moeda na era digital - Fernando Ulrich

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 25 de out. de 2018
  • 13 min de leitura




Bitcoin - a moeda na era digital - Fernando Ulrich - Resumo

Prefácio: As moedas sempre foram necessários para o funcionamento econômico de qualquer sociedade. Com o tempo os estados começaram a ter um controle maior sobre o dinheiro, assim desvalorizando-o para a população. Depois da primeira guerra esse controle só cresceu e os estados só aumentaram. Só em 2008, alguém com um pseudônimo de Satoshi Nakamoto criou o Bitcoin, uma moeda sem controle de estado ou empresas privadas que não sofria do problema de gasto duplo (propriedade computacional que duplica um arquivo ao trocá-lo com alguém). Bitcoin então só se valorizou e hoje já é utilizado em transações normais, mantendo privacidade e segurança. Tendo em vista o controle histórico do governo sobre o dinheiro, alguns podem se perguntar se este conseguirá controlar o Bitcoin, a resposta é não. Da mesma forma que o governo não conseguiu controlar a internet e seus derivados, a história se repetirá com um advento bem mais complexo.


Capítulo 1 - Introdução

O autor explica que Bitcoin é uma forma de dinheiro totalmente digital e sem controle do governo. Para transações é rápido, barato e sem intermediários. Na primeira parte do livro ele explicará a tecnologia que o envolve. Seguirá com a explicação do contexto histórico e tecnológico que o criou. Irá para a ciência econômica que o envolve. E concluirá com o ideal de liberdade monetária.


Capítulo 2 - Bitcoin: o que é e como funciona

1 - O que é Bitcoin

É uma moeda digital ponto a ponto, sem um terceiro para se envolver nela. Para entender porque o dinheiro não se “copia” nesse sistema, devemos entender a teoria do livro-razão, que é um lugar que os contabilistas deixam anotados todas as transações de uma empresa. O Bitcoin obedece esse sistema, chamado blockchain, um registro público de todas as informações envolvendo a chave de um Bitcoin. Quando uma pessoa decide transferir Bitcoin, ela cria uma mensagem, chamada de “transação”, que contém a chave pública da outra pessoa, assinando com sua chave privada.

Computadores mantêm essa "rede" de transações funcionando, juntamente com a "mineração" de Bitcoin, onde estes encontram uma sequência de dados chamada de "bloco" que produz certo padrão quando o algoritmo "hash" do Bitcoin é aplicado aos dados. Este processo de criação de Bitcoins é duro, e estimasse que apenas em 2140 se chegará o número máximo de Bitcoin produzidos.

Existem várias questões envolvendo privacidade, o Bitcoin está entre a total privacidade e a privacidade já adquirido ao se negociar com dinheiro. Pois no blockchain ficam anotadas todas as transações, mas diferentemente do dinheiro comum onde você poderia trocar ele com uma pessoa que não conheço e nem vê, aqui pelo menos os pseudônimos estarão anotados, e por vezes estará vinculado o seus dados em registros de casa de cambio, caso escolha fazer as transações por elas.

2 - Benefício do Bitcoin

Por não ter um terceiro intermediário e não ter controlada, o Bitcoin é uma solução mais rápida e eficiente que o dinheiro tradicional. Assim ele auxilia por exemplo, empresas com margens apertadas de lucros, surgindo algumas lojas que vendem seus produtos com valores muito mais baixos do mercado porque não precisam e toda a regulação estatal que o dinheiro normal obriga. Sem os cartões de crédito tradicionais, as empresas não precisa, se preocupar co extorsões. As transferências mais simples permitem benesses como a transferência de dinheiro para outros lugares do mundo, auxiliando assim economia e a vida dessas pessoas.

Muito pode ser dito sobre a segurança financeira ao individuo imposta no uso da criptomoeda. Por ter um número final fixo de Bitcoin e uma dificuldade extrema de minerá-los, o Bitcoin é uma solução para pessoas de países pobres e instáveis que tem a sua moeda depreciada. Hoje na Venezuela pessoas usam Bitcoin para comprar comida, por exemplo. A maior privacidade para o usuário leigo auxilia a pessoas que estão fugindo de parceiros abusivos a se esconder.

Tecnologias novas surgem porque e para o Bitcoin, como novas camadas de protocolos de internet para a segurança do mesmo. O Bitcoin, é portanto, a fundação sobre o quais outras camadas de funcionalidade podem ser construídas.

3 - Desafios do Bitcoin

Da mesma forma que o dinheiro tradicional tem seus graves problemas, o Bitcoin demonstra alguns também. Um deles é a volatilidade. Desde seu surgimento, especulasse que a supervalorização do Bitcoins é um fenômeno conhecido no mundo financeiro como bolha. Este fenômeno surge devido a divulgação de grandes lucros que podem ser feitos mediante a determinado elemento econômico. Porém, percebe-se que quanto mais essa moeda é utilizada como troca, e não como especulação financeira, menos volátil ela se torna. Isso pode ser uma consequência ao longo prazo da pouca volatilidade que ela tem em pequenas transações imediatas entre pessoas.

A segurança, como a do dinheiro normal é um problema também. Se não houver cuidado, a pessoa pode apagar seus Bitcoin ou tê-los furtados por hackers. Este também pode ser usado por criminosos para seus fins. Mas observou--se que a combinação de um sistema de registro público com a cooperação das casas de câmbio na coleta de informações dos usuário fez do Bitcoin uma vida relatividade menos atrativa aos lavadores de dinheiro, por exemplo. E, levando em conta que o Bitcoin é uma tecnologia, ele é neutro e como o dinheiro normal, não promove os crimes. Por mais que tenham alguns políticos tentando alguma forma de controle sobre o Bitcoin com essa prerrogativa, o mesmo não é dito sobre o dinheiro normal por exemplo, e diferente deste os políticos tem poder algum.


Capítulo 3 - A História e o Contexto do Bitcoin

1 - A Grande Crise Econômica do Século XXI e a Perda de Privacidade Financeira

Por mais que se diga que a crise de 2008, e mesmo a 1930 se deve ao capitalismo, na verdade o real motivo foi o socialismo aplicado ao âmbito monetário. O grande núcleo desse problema começou pela moeda não ter mais lastro e isso começou não porque associar a uma determinada quantidade de metal era um problema, mas sim porque dessa forma seria impossível imprimir mais dinheiro e criar inflação, este é um poder tentador demais para não ser usado, principalmente por estados gigantescos como o brasileiro.

Somado a isso, temos os bancos, que devido a suas reservas fracionárias pode criar dinheiro de onde ele não existe, mantendo nos seus cofres apenas uma fração do que realmente tem e emprestado o restante ao público. Para que esse processo se complete, o governo precisa manipular o juros, assim o banco central injeta mais moeda no sistema bancário, aumentando crédito mas desvalorizando a moeda. Foi um processo como esse que quebrou o banco Lehman, que foi o marco da crise de 2008.

Percebe-se então que o cidadão comum não tem poder nenhum sobre o seu dinheiro, que pode ganhar ou perder valor ao bel-prazer de políticos. Isso somado a espionagem que causa a impossibilidade de proteger o dinheiro do governo, denota uma situação delicada para as pessoas, especialmente para os pobres.

2 - O Bloco Gênese

Em 2008 suje o primeiro artigo de Satoshi Nakamoto em um fórum sobre moeda criptográfica. Salvo a linguagem técnica, seu criador demonstrou um grande tato para as questões econômicas, citando sempre que possível o lado positivo de uma moeda sem controle central e passeada em trocas peer-to-peer, assim dispensando um controle central devido ao seu log de transações disponível a todos os seus usuários. Ter surgido justamente no ano da crise financeira não é uma coincidência, pois foi nesse ano que a internet estava madura suficiente e, baseado em vários anos de pesquisa séria em criptografia, pode-se unir esses dois conhecimentos para a criação dessa moeda.


Capítulo 4 - O que a Teoria Econômica tem a dizer sobre o Bitcoin

Uma moeda é um meio de troca, e de acordo com a teoria monetária estatal da moeda, é o governo que a controla. Só que essa teoria é defasada ao tentar entender o Bitcoin, unidade monetária que muitos teóricos da economia nunca imaginaram que poderia existir. Tentaremos entender ela pela teoria monetária de Mises.

1 - O nascimento do dinheiro

De acordo com Mises, a utilidade é uma relação causal par diminuir algum desconforto, e dentro da ideia de moeda, o valor do uso objetivo de uma moeda não tem nada a ver com seu uso subjetivo. A ideia de valor a uma moeda moderna era dada pelo seu lastro associada com a quantidade de metal precioso que um país possuía. Mas o metal em si demorou muito mais tempo para ter uma utilidade objetiva, depois de a tê-la demorou um pouco mais para ser usado como moeda. Assim, Mises em seu famoso teorema da regressão diz que "é impossível qualquer tipo de dinheiro surgir já sendo um imediato meio de troca; um bem só pode alcançar o status de meio de troca se, antes de ser utilizado como tal, ele já tiver obtido algum valor como mercadoria". O Bitcoin em especial não respeita essa regra como um todo, pois seu valor objetivo é quase nulo, porém o valor dado pelas pessoas devido a sua eficiência como moeda o deu valor. Muitos dizem que o Bitcoin é uma mentira pois ele não existe no mundo físico e não tinha a utilidade que o ouro já teve. Mas, vamos levar em conta o dinheiro que usamos hoje, papel. Este não tem um valor objetivo por si só, pois papel é simples de se obter, e mesmo assim o entendemos e damos valor a ele na economia. Com o Bitcoin acontece exatamente o mesmo. Hoje, já o utilizamos como um meio de troca da mesma forma que o papel-moeda, mesmo sem essa criptomoeda ter qualquer valor objetivo.

2- Escassez intangível e autêntica

Diferentemente de outros arquivos virtuais, o Bitcoin não é copiável e simultaneamente executável por várias pessoas. Ele tem um valor máximo a ser produzido e ninguém pode gastar a mesma unidades diversas vezes e simultaneamente.

3 - Moeda Tangível e Intangível

Inicialmente o dinheiro era commodities como sal, conchas etc. Ele foi se aperfeiçoando com o decorrer da modernização da humanidade, até que os bancos entraram na jogada. Baseado em politicas de crédito, começaram a criar dinheiro sem lado, o chamado "moeda escritural". Ela não existe materialmente, assim como Bitcoin. Mas diferente dele está totalmente a merce de politicas de bancos e governos. Nos EUA por exemplo, apenas 55% do dinheiro realmente existe e esta em circulação, o resto é moeda escritural.

4 - Dinheiro, meio de troca ou que?

Seria o Bitcoin dinheiro mesmo? Para algumas pessoas não se caracteriza como tal porque ele não é uma forma utilizada por todos. Mas por esse ponto de vista, pesos mexicanos nos EUA também não seria dinheiro. Alguns dizem que é porque ele só funciona como câmbio por uma moeda que sim existe. Mas o autor diz que todos esses pontos de vista estão errados pois ele é uma moeda como qualquer outra.

5 - Ouro, papel-moeda ou Bitcoin

Dinheiro sempre foi usado como uma forma de fazer transações fáceis. Se você produzia por exemplo leite, queria um advogado mas o advogado queria carne, trocando seu leite por dinheiro você pode então comprar carne e contratar um advogado, ou diretamente pagá-lo. O problema é que algumas moedas como barras de ouro podem ser difíceis de se transportar, com o Bitcoin não temos esse problema pois ele é totalmente digital e não tem peso nem forma material. A grande revolução do Bitcoin é a capacidade de replicar a inerente escassez relativa do outro mas sem incorporar a grande desvantagem do metal no que tange ao manuseio e transporte, especialmente em longas distancias. Com toda essa facilidade de transação, é possível que o Bitcoin torne bancos totalmente irrelevantes e obsoletos, reduz a facilidade de aparecer reservas fracionarias e expansão de crédito, não criando assim ciclos econômicos. Em resumo, o Bitcoin é uma moeda superior pois incorpora o melhor de todas as moedas já existências: escassez do ouro, velocidade de transação de cartões sem precisar de terceiros.

6 - Deflação e aumento do poder de compra, adicionando alguns zeros

Inflação nunca deu bons frutos a nenhuma economia, pois isso só enriquece quem tem o poder de imprimir o dinheiro. Para as pessoas normais, seu dinheiro só perde valor. Mas não existe, comprovadamente, uma quantidade de dinheiro ideal. No Brasil em especial a inflação tem uma história curiosa. Em 1993, por exemplo, o Banco Central teve que imprimir cédulas de quinhentos mil cruzeiros, existiam muitos milionários, mas todos eram pobres. Até hoje, salvo as oscilações, o Bitcoin só vem aumentando seu valor, e a perspectiva é que aumente mais ainda. E caso os cálculos fiquem complexos para o Bitcoin, pois 1 BTC está valendo dezenas de milhares de dólares, o sistema Bitcoin permite facilitar os algarismos corrigindo a quantia ao mesmo tempo para todas as pessoas que o usam.

7 - O preço do Bitcoin, oferta e demanda

Para uma moeda funcionar, ela precisa de liquidez, que é ser facilmente utilizada em compra e venda. Mas seria uma bolha? Acredita-se que não, mas mesmo se o fosse, isso não tiraria o valor do mesmo, como a bolha da internet em 2000 e a das tulipas não fez essas duas coisas perder todo seu valor. Para funcionar como moeda, pouco importa o valor do Bitcoin, e sim a sua funcionalidade.

8 - Valor intrínseco ou propriedades intrínsecas?

Para uma moeda, pouco importa se ela tem um “uso não-monetário”, percebemos isso com o papel-moeda por exemplo, por isso este não é um problema para a não-materialidade do Bitcoin.

9 - A falta de lastro aparente não é um problema

O outro nos cofres sempre foi usado como meio de controlar a quantidade de dinheiro circulando, mas ele não serve mais para isso porque ninguém se importa em impedir a expansão irrestrita dos meios fiduciários. Diferente da moeda estatal, o Bitcoin é asseguradamente uma moeda boa por causa da sua escassez programada.

10 - Política Monetária do Bitcoin

O fim do século marcou, o período da política monetária de taxa de juros, em que a variável era alvo direto das ações do banco central, sendo o crescimento da oferta monetária mero produtos a política de juros. O Bitcoin não terá esse problema pois para esta é altamente improvável o aparecimento das reservas fracionária, por ser um ativo sem risco de contraparte.

11 - As reservas fracionárias, o tantudem e o Bitcoin

Historicamente o ouro foi a moeda mais utilizada, primeiro pela sua facilidade de ser fracionada, e assim servir como elemento para trocas. Porém, com o tempo as pessoas deixaram este no banco e ganhavam bilhetes como uma prova do banco de que eles depositaram determinada quântica no banco, com o tempo as pessoas começaram a usar esses bilhares para transicionar, pois era muito mais simples que o ouro. Os bancos então começaram a republicar mais bilhetes mesmo não tendo a quantidade de ouro referente a eles no banco. Ou seja, banco se tornou um problema real na moeda fiduciária, o Bitcoin não passará por isso pois ele não usa o artifício do banco para absolutamente nada. As carteiras online, serviço que mais se assemelha aos bancos, não fica com a custódia dos seus Bitcoin.

12 - Outras Considerações

Algumas pessoas desconfiam da eficiência da criptomoeda pela necessidade de internet e eletricidade para ela funcionar. Ora, se acabassem esses dois elementos, o dinheiro fiduciário também entraria em colapso, como toda a economia e humanidade, tendo em vista a nossa dependência dessas duas coisas hoje em dia.

13 - Revisitando a definição de moeda

O conceito de moeda se perdeu no decorrer do tempo. Podemos perceber isso no exemplo que segue: alguém lhe vende um apartamento e usa um carro como parte de forma de pagamento, o carro seria uma moeda? Obviamente que não, mas como definimos moeda, como um meio de troca, até faria algum sentido imaginar que um carro pode ser moeda. Historicamente, a moeda nacional era chamada de currency, um termo que não tem tradução para português. Acontece que ouro e outras commodities perderam status de moeda, e apenas o currency foi usado, agora chamado ele próprio e moeda (currency e money em inglês são sinônimos). Para economistas como Hayek, dinheiro não deveria ser um substantivo, e sim um adjetivo, pois assim teríamos graus variados de dinheiro, sendo umas moedas mais dinheiro que outras. Na definição mais apurada de moeda, o Bitcoin se encaixaria? Sim, pois hoje em dia ele já é usado como transação e com diferentes níveis de liquidez, dependendo da região. Essa liquidez também explica a volatilidade do Bitcoin, imaginasse que ela ficará estável quando esta moeda for mais utilizada.

14 - Meio de troca, reserva de valor e unidade de conta

Diferente do que alguns economistas, principalmente os estatistas tendem a dizer, o que realmente importa para uma moeda é sua função como meio de troca, por situações como essa que é ilegal transacionar com uma moeda que não seja a estatal dentro de um país. Devido a esses controle, um governo pode aumentar ou diminuir a quantidade de papel moeda, alterando assim sua inflação e poder aquisitivo referente a ela. Outro elemento pouco comentado aqui que uma moeda perde nesse controle estatal é a sua unidade de conta, que é a tendência de precificação baseada em determinada moeda. Quanto mais aceita e desenvolvida, mais os produtos tem seus preços referentes a essa moeda. Isso explica porque em países sem moeda forte o dólar que é utilizado como unidade de conta. Tenderemos a acreditar que o Bitcoin atingiu um nível de desenvolvimento considerável quando os produtos tiverem seus preços baseado nele.

15 - Conclusão

Resumindo nas palavras do autor que baseia seu desenvolvimento sobre Bitcoin na teoria de Mises: “Não obstante as similitudes, o Bitcoin introduz inovações antes inconcebíveis pela mente humana. Sua natureza totalmente descentralizada; o compartilhamento de um registro público, único e universal por todos os usuários; a capacidade de transferência de fundos instantemente a qualquer parte do globo terrestre, e o fato de prescindir de um terceiro fiduciário para transacionar fazem do Bitcoin uma façanha da civilização. Além do mais, tais atributos fazem com que o Bitcoin, como sistema monetário, incorpore as principais qualidades das formas de moedas existentes - como a escassez relativa do ouro e a transportabilidade do papel-moeda - aperfeiçoando suas principais fraquezas - como a dificuldade de transportar e estocar metais preciosos ou a ilimitada produção de papel=moeda. Bitcoin é simplesmente, uma forma de dinheiro superior a todas as demais”.


Capítulo 5 - A Liberdade Monetária e o Bitcoin

A última seção demonstrará o valor de uma moeda livre para a prosperidade e liberdade do individuo e da sociedade bem como propor o futuro da moeda virtual.

1 - A importância da liberdade monetária para uma sociedade próspera e livre

A história demonstrou que o monopólio de emissão de moeda foi responsável por grande parte dos problemas econômicos. enfrentados pela sociedade moderna, isso inclui a crise de 2008. Diferentemente de outros problemas, este é tão complexo que boa parte das pessoas não tem nem ideia de quando, como ou por que ocorre. Tendo em vista o efeito a médio prazo que a impressão de dinheiro causa, os "amigos do rei" sempre se dão melhor que o resto da população quando isso ocorre pois, ao receberem o dinheiro primeiro, este ainda não sofreu a desvalorização percebida pelo mercado mais tardiamente. Os trabalhadores da iniciativa privada que recebem seu salário mensalmente são os últimos a receber esse dinheiro, e assim, o recebem valendo menos. Para aumentar o problema temos os bancos centrais (estatais) que controlam a oferta de moeda de forma monopolista, supervisionando todo o sistema bancário. De tal forma que a moeda acaba perdendo seu valor monetário devido a seu valor politico, que dependendo do governante que a controla, pode valorizar ou desvalorizar a mesma, não dando segurança aqueles que necessitam desta. Toda essa estrutura fornece um poder absurdo a governos, e quanto maior o estado, sabemos que menor é o cidadão, que tem a sua liberdade cerceada, economicamente, e dependendo da situação, fisicamente.

2 - As propostas de reformas pelos liberais

Durante anos os economistas modernos proporam moedas fora do controle do estado, mas elas sempre esbarravam em alguma questão política. Nenhum estado em sã consciência gostaria de perder o controle sobre algo tão importante. Felizmente o Bitcoin não respeita essa situação pois ele independente de qualquer boa vontade do governo: o Bitcoin simplesmente a contorna a seu bel-prazer. Obvio, para a manutenção disso é necessária a educação da população, para que promessas de um governante populista não venham a cercear a liberdade dos que desejam fazer negócios utilizando a criptomoeda como meio de troca. O autor pede um experimento mental: "Imaginem um mundo sem inflação, sem bancos centrais desvalorizando o seu dinheiro para financiar a esbórnia fiscal dos governantes. Sem confisco de poupança. Sem manipulação da taxa de juros. Sem controle de capitais. Sem banqueiros centrais deificados e capazes de cobrar a base monetária a esmo e a qualquer instante para salvar banqueiros ineptos que se apropriaram dos seus depósitos em aventuras privadas". Os pensamentos discutidos aqui nos deixam dois conhecimentos gerais importantes: nenhum sistema político foi capaz de conter os abusos de governos no âmbito monetário e a separação do estado e da moeda será uma questão tecnológica, não política e necessária para o real amadurecimento e enriquecimento de um povo.

 
 
 

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