Ciência, Tecnologia e Governo - M. Rothbard - Resumo
- Canal Resumo de Livros
- 4 de mai. de 2020
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Ciência, Tecnologia e Governo - M. Rothbard - Resumo Prefacio O autor destes indica pontos importantes da analise de Rothbard sobre a ciência quando planejada pelo estado. Seu primeiro ponto indica uma questão de possibilidade logica: se pessoas querem se tornar cientistas, menos pessoas vão fazer outros serviços, sendo assim, quantos devem se tornar cientistas? Nenhum planejamento central consegue ao menos estimar algo como isso, apenas o livre mercado tem a informação necessária para tanto. Se realmente existisse uma carência de profissionais da ciência, os salários destes aumentariam, mas não é isso que se observa. O salario médio dos cientistas não aumentou relativamente em comparação mesmo com profissões que envolvem conhecimento, como professores. Alguns defensores do planejamento estatal dizem que é necessário um esforço além do livre mercado para o avanço tecnológico. Mas esse mito, de acordo com Rothbard, foi totalmente refutado em um trabalho que analisava as 61 maiores invenções do século XX, mais da metade delas foi obra de inventores individuais, ou seja, não patrocinados por empresas privadas e nem mesmo, principalmente, pelo governo. Rothbard julga que a melhor forma do governo ajudar a ciência é não atrapalhando, ou seja, tirando qualquer tipo de taxa que a envolva. CAPÍTULO 1 - PRINCÍPIOS GERAIS Ao se citar que é necessário mais profissionais na ciência, as vezes não se leva em conta que também são necessários profissionais para outras áreas, incluindo, por exemplo, na área de papel, que é um elemento tão importante no ramo científico (e na vida de todos). O que se ignora nessa analise é que ao se influenciar pessoas a serem cientistas, se tiram esses profissionais de outras áreas. Então, quanto profissionais a mais são necessários na ciência? A única opção que poderia dar essa resposta além do livre mercado é o planejamento central. Porém, nenhum planejamento central é capaz de alocar a infinidade de recursos de mão de obra e capital em seus inúmeros tipos, com algum grau de eficiência. CAPÍTULO 2 - DOIS PROBLEMAS BÁSICOS: PESQUISA GERAL E PESQUISA MILITAR Qualquer dinheiro aplicado na área militar significa dinheiro que sai da área civil. Uma forma de driblar esses gastos, que o governo sempre faz, é o alistamento obrigatório, também entendido como uma forma de escravidão. Nenhuma pessoa nessas condições pode ter um trabalho criativo. Escravos talvez sejam uteis para trabalhos braçais, mas nunca para questões que envolvam criatividade. Um país como os Estados Unidos promover esse tipo de condição mostra um pouco de hipocrisia quando crítica o comunismo soviético. CAPÍTULO 3 - PROBLEMAS ESPECÍFICOS: A SUPOSTA CARÊNCIA DE CIENTISTAS Uma das soluções propostas para a suposta carência é o subsídio da educação. Essa solução não se mostrou válida. A única que funciona no livre mercado é o aumento de salários em relação a outras profissões. Ocorre que qualquer intervenção em determinada área causa uma diminuição marginal de salários de todos por causa da diminuição do lucro, mas piora drasticamente na área subsidiada. De todas as áreas científicas, as que menos tiveram aumentos relativos de salario foram justamente os engenheiros, que são supostamente tão uteis ao governo devido a sua engenhosidade. A quantidade desses profissionais é superior a todos os outros que envolvem ciência juntos. Com uma demanda dessa, se faz a analise econômica e se entende que não há necessidade de estimulo a essa profissão e também se percebe o porque seus salários não sobem. Os profissionais realmente bons precisam estar desvinculados do estado e trabalhar com liberdade para serem bons no que fazem. A educação, fonte última da ciência, tem sua parcela de culpa no processo de saturação de profissionais sem habilidade (além do já citado planejamento central). Em todas as escolas se segue uma filosofia progressista, onde os alunos são nivelados por baixo, para que assim todos sejam "democraticamente" atingidos pela educação, deixando de lado o fato que existem bons alunos que conseguiriam desenvolver sua aptidão científica melhor num ambiente com mais estimulo para isso. Professores de ciência no livre mercado receberiam mais, pois são a minoria entre essa classe de profissionais e, principalmente, seu trabalho também é requisitado na industria. Porém, os sindicatos e políticos tendem a deixar igual os salários de todas as disciplinas, o que diminui o estimulo a se estudar uma área tão difícil quanto a cientifica. CAPÍTULO 4 - PROBLEMAS ESPECÍFICOS: A SUPOSTA ESCASSEZ DE PESQUISAS CIENTÍFICAS Além de todas as questões já citadas, o avanço do governo em direção a pesquisa científica também aumentaria sua atuação na vida das pessoas normais, pois seria necessário o financiamento pelos seus impostos. Algumas pessoas defendem o auxilio governamental pois é necessário grandes grupos e grandes investimentos para se obter grandes resultados. Rothbard mostra que grandes invenções do século XX foram feitos não por grupos de pesquisa governamental e nem mesmo por empresas privadas, mas sim por pessoas que investiam pouco dinheiro em sua pesquisa. Tais como cambio automático, caneta esferográfica, colheitadeira, refrigeração a gás e os exemplos vão de invenções grandes até elementos que usamos diariamente. Um dos perigos de usar aparatos cada vez mais complexos na ciência é transformar queles que deveriam fazer descobertas e pesquisas em "técnicos" dessas maquinas. Desviar assim sua atenção pode ser prejudicial a sua criatividade. Fugir de questões tradicionais como grupos de pesquisa pode ser um bom elemento para aflorar a criatividade. Como ninguém sabe o caminho para se inventar algo novo, o fato de ter pessoas desencorajando ou falando que algo parecido já foi tentado e deu errado por ser muito prejudicial. Alguns cientistas como Einstein, diziam que só conseguiam trabalhar bem sozinhos. Resistência a novas ideias acontecem até em grandes corporações, esse é outro elemento importante na pesquisa cientifica em pequenos grupos. E isso não se trata apenas de ciência de base, mesmo na área industrial, principalmente a de aço, duas das maiores invenções do século XX aconteceram por empresas de menor tamanho. Tal como dizia o físico Fermi: a eficiência não cresce em proporção aos números. Várias demandas pessoais e administrativos demonstram que existe uma especie de limite malthusiano para a inclusão de pessoas num grupo de pesquisa. A competição sempre é o melhor estimulo para avanços em qualquer área, e isso não deixa de ser verdade por estarmos falando de ciência. CAPÍTULO 5 - A CIÊNCIA SOVIÉTICA A deturpação da verdade ocorria com frequência na ciência soviética. Resultados eram acochambrados para se adaptar a verdade do partido. Isso não se devia apenas ao fato de soviéticos serem malvados, mas sim porque é algo inerente ao estatismo e o planejamento central. Porém, muitos citam que o sputnik foi uma vitória soviética em relação aos Estados Unidos. Isso deixa de ser verdade quando analisamos que o envio do sputnik ao espaço na verdade foi só uma questão de falta de recursos para fazê-lo em outras oportunidades, pois a tecnologia para isso já existia há tempos. CAPÍTULO 6 - A INEFICIÊNCIA DA PESQUISA MILITAR FEITA PELO GOVERNO Um problema observado pela Força-Tarefa americana era uma atmosfera de atrito entre funcionários, pois muitos lá ganhavam aumento e mais oportunidades por motivos que não envolviam sua eficiência. CAPÍTULO 7 - ENERGIA ATÔMICA Jewkes, Sawer e Stillerman mostraram que as descobertas atômicas fundamentais foram feitas por cientistas acadêmicos que trabalhavam com equipamentos simples. Isso é importante pois uma grande falacia dita até os dias de hoje é que a ciência e tecnologia evoluíram muito devido a Segunda Guerra Mundial. Todo o trabalho envolvendo energia atômica até o final de 1940 foi feita por fundações particulares. Todo esse otimismo induzido pelo governo americano a energia atômica acabou tirando cientistas de outras áreas e, até hoje, esse tipo de energia não demonstrou ser tão eficiente a ponto de substituir outros tipos de energia. O historiador econômico John Nef desta que esses estímulos ao desenvolvimento cientifico não foram eficiente, e desviaram o genuíno progresso cientifico, pois todo o dinheiro e esforços na era militar acabou tirando esforços de outras áreas cientificas. A importância da pesquisa solitária e da possibilidade de financiamento próprio foi mostrado pelo "grego louco", Nicholas Christofilos, que sozinho conseguiu, trabalhando em concerto de caminhões, aprendeu física nuclear e criou teorias intrigantes. Tal qual a ciência atômica deve permanecer livre e financiada por conta própria, a exploração especial também o deve. Rothbard cita que o governo, se quer algo em especial sobre essa ciência, deveria tratá-la da mesma forma que deve a militar, ou seja, com princípios mercadológicos. O que não pode ser feito é financiar a exploração especial com impostos, pois isso seria tirar dinheiro de coisas emergenciais da vida das pessoas para algo totalmente supérfluo, por mais que seja muito interessante. Esse ramo da exploração, como qualquer outro, deve ser feito com investimentos e estímulos privados. A energia atômica, como qualquer outra empresa, deve seguir a logica de mercado para que só assim não prejudique outras áreas por estar utilizando verbas dela para seu financiamento forçado. CAPÍTULO 8 - PESQUISA BÁSICA e CAPÍTULO 9 - O QUE O GOVERNO DEVERIA FAZER PARA INCENTIVAR A PESQUISA E O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO? Em suma, o governo deve cortar os impostos. Algumas das politicas recomendadas derivadas desses princípios básicos já foram descritas em linhas gerais: Transferir a pesquisa e o desenvolvimento de caráter militar das esferas governamentais para empreiteiras particulares, pagar a remuneração de mercado para cientistas empregados pelo governo ou por empreiteiras do governo, flexibilizar a burocracia do serviço civil, a fim de conceder salários e promoções de acordo com o mérito, acabar com o excesso de regulamentação de segurança e burocracia no trabalho cientifico contratado pelo governo, acabar com a regulamentações e subsídios da comissão de energia atômica para a industria de energia atômica, principalmente, incentivar os governos estaduais a passar da educação progressiva, e que é na realizada regressiva, nas escolas publicas par uma educação solida de ensino nos conteúdos, acabar com a frequência compulsória e não atender as exigências pedagógicas que restrinjam a oferta de bons professores, e ainda substituir as uniformidades salariais da regulamentação do serviço civil por pagamentos com base no mérito, incentivar os governos estaduais a acabar com a regulamentação de tarifas da atividade pública. O melhor incentivo que pode ser dado para uma industria se desenvolver é tirar os impostos referentes a ela. Pode se pensar, erroneamente, que tirar os impostos é igual a dar um subsidio, não é o caso. Pois Ao dar um subsidio o governo aumenta a proporção da atividade governamental na economia, distorcendo assim recursos produtivos e aumenta o perigo do controle e da repressão governamental. A isenção tributário por outro lado, reduz a presença do governo, libera as energias da esfera privada, diminui o controle governamental, além de ser um passo para uma sociedade livre. CAPÍTULO 10 - AUTOMAÇÃO e EPILOGO: OS VALORES DA TECNOLOGIA A maior falacia associada a tecnologia é que ela diminui os empregos. Se isso fosse verdade, onde estão os bilhões de desempregados devido a substituição do humano de carga pela carroça, e posteriormente o caminhão? Os trabalhadores não qualificados realmente perderão seus empregos, mas por serem humanos eles tem a capacidade de se qualificar para fazer trabalhos mais produtivos e confortáveis. Quem critica o liberalismo de mercado e a tecnologia, dizendo entre outras crítica, que ela tira a dimensão da cultura humana, deixado de lado que foi apenas nesse tipo de sociedade que a literatura e as artes do passado e do presente chegarão a uma quantidade gigantesca de pessoas.
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