Como Ler livros - Mortimer Adler - Resumo
- Canal Resumo de Livros
- 1 de out. de 2019
- 26 min de leitura

Como Ler livros - Mortimer Adler - Resumo
PREFÁCIO
Lendo Mortimer Adler como Mortimer Adler nos ensina a ler
O prefaciador cita que Adler lutou durante seus quase 100 anos vividos inteiramente no século XX a manter a cultura do Ocidente, que este próprio tenta destruir por suas aventuras progressistas e seus modismos pedagógicos.
A ideia de se aprender a ler vem desde a Idade Média, onde São Vitor cita que existiam três regras para ler: saber o que se deve ler, a ordem e como. Neste livro o autor discorre sobre essa metodologia de forma moderna. Ela demonstra um vinculo sobre as diferentes formas de ler (elementar, averiguativo, analítico sintópico) com os diferente tipos de leitura (poesia, teatro, prosa, história, ciência, filosofia). Mostra que existe uma união entre os vários temas na hora da forma da leitura, conhecimento demonstrado desde Aristóteles onde este vinculava filosofia e teatro.
O próprio autor, em um prefácio a edição americana, cita que neste país as pessoas criaram modismos de leitura com a Leitura Dinâmica. O autor cita que existem textos para se ler mais rápidos e outros mais devagar, a velocidade não é tudo. Percebe que existem alunos que sabem ler, por exemplo, ficção, mas não sabem buscar informações em outros tipos de texto, no fim chegam a faculdade lendo como o faziam na sétima série.
- Parte 1: As dimensões da leitura
CAPÍTULO 1. A LEITURA: ARTE E ATIVIDADE
Não é porque existem elementos como rádio e televisão que a leitura deve ser negligenciada, ela sempre foi utilizada por aqueles que queriam mais informações do que apenas o que era observado pelo boca a boca. Ocorre que hoje temos um mar de informação e isso pode ser desvirtuoso na hora da aprendizagem. Esses fatos surgem como opiniões tocadas, onde acabamos repetindo-as como um aparelho de som.
Leitura ativa
Leituras podem ser passivas ou ativas, quanto mais ativa melhor. Podemos fazer analogia com um jogo de beisebol, onde o conteúdo a ser lido é uma constante, a bola, e o que faz ele se mover é quem o lança, o escritor, e quem o ouve (e também é muito ativo) o apanhador.
Objetivos da leitura: Ler para se informar e ler para entender
Pode ser que você não entenda um livro ao tentar lê-lo. Se você não entendeu, mas percebeu isso, já está socraticamente mais sábio, percebeu que esse livro pode aumentar seu entendimento das coisas. Sem nenhuma ajuda externa, a única forma de entendê-lo melhor é se dedicando mais e assim a mente se eleva por conta própria. Em suma, só podemos aprender com nossos "superiores".
Leitura é aprendizado: a diferença entre ensino e descoberta
O esclarecimento sobre algo escrito só ocorre quando você entende, além do conteúdo, o como e o porque do autor ter escrito aquilo. Isso nos leva a definição de sofomania, que eram aqueles criticados pelos gregos por lerem muito mas nada saberem, esse talvez seja uma ignorância pior do que simplesmente aqueles que não sabem ler.
Logicamente é possível aprendermos sem sermos ensinados. Mas tanto aprender pesquisando ou ouvindo um professor deve ser uma aprendizagem ativa, sem o sê-lo ninguém aprenderia nada. Tal qual em outras áreas da natureza e do trabalho, um professor não pode fazer nada pelo seu aluno se ele não tem interesse e não é ativo. Os tipos de pensamentos que temos durante a leitura e a investigação são diferentes, tal qual os tipos de aprendizado.
Professores presentes e ausentes
Ler é aprender com um “professor ausente”. Se você faz uma pergunta a um livro, você mesmo tem que responder. Você descobre na sua mesma capacidade de pensar.
CAPÍTULO 2 - OS NÍVEIS DE LEITURA
O autor vai dividindo a arte de ler em níveis. O primeiro é o nível Elementar. É a forma de ler que temos logo que deixamos de ser analfabetos. O segundo tipo é a leitura Inspecional. É, resumidamente, a arte de folhear o livro sistematicamente. Aprendemos muito do que o livro tem a nos dizer no menor tempo possível. Assim, evitamos de extrair um conhecimento superficial do livro ao mesmo tempo que tentamos entendê-lo. O terceiro nível é a leitura Analítica. É a forma mais importante de ler, significa que vamos mastigá-lo e digeri-lo. Por fim temos a leitura sintópica ou comparativa. Está pode trazer informações que mesmo o próprio livro não está diretamente tentando passar.
CAPÍTULO 3 - A LEITURA ELEMENTAR
A década de 70 nos Estados Unidos foi escolhida para ser a década da leitura. Porém que tipo de leitura? A leitura básica foi muito promovida na época, principalmente porque boa parte dos pais tinha saído de uma situação de pobreza devido a um pouco de estudo. Atualmente a situação é diferente. Muitos métodos foram propostos sem muita variação de alcance.
Os Estágios da Alfabetização
A criança não deve pular etapas, por mais que seus pais se sintam preocupados por eles estarem atrás de algum coleguinha. Ocorre que ler, ver sentido em símbolos, é o que há de mais "mágico" na consciência humana e surge logo nos primeiros anos de idade.
Estágios e Níveis
A leitura que normalmente é ensinada na escola só leva o aluno até o ápice do nível elementar. Ainda não se mostrou recorrente a diferença do aprendizado com e sem auxílio.
Os níveis superiores de leitura e o ensino médio
Tradicionalmente, um bom ensino médio liberal preza por produzir alunos que sejam competentes em leitura analítica.
A leitura e o Ideal democrático da Educação
De acordo com o autor, é importante para uma nação ser composta por leitores "verdadeiramente competentes, no sentindo amplo e profundo da palavra competente".
CAPÍTULO 4 - LEITURA INSPECIONAL
Aprenderemos como exercê-la.
Leitura Inspecional I: Pré-leitura ou sondagem sistemática
Existem alguns procedimentos para que essa leitura seja feita e assim remir o tempo, além de conhecer bem a obra e evitar certas dúvidas desnecessárias, ou mesmo evitar de ler um livro que não se encaixa na sua proposta de aprendizado.
As dias são: examine a folha de rosto e o prefácio, examine o sumário (sempre foi tradição ter sumários bem complexos, isso se mudou com o tempo), consultar o índice remissivo, ler a contracapa e a sobrecapa (isso diz muito sobre o tema do livro de forma quase que instantânea, e também sobre o que certas pessoas importantes aprenderam com o livro), examinar os capítulos que lhe pareça centrais ao argumento do autor, folhear o livro (em especial, ler as duas ou três páginas finais pois isso lhe dará vantagem ao descobrir a conclusão do autor).
Leitura Inspecional II: Leitura superficial
O autor cita que é importante ler um livro difícil sem parar, por mais que isso significa não entender certos pontos. As pessoas aprendem que é importante para e ler o significado de certas frases ou palavras em dicionários. Isso torna a leitura maçante e você não vê a estrutura do livro como um todo. Seguindo com ênfase, logo chegará os parágrafos que você entende. Isso o fará terminar a leitura do livro sabendo, pelo menos, uma parte do que o autor quis passar, o que já é melhor do que quando você não sabia nada.
A velocidade da leitura
O importante é ler em velocidades diferentes leituras diferentes. Se ela for massante e desinteressante, porém necessária, aprender a ler em alta velocidade é a melhor pedida.
Fixações e retrocessos
Uma dica importante para não parar no meio de uma frase se fixar de forma a não compreender o todo é juntar dois dedos e fazer eles viajarem em alta velocidade pelas frases. Assim você manterá o foco no todo e lerá mais rapidamente, sem se fixar ou perder a atividade durante a leitura, o que lhe levaria, por exemplo, a ficar com sono.
A questão da compreensão
Leitura dinâmica é uma forma de ler em alta velocidade, mas como já dito ela só melhora os elementos da leitura elementar. Porém se procura sempre manter a compreensão durante e leitura dinâmica, assim sendo, este livro, diferente da leitura dinâmica, tem por objeto melhorar a compreensão durante a leitura
Resumo da leitura Inspecional
Nenhum livro deve ser lido mais ou menos rapidamente do que seu conteúdo necessita. Agora veremos mais uma vez sobre a natureza da leitura como atividade.
CAPÍTULO 5 - A ARTE DA LEITURA EXIGENTE
A dica aqui é fazer perguntas enquanto lê. Essas perguntas devem ser respondidas por si mesmo durante a leitura. Entre elas temos: o livro fala sobre o que? O que exatamente está sendo dito, e como? O livro é verdadeiro, em todo ou em parte? E dai?
A arte de tomar posse de um livro
É apenas com o habito que essas habilidades fluirão. Para isso devemos tomar nota sempre que fizermos leituras. Escrever no livro é uma boa oportunidade de exercitar isso. É apenas comunicando uma ideia que temos certeza que a entendemos. Sublinhar, traçar linhas verticais nas margens, fazer asteriscos e inserir números de outras páginas na margens, para assim criar um vinculo entre as diversas partes de um livro são boas ideias.
Os três tipos de anotação
O principal aqui é a ideia de anotações dialéticas. Isso pode ser feito quando, ao mesmo tempo, se está lendo diversos livros sobre o mesmo tempo. Esse dependente indireto é importante para a total compreensão das ideias propostas.
Formando um habito
É apenas com atenção a regras que o habito de ler direito fluirá. Com esse habito os vários pontos singulares que aprendemos aqui se tornarão uma coisa só, e assim poderá ser feita de forma simples. No começo, como qualquer atividade nova em nossa vida, será muito trabalhoso.
Parte 2 - O terceiro nível da leitura: A leitura analítica
CAPÍTULO 6 - A CLASSIFICAÇÃO DE UM LIVRO
A importância da classificação de livros
A primeira regra, que corresponde a nossa leitura analítica é que devemos saber qual tipo de livros estamos lendo, o mais cedo possível. Devemos saber se é uma obra de ficção, peça, poema lirico. Levar em conta que os títulos por vezes não entregam essa informação. Certos títulos de livros de sociologia, por exemplo, parecem muito com livros de ficção. Essa regra é mais importante em obras expositivas.
O que você pode aprender com o título do livro
Muitas pessoas conhecem, por exemplo o livro do Darwin que tem espécie no título, mas não sabem exatamente do que se trata. Quando perguntadas dizem que é sobre a especie humana, mas na verdade, se tivessem em mente que o nome do livro é A Origem das Especies, perceberiam que fala sobre muito mais coisas do que apenas os humanos. Em geral o autor acha importante indicar do que o livro se trata e de como deve ser lido, assim como Einstein e Infeld deixaram no prefácio de seu livro A Evolução da Física, que ele não deveria ser lido como um romance.
Livros práticos versus livros teóricos
Existem livros considerados teóricos e outros práticos. Diferente do que o senso comum diz sobre esses dois termos, teórico significa coisas que devem ser vistos ou entendidas, prático é aquilo que pode ser posto em prova. Assim, livros teóricos ensinam o que é assim ou assado. Livros práticos ensinam como fazer algo que você quer fazer ou pensa que deveria fazer. Um bom exemplo de obras que descrevem isso são os livros de Kant A Crítica da Razão Pura, que é um livro teórico que trata sobre o que existe e como conhecemos, sobre o que pode e não pode ser conhecido, e a Crítica da Razão Prática, que versa sobre comos os homens devem conduzir-se. Certas pessoas diriam que esse segundo não é prático pois é impossível de ser realizado, mas ele não deixa de ser um guia pratico.
Existem alguns limiares entre teoria e prática, por vezes livros teóricos definem praticas deles.
Tipos de livros teóricos
Existem varias vias de conhecimento e todas esboçam as suas derivações de diferentes formas. Normalmente pensamos em questões filosóficas como teóricas e científicas como práticas. Mas por vezes esses ciência e filosofia se entrelaçam em suas definições. Como Aristóteles fez em sua obra chamada Física, que hoje é vista como um tratado filosófico, e Newton fez em seu Princípios matemáticos de filosofia natural, que hoje é visto como ciência. Ocorre que, principalmente hoje, ciências e filósofos discorrem sobre seus conhecimentos de forma diferente, e fica a cargo do leitor ser capaz de encontrar os termos e proposições que constituem as diferenças argumentativas.
Capítulo 7 - Como radiografar o livro
Todo livro é uma organização das suas partes, mas devemos lê-lo como um todo. A Regra 2 para a leitura é expressar a unidade do livro em uma única frase, ou no máximo, em algumas poucas frases. Um leitor que não consegue fazer isso não está lendo de forma analítica. Se ele não consegue dizer do que se trata o livro significa que não o entendeu.
Tramas e complôs: como expressar a unidade de um livro
O autor mostra com exemplo em livros algumas dessas definições. Ele define a ética de Aristóteles, por exemplo, como uma investigação sobre a natureza da felicidade humana, entre outras coisas. Segue resumindo sucintamente outros vários livros de difícil leitura, como O Capital e A origem das Especies.
Dominando a multiplicidade: a arte de delinear um livro
O autor diz que uma edição comentada de uma obra como a de Shakespeare possui um delineamento tão exaustivo que chega a ser dez vezes maior que o original. O autor demonstra com um exemplo como pode ser delineado um livro, explicando que isso deve ser feito em seções. Obviamente a sua seleção de seções e a do autor podem ser diferente, isso se deve porque tanto você como o autor não são seres perfeitos, se o fossem variam da mesma forma.
Ler e escrever: as artes recíprocas
Se você ler um livro e não entender, talvez a culpa não esteja no autor e sim em você.
Como descobrir as intenções do autor
Isso demanda a Regra 4: descubra quais foram os problemas do autor. Isso não significa buscar o que estava na mente do autor.
O primeiro estágio da leitura analítica
Devemos responder a pergunta: esse livro é sobre o que.
Capítulo 8 - Chegando a um acordo com o autor
Palavras versus termos
Palavras podem ser expressas de formas diferentes o que pode confundir o leitor no sentindo que o autor queria passá-la. Então temos a Regra 5: encontre as palavras importantes, e por meio delas, entre em acordo com o autor. Normalmente autores usam palavras especiais para demonstrar conceitos importantes nos livros. É claro que essa discussão pode se estender a conceitos lógicos, devido aos defeitos inerentes de uma linguagem, mas não é o foco aqui.
Como encontrar palavras chaves
As palavras importantes normalmente são indicadas pelo autor, mas podem estar escondidas, como ocorria nos livros antigos.
Palavras técnicas e vocabulários especiais
Palavras que não são coloquias para você incomodam, e isso pode ser um indicativo de uma ideia importante por trás da palavra na intenção do autor. É essa importância a palavras que não se entende que diferencia um leitor passivo do ativo.
Como encontrar os sentidos
O autor propõe que a melhor forma de compreender uma palavra que não se entende é estudar bem o texto e tentar buscar o sentido dela no contexto que o autor está escrevendo, e não simplesmente buscar significados em algum dicionário ou na internet.
Capítulo 9 - Como especificar a mensagem do autor
Para aprender sem professor é necessário dominar a leitura mas o que estamos fazendo nessa altura do livro é a interpretação do objetivo, e não esboçar a estrutura.
Frases versus propostas
Diferentemente da matemática, aqui não temos relação um para um no que se ferente a elementos da linguagem e de pensamento.
Como encontrar as frases-chave
São frases que indicam um desenvolvimento importante, em geral resumem o que foi dito anteriormente. Santo Agostinho por exemplo sempre indicava essas frases com a tônica "eu respondo que".
Como encontrar as proposições
Os melhores testes que conhecemos para dizer se você entendeu a proposição é enunciar com suas próprias palavras.
Como encontrar os argumentos
Aqui temos a regra 5: encontre, se puder, parágrafos que expressão argumentos importantes. Isso nos leva a concluir que um bom livro vai se resumindo com o tempo, para que essas frases estejam melhor expostas. Algo que maus autores fazem é chegar a conclusões por vias enganosas mas esconder essas falhas logicas.
Nem tudo pode ser provado. Mas alguns argumentos podem ser simplesmente falha do autor. Cabe ao leitor perceber isso. Não devemos reduzir tudo a tautologias, que são premissas que em sua estrutura já tem a resposta lógica. Como por exemplo O pai do meu pai é meu avo. Isso é uma tautológica pois o conceito de avo já está na estrutura da palavra pai. Agora Uma frase como O todo é sempre maior que suas partes inclui uma lógica muito mais apurada.
A partir do terceiro estagio da leitura analítica o leitor começa a falar.
Capítulo 10 - Como criticar um livro
O que o leitor pode fazer em resposta? O que ele tem de fazer para cumprir seu dever com louvor? O leitor pouco exigente não liga para isso, desprezando assim o livro.
O ensinamento é uma virtude
Não devemos ler para contradizer ou refutar, isso é falta de ética literária.
O papel da retórica e a importância de suspender o julgamento
Devemos ser honestos conosco e com o autor e não nos manifestar se não tiver certeza que cumprimos os dois primeiros estágios da leitura. Estruturação e compreensão. Essa é Regra 9, dizer que entende antes de criticar. Deve-se levar em conta que um autor não diz em apenas uma obra tudo que pensa e entende.
Por que é importante evitar controvérsias
Se não evitarmos não poderemos aproveitar o real conhecimento de mestres vivos e mortos.
Como resolver discorridas
Primeiramente deve-se levar em conta que conhecimento não é questão de opinião. Aprender não é um jogo de pingue pongue onde uma pessoa perde uma discussão então está errada. Aprender é uma discussão sadia e lógica. O autor deve ser capaz de perceber quando algo é um argumento ou uma opinião. .E deve ter a humildade de assumir que o autor está certo quando sua logica par chegar a uma conclusão é impecável, por mais que o leitor não concorda com a conclusão.
Capítulo 11 - Concordar com o autor ou discordar
É essencial que tanto autor quanto leitor usem as palavras com o mesmo sentido, sem isso é impossível ter qualquer discussão.
Preconceito e julgamento, como julgar a solidez de um autor
Deve-se levar em conta que para questões históricas e científicas o tempo pode ser um bom elemento para melhorar aos argumentos, mas em geral para filosofia esse não é o caso. Na época de Aristóteles existiam definições muito mais bem feitas sobre, por exemplo, questões de imaginação e entendimento, diferente de David Hume, um autor mais contemporâneo que ignorava a distinção entre imagens e ideias, por exemplo.
Como julgar o grau de completude de um autor
Aqui é necessário buscar os non séquitos se você quer contradizer um autor. Como no livro "como pensamos" de Dewey, que ele diz fazer uma análise completa sobre o pensamento, mas ele só aborda o pensamento sobre investigações e descobertas, sempre que existe, só no ramo da aprendizagem, por exemplo, a instrução e leitura.
Capítulo 12 - Materiais de apoio
Leitura extrinsica é aquela, ao contrário da intrínseca, que usa de elementos fora do livro para compreensão do mesmo. Não ter falado disso até agora é porque muito leitores se submetem a ela, e isso é desnecessário, como já visto.
Outros livros como apoios extrínsecos à leitura
Esse conselho é mais útil para leituras clássicas. Pessoas sem muita experiencia com leitura por vezes tentam se aventurar nos clássicos e acabam não entendendo nada. Ocorre que esses livros são bem complexos e precisam, por vezes, da leitura de outros livros para a completa compreensão. Isso ocorre também porque eles foram escritos em épocas diferentes, e nessas épocas outros livros importantes serviram como base para eles.
Como usar comentários e resumos
O autor indica que como leitura extrínseca, resumos e comentários só podem ser lidos depois de você já ter lido o livro por completo. Resumos são muito uteis para reavivar a memória sobre um livro, princialmente se foi feito por você. Também é importante na leitura sintópica, para ver se o livro é importante para seu projeto.
Como usar obras de referência
É importante ter uma idade do que se quer saber. Alguns livros, como os de Tostoi, soltam perguntas que não serão respondidas, por exemplo.
Como usar uma enciclopédia
O autor cita que é idiotice saber uma enciclopédia de cor. Seria interessante se as enciclopédias fossem organizadas por área de conhecimento, mas a maioria é por ordem alfabética, isso tira a "espinha" do conhecimento ali presente. Essa "infraestrutura" palavra dos sociólogos, é o que o bom leitor vai buscar nesse tipo de leitura extrínseca.
Como enciclopédias são cheias de fatos, elas podem ser utilizadas para encerrar discussões presentes nos livros. Por isso as opiniões devem ser deixadas claras.
Parte 3 - Como ler diversos assuntos
CAPÍTULO 13 - COMO LER LIVROS PRÁTICOS
Como as regras ditas até agora são gerais para todo tipo de leitura, elas necessitam de flexibilidade quando forem usadas em casos específicos. Isso é mais especial ainda para livros imaginativos, pois eles não podem ser subdivididos como os teóricos.
Os dois tipos de livros práticos
Problemas práticos abordados em livros não tem a solução explicita lá, afinal elas só são resolvidas quando o autor coloca a ideia em prática e ela por ventura funcionar.
Livros práticos pertencem a dois grandes grupos, os de apresentações de regras e de princípios que geram regras. Regras são verdadeiras quando elas funcionam e quando o seu funcionamento leva ao fim desejado.
O papel da persuasão
O autor deixa claro que aquilo que chega ao coração sem passar pela mente normalmente causa uma bagunça. Por isso deve se tomar cuidado e sempre analisar bem as obras.
Uma aplicação disso é que para julgar determinados tipos de obras, como tratados morais e panfletos políticos, é importante conhecer a personalidade do autor e sua vida. Olavo cita a importância disso principalmente no que tange o espectro politico, normalmente quem segue o marxismo o faz por uma falha moral que se encaixa implicitamente com a ideologia. É importante conhecer o contexto histórico de quem escreve, principalmente em obras que falam sobre escravidão.
Qual a consequência de concordam com o autor de um livro prático?
Deve se cuidar com o problema psicológico que é buscar esse tipo de aprovação.
CAPÍTULO 14 - COMO LER LITERATURA IMAGINATIVA
Como não ler literatura imaginativa
A dica mestra é não resistir ao efeito que a obra tenta causar em você. Essas obras são chamadas de imaginativa justamente por mexerem com a imaginação. Por mais que elas normalmente tentam nos comover com propostas que fogem da nossa realidade, elas não precisam ser exclusivamente escapistas. Na verdade a boa obra nos leva a uma realidade maior e mais profunda, a realidade de nossa vida interior, nossa visão singular do mundo, algo um tanto quanto metafísico.
Essas ambiguidades inerentes desse tipo de obra fazem ela ser o que é. Diferente da linguagem cientifica e precisa usada as obras teóricas, aqui a linguagem ambígua pode fornecer vários interpretações da mesma obra.
Regras gerais para a leitura de literatura imaginativa
Existem três grupos de regras, que já foram vistos aqui mas serão reinterpretados: estruturais, interpretativos e críticos.
Começasse entendendo que a unidade da narrativa está sempre em seu enredo. Só é possível ter a noção que compreendeu a obra quando se consegue descrever o seu enredo., não como proposições.
Quais são as regras interpretativas para leitura de ficção.? Elas estão associadas com o uso político e lógico da linguagem como mencionado anteriormente. Só se compreende bem uma obra como essa, como dizia Aristóteles, se mantemos o dedo no pulso de sua narrativa.
Em terceiro lugar, quais as regras críticas para a leitura de ficção.? Não deve-se criticar a obra antes de ter tido a experiência completa que o autor quis passar. Afinal, ficções não podem ser concordadas ou discordadas, ou gostamos ou não gostamos. Elas são como um imperativo categórico, é na sua existência que está a beleza.
A crítica não pode ser centrada no "eu" (por mais que o autor cite a importância dos elementos internos ao ser na hora de apreciar uma obra como essas). A pessoa tem que deixar de falar do que gosta ou desgostas, e passar a falar do que é bom ou ruim no livro e por quê.
CAPÍTULO 15 - SUGESTÕES PARA A LEITURA DE NARRATIVAS, PEÇAS E POEMAS
Para a análise aqui propostas foram feitas e respondidas três perguntas: O livro é sobre o que? Essa pergunta é respondida entendendo o seu enredo. O que está sendo dito? Ela deve ser respondida com as suas próprias palavras, senão o livro não foi entendido. E a última, se o livro é verdadeiro em todo ou em parte? Essa só pode ser feita quando você consegue fazer uma analise abalizada, ou seja, sem valores totalmente pessoais, sobre a verdade poética da obra.
A quarta questão é "e dai?" Ela em geral está associada com levar o leitor a agir de certa maneira. Normalmente as obras imaginativas não chegam a esse escopo, mas podem chegar. Obras como Admirável Mundo Novo e 1984 são imaginativas mas nos mostram verdades sobre regimes ditatoriais e assim criam espécie de regras de comportamento para líder com essas situações. Em especial vale frisar a frase de E. B. White sobre esse tipo de obra: "Um déspota não teme que autores eloquentes preguem a liberdade - ele teme que um poeta bêbado faça uma piada que vire moda". Ou seja essas obras podem levar a ações mas não é uma necessidade, afinal, como já citados, obras de leitura imaginativas são como imperativos categóricos, são fins em si mesmo.
Como ler narrativas
A primeira dica "mecânica" é que livros como esses deveriam ser lidos "numa sentada". Ele pede que façamos o máximo de esforço para viver no mundo do personagem, e não no seu. Percebemos a humanidade dos personagens assim. Por buscarmos muitas semelhanças com os personagens, acabamos deixando de lado os que realmente parecem humanos. Uma narrativa é como a vida: nesta, não esperamos compreender os acontecimentos na hora que eles ocorrem, ao menos não com total clareza, mas olhando em retrospecto, nos os compreendemos. Notasse aqui a importância de saber que por vezes a obra mexe no nosso âmago. Com elementos inconscientes que não queremos acreditar que sentimos. Por motivos assim sempre ficamos felizes quando nosso personagem recebe justiça, ganhando na loteria por exemplo. Ou quando o mal perde, isso dá um elemento de ordem que não existem no nosso mundo caótico, onde nem sempre o bem prevalece. Assim, novamente notamos a importância de, na hora de criticar um livro, não julgar apenas por nossas necessidades conscientes ou inconscientes. Um livro que satisfaz a necessidade profunda de todos continua vivo para sempre, diferente daquele que quer agradar apenas um nicho.
Uma nota sobre os épicos
Tratamos aqui dos livros Ilíada e a Odisseia de Homero, Eneida de Virgílio, A Divina Comédia de Dante e o Paraíso Perdido de Milton. Estes foram com a Biblia, qualquer programa sério de leitura.
Como ler peças teatrais
Leia devagar, como se houvesse uma plateia ouvindo, e com entonação. Esse recurso simples resolverá muitas dificuldades.
Uma nota sobre a tragédia
Não vale a pena ler, elas foram feitas para ser encenadas. Em geral os problemas na tragedias estão associadas a falta de tempo. Os personagens não veem o problema a tempo e a pergunta que surge é se conseguiríamos ter visto.
Como ler poesia lírica
Alguns poemas parecem difíceis e a maioria das pessoas não se sente capaz de ler. A dica para resolver isso, como já vista em outras formas de leitura, é ler sem parar, até o fim. Depois lê-lo em voz alta: o ouvindo se ofende com enfases erradas. Depois disso faça perguntas aos poemas, normalmente elas são retóricas.
CAPÍTULO 16 - COMO LER LIVROS DE HISTÓRIA
A primeira questão a se notar é que história pode ser vista como o fato em si ou como a forma que o historiador descreve o fato.
O caráter esquivo dos fatos históricos
Por mais que pareça solido, um fato histórico é algo muito esquivo, sua informação é muito dependente daquele que o nota. Um exemplo é a Guerra Civil americana, existem mesmo hoje pessoas que acham que ela não acabou, devido as conclusões politicas que não foram finalizadas.
Teorias da história
Para acreditar que uma pessoa pode ser totalmente imparcial sobre um fato, teríamos que levar em conta que as pessoas não tem a intenção involuntária de criar uma "mundo melhor" após sua ação. Isso é um erro apontado por von Mises em sua teoria da praxiologia, diferente do que dizia Tostoi, que falava que as pessoas são tão complexas que as motivações inconscientes nos faria não ter noção do porque algo ocorre.
Uma boa forma de evitar problemas associados a praxiologia é ler descrições do evento histórico dos mais variados historiadores.
O universo na história
A importância do relato histórico é imprescindível. Um exemplo é Tucídides, que por ter feito um relato sobre uma guerra grega, acabou influenciando várias outras guerras que moldaram a história. Assim, percebemos que a segunda regra ao ler livros de história que devemos ler não apenas para entender como homens de determinada época agiam, mas para entender como homens em todas as épocas agirão.
O que perguntar a um livro de história
Exstem várias formas de contar uma história, temos que perceber a forma que o historiador está contando.
Como ler biografias e autobiografias
As perguntas são quase sempre as mesmas: qual o proposito do autor? quais seus critérios de verdade? Este tipo de livro deve ser lido com o mesmo cuidado com que se le um a história, principalmente a autobiografia por ser muito tendenciosa. O mundo estaria menos servido de bons exemplos sem algumas importantes biografias como a "Faraday como Descobridor" escrita pelo amigo de Faraday, John Tyndall.
Como ler sobre atualidades
A principal dica é ter cuidado, pois normalmente as atualidades são tendenciosas. Diferente de uma obra clássica como as de Shakespeare.
Uma nota sobre textos resumidos
Levando em conta que para ter uma visão completa do que o resumo quis passar deve-se conhecer a obra que foi resumida, talvez ler um resumo seja uma das formas mais difíceis de leitura. O autor do resumo em geral deve ser compreendido, para se perceber quais pontos ele pode ter deixado de lado. Nenhum resumo será superior ao entendimento do seu resumidor.
CAPÍTULO 17 - COMO LER LIVROS DE CIÊNCIAS E DE MATEMÁTICA
A analise aqui será limitada a grandes clássicos e obras de divulgação científica.
Para compreender o projeto científico
Os cientistas sérios a pouco que começaram a valorizar os historiadores da ciência. Antigamente para eles, como dizia Bernad Shaw: "Quem sabe, faz, quem não sabe, ensina". O principal aqui, mais importante que nos outros tipos de obra, é formular da maneira mais clara possível o problema que o autor tentou resolver.
Sugestões para a leitura de livros científicos clássicos
Diferente de vários tipos de obras, os cientistas buscam se afastar o máximo possível de questões que envolvem o momento em que foi escrita, para que assim as leis que buscam compreender sejam as mais gerais possíveis. Compreender os experimentos clássicos que eles fizeram para derivar essas leis é uma dica importante.
Aprimorar a linguagem é importante para se compreender ciências. Como dizia Lavoisier, as ideias são preservadas e comunidades por meio de palavras, assim não é possível aprimorar a ciência. sem aprimorar a linguagem.
Como enfrentar o problema da matemática
Para a compreensão de livros científicos muitas pessoas esbarram na matemática. Ocorre que a matemática. é uma linguagem, e compreendê-la significa entender sua estrutura. Essa estrutura está associada com as construções par aprovar de teoremas. Algumas dessas prova se assemelham muito com derivações logicas que ocorrem naturalmente na filosofia.
Como lidar com a matemática nos livros de ciências
A obrigação básica aqui não é adquirir competência no assunto, e sim entender o problema. Para isso grandes autores como newton e Galileu indicam os focos que o leitor comum deveria seguir. isso ocorria pois a ciência. na época deles não era apenas para aqueles que seguem carreira.
Uma nota sobre divulgação científica
São obras que trazem poucas descrições e não usam muita matemática. Ocorre que a ciência. é o motor do mundo moderno, para uma pessoa se dizer atualizada sobre os movimentos importantes do mundo é necessário que ela saiba o mínimo de alguns assuntos importantes da ciência., como por exemplo a física nuclear.
CAPÍTULO 18 - COMO LER LIVROS DE FILOSOFIA
As melhores e mais fundamentais perguntas são feitas com um espirito infantil de duvida, como por exemplo "por que as pessoas existem". Aprender respostas é bastante fácil, o que é realmente interessante é pensar de forma inquisitiva. Algo que vai se perdendo no decorrer da vida adulta, por vários motivos, em especial a escola e os pais.
As perguntas feitas pelos filósofos
As perguntas feitas pelos filósofos vão criando áreas de estudo. Perguntas que foram importantes envolviam a existência. Essas criaram a metafísica. Eles também se peguntavam sobre a natureza dos comportamentos, se existe realmente o bem e o mal, isso acaba por criar as áreas normativas do pensamento.
A filosofia moderna e a grande tradição
O autor define como "questões de primeira ordem" aquelas que dizem respeito ao mundo e ao que acontece nele. As de segunda ordem são a respeito do conteúdo dos nossos pensamentos.
Sobre o método filosófico
Temos a mesma capacidade que os filósofos de pensar sobre a natureza da mudança. Ocorre que os grandes filósofos foram mais importantes que nossas breves indagações pois eles usavam a ferramenta certa para buscar as respostas, não as experiencias em si, mas o pensamento. Alguns filósofos erraram quando tentaram buscar conclusões sobre fenômenos que são propriamente experimentais, como a observação de astros por exemplo. É o mesmo erro que alguns cientistas se submetem ao tentar criar estatísticas sobre a ação humana. Uma pesquisa estatística sobre como a vida deve ser vivida passaria pelo mesmo erro de escopo epistemológico.
Os estilos filosóficos
Existem várias formas consagradas de se escrever filosofia, o primeiro é o diálogo filosófico, muito utilizado por Platão, e desde então ninguém conseguiu fazê-lo como ele, por mais que alguns, como Cicero, tenham tentado. Como diz Whitehead, toda a filosofia ocidental não passa de "uma nota de rodapé a Platão". A segunda é o tratado filosófico ou ensaio, método consagrado por Aristóteles e Kant, percebemos ela na ordem que esses autores impõe um assunto, mas falta o elemento dramático, apesar de várias opiniões e objetos. O confronto de objetos é a terceira, utilizada por Tomás de Aquino. Nesse método várias perguntas são feitas e respondidas. Por isso que a sua filosofia se tornou algo "mercadológico" e a Suma Teológica está imbuída do espirito do debate e discussão. A quarta é a sistematização da filosofia. Filósofos como Descartes e Espinosa tentaram dar a filosofia caracteristicas matemáticas. Espinosa em especial tentava derivada a ética de uma forma matemática. O autor cita que metafísica e moral não se presta bem a esse formato. O estilo aforístico, método usado por Nietzsche é o quinto, um método meio falho por ser heurístico, deixa boa parte da reflexão para o leitor.
Indicações para ler livros de filosofia
O autor explica, essencialmente, como ler as obras de Aristóteles, em especial cita a importância que esse deu a filosofia, dizendo que a busca da verdade é mais honrosa das empreitadas humanas. Ao ler Kant é essencial saber que, por mais que ele tenha desenvolvido muito sobre filosofia a priori, seus pensamentos eram chamados de filosofia critica, pois ele era contra o dogmatismo que dizia que tudo vinha da razão.
A filosofia está preocupada com a natureza das cosias, e não com a descrição delas. vale lembrar que a "opinião de especialistas" não é um argumento valido em filosofia.
CAPÍTULO 19 - COMO LER LIVROS DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Os jornais essencialmente trazem termos e discussões que empregam muito das ditas ciências. sociais.
O que são as ciências sociais?
Normalmente se associam muitas áreas do conhecimento com ciências. sociais. Uma boa distinção para saber se uma área faz parte desta é ver se ela é essencialmente voltada a área acadêmica, se for a chance é alta de fazer parte.
A aparente facilidade de ler livros de ciências sociais
Isso se deve ao quanto se falam disso, principalmente, digo eu, devido ao grande escopo que as politicas publicas vê tomando em todos os lugares do mundo. Palavras chave para a compreensão dessa ciência. são ditas aos 4 ventos para a promoção esse tipo de ideologia estatista. Existe a dificuldade inerente disso, por ter literaturas fracas, e não ter "bíblias" sobre o assunto.
Essa ciência não costumava ser matematizada ou "moralista", isso facilitava a leitura, mas com a expansão do politicamente correto isso mudou.
Parte 4 - Os fins últimos da leitura
CAPÍTULO 20 - O QUARTO NÍVEL DA LEITURA: A LEITURA SINTÓPICA
Exitem,d entro de um tema, várias definições para o mesmo conceito. Como amor, pode ser vários tipos de amor, mas eles não significam a mesma coisa, como amar futebol e a "humanidade". Ao se estudar na leitura sintópica, então, se buscará destruir essas contradições. isso talvez demande muito tempo daquele que pesquisa, pois terá que, ele mesmo, fazer a separação de textos que são ou não são importantes para sua pesquisa. Curiosamente depois que você começa a leitura sintópica é que realmente descobre sobre o assunto que está lendo, e não ao escolher o assunto que quer ler.
O papel da inspeção na leitura sintópica
Essa inspeção lhe dará uma ideia suficientemente clara do assunto e depois te ajudará a reduzir a bibliografia de pesquisa. Um dos maiores erros que um pesquisador, leitor sintópico, pode fazer é acreditar que a inspeção dos livros pode ser feito junto com a leitura analítica. Isso o fará ler livros com velocidades diferentes da que deveria.
Os cinco passos da leitura sintópica
Primeiro: encontrar passagens relevantes. Aqui percebemos que o livro nos servirá, e não ao contrário, nós criamos o conhecimento em cima deles, diferente da leitura analítica. onde somos meros discípulos do livro.
Segundo: fazer os autores chegarem a um acordo com você. Eles escrevem de modos diferentes por mais que estejam falando da mesma coisa, a partir daqui é você que criará a sua forma de escrever e levará o autor do livro a escrever da mesma forma no decorrer do livro e da sua analise.
Terceiro: esclarecer questões. Por vezes os autores não respondem as questões por mais que o livro trate do tema.
Quarto: definir divergências. Perceber elas em diferentes oras de diferentes autores fará você chegar a conclusões que respondam suas duvidas de forma dialética.
Quinto: analisar a discussão. É no conflito que o conhecimento surgirá.
A objetividade necessária
É obvio que existe mais concordância que discordância no pensamento humano, mas a discordância é extremamente necessária na leitura sintópica. Um projeto como esse não tem como objetivo achar respostas absolutas. A busca aqui é a objetividade dialética. Isso seria ver de forma mais neutra possível os vários lados de uma questão. É obvio que essa neutralidade é humanamente impossível, pois iria contra princípios praxeológicos, mas a tentativa é necessária.
Um exemplo de exercício de leitura sintópica: a ideia de progresso
Leitura sintópica tem algumas dificuldades para determinados tipos de leitura, como romances e peças teatrais. Isso se deve porque nesse tipo de obra o foco é o enredo e não as posições diante de divergências., o segundo é que personagens raramente assumem posições e terceiro é porque o autor nem sempre se manifesta em seus personagens.
Assim, o passo mais importante numa leitura sintópica, talvez o que melhor defina esta, é esclarecer as perguntas.
O sintópico e o modo de usá-lo
A leitura sintópica tem um paradoxo: para ler sintopicamente você precisa conhecer a literatura, mas isso você só consegue lendo sintopicamente.
Um livro como o Clássicos do Ocidente pode ser a saída para esse empasse. Nele é citado uma série de importantes obras para se começar a leitura de qualquer tema.
Sobre os princípios que servem de base a leitura sintópica
Algumas pessoas negam a possibilidade da leitura sintópica. Um dos principais motivos a isso é a questão da terminologia. Eles negam que uma ideia possa ser expressa com grupos de termos diferentes. Isso levaria a algumas incoerências, como a impossibilidade de tradução ou de contato entre pessoas de diferentes tempos e culturas.
CAPÍTULO 21 - A LEITURA E O CRESCIMENTO INTELECTUAL
Se o leitor chegou até o fim do livro, é porque concorda com os métodos, e agora, já que não conseguiu contra-argumentá-los, deve aplicá-los na leitura para que ela seja eficiente.
O que os bons livros podem nos proporcionar
Ler para aprimorar a leitura leva ao fato de que não se pode ler qualquer livro para isso. Os livros devem ser "maiores" que o leitor. Isso leva ao fato de que livros par a distração nunca lhe elevarão. Leitura para informar também não, pois essa apenas aumenta a quantidade de conhecimento no seu cérebro, sem te mostrar o que fazer com ele.
Livros que engrandecem em geral cobram coisas de você. Existem poucos livros que tem essa capacidade no geral, mas no especifico alguns livros podem ser muito relevantes para cada individuo. Não são todos os temas que irão ao mais profundo da pessoa que lê, então cabe ao individuo descobrir isso por si.
A pirâmide dos livros
99% dos livros não engradecerão aqueles que os lê. 1% dos livros o farão, mas os leitores não precisarão lê-los novamente. Isso se deve pois a mente do leitor cresceu, e com isso o livro não incluirá nada a ela em próximas leituras. Uns poucos livros, talvez menos de 100 na história do ocidente, tem a capacidade de dizer cada vez mais a cada vez que o leitor o pegá-lo. Isso se deve pois o livro "cresce junto com o leitor".
A vida e o crescimento da inteligência
Um velho teste pode mostrar quais são os livros realmente importantes para a vida do leitor: quais os 10 livros que ele escolheria para levar a uma ilha deserta. Por mais subjetivo que isso pareça, é assim que funciona na vida real, pois estamos sozinhos em parte de nosso engradecimento como seres humanos.
O corpo vai se deteriorando com o tempo, mas a mente demora mais para sofrer essa deterioração. A leitura pode promover essa juventude da mente por mais tempo, e talvez só ela manterá a pessoa ativa mentalmente. Isso é uma realidade dura, pois as pessoas que não tem esse apoio intelectual para não atrofiar a mente por vezes entram e depressão e morrem quando saem do trabalho, esse estimulo artificial que o trabalho causa a mente não é substituído por algo a altura quando chegam a aposentadoria.
Percebe-se assim a importância da leitura ativa, não só para o engradecimento dessa ação, como para a manutenção da boa vida.
Nas seções posteriores, o autor propõe livros importantes para a leitura e exercícios dos vários métodos de leitura explorados nesse livro.
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