top of page
Buscar

Contra a Escola - Fausto Zamboni

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 25 de jan. de 2022
  • 13 min de leitura

Contra a Escola - Fausto Zamboni - Resumo



Introdução

Educação deixou de ser algo que eleva o homem, e agora serve para alimentar os instintos de poder. A educação nos salvava da "apeirokalia" (falta de experiência do belo), para que a partir disso pudemos vislumbrar realidades superiores. Isso não ocorre mais, pois foram destruídos o belo e as realidades superiores ao mesmo tempo. Dissociamos linguagem da experiência.


Capítulo 1 - Educação Clássica e Moderna: Princípios e finalidades

De acordo com fatos vistos e documentados, quanto mais a escola cresce, menos resultado ela dá. Sócrates propôs uma educação que abria os olhos (tirava da caverna) aqueles que quisessem buscar a verdade, diferente dos sofistas. Os professores de hoje em dia não têm mais Sócrates como uma régua. Os professores, produzidos aos montes num ensino sem qualidade, pouco podem fazer por conta própria para mudar esse quadro, pois nem se sustentar direito conseguem. A escola, para Hannah Arenth, serve a um objetivo moderno de "emponderar" as pessoas, mas apenas no que consta ao material, assim, os transformando em engrenagens de um sistema maior. Como os principais problemas são materiais, a morte acaba sendo o destino a se evitar, e se esquece então de preparar as pessoas para ela, o que sempre foi um norte na vida das pessoas acabou sendo substituindo por um sentimento de urgência em enriquecer. Apenas paixões existem, não mais virtudes, tornando-se assim em direitos (já que os direitos naturais são verdades transcendentais, que agora foram esquecidas) criando assim uma geração de mimados, onde esses novos direitos são julgados não por um juiz superior, mas sim sobre os efeitos sociais do mesmo.

Ensino como profissão distancia de Sócrates, usa como régua os sofistas, faz a preservação da vida e obtenção do material como fim e objetivo da escola, e não as virtudes superiores.

Os que mais sofrem efeitos dessa nova educação são as crianças, pois como elas são, para os empiristas, tabulas rasas, é mais fácil mudar o seu pensamento. O professor então, é a divindade que molda esse novo homem. Esse fim desvirtuoso tem como consequência a educação fracassada que temos hoje. Sacrificar uma geração de estudantes, nivelando-os por baixo, para assim ter uma massa proletária mais eficiente sempre foi o modo de agir das grandes utopias.

Eric Voegelin rastreia o início desse comportamento nos gnósticos, uma comunidade antiga que achava que o mundo tinha um problema estrutural, e essa era a causa da insatisfação de todos. A única forma, para eles, de salvar-se era a própria ação humana. De certa forma, os gnósticos terrestrializar o paraíso cristão. A dessacralização do homem (elemento gnóstico) sempre adianta a sua desumanização (por isso é comum a afirmação de que comunismo, psiquiatrismo etc são tipos de gnosticismo modernos. O revolucionário, apesar de deixar de lado a religião, não deixou de lado a divinização, pois busca, pela educação, o milagre da transcendência terrena.


Capítulo 2 - A Expansão da Escola: Um direito Obrigatório

Desde a Grécia com Sócrates até a Idade Média com a igreja católica, a educação era livre para quem quisesse. Foi com Lutero e a revolução Protestante que ela foi se tornando obrigatória. Lutero a usou para induzir as crianças desde cedo a servir o protestantismo, religião oficial do império alemão. Foi na Prússia que eles sistematizaram o ensino obrigatório fornecido pelo estado e proibiram qualquer iniciativa privada. Apenas com o diploma dado por essas instituições que as pessoas poderiam trabalhar em certas áreas. Napoleão já dizia que sem a educação obrigatória os estados nunca conseguiriam formar uma nação. Notou-se o esforço desses primeiros educadores em destruir conhecimentos importantes para as pessoas da época.

Essa preocupação exacerbada pela educação, que vemos mesmo hoje, esconde a vontade de controlar sem o uso da força, começando principalmente com o controle do que pode ser dito (politicamente correto).

Era de se esperar que nos Estados Unidos, apesar do seu início libertário, desaguasse, devido a sua concepção calvinista, na educação obrigatória. Mas isso não aconteceu sem luta por parte dos países, que em que no estado de Massachussets, por exemplo, foram cerca de 80% às ruas com armas em mãos lutar pelo direito de educar seus filhos em casa no século XVII. Após isso, importantes pensadores principalmente na figura de Raws, começaram a divinizar o educador, e colocar a educação no pedestal que faria o Estado se tornar o novo Deus. A escola a partir de então é usada para formar o bom cidadão, eventualmente o bom empregado, padronizando aos poucos os alunos por estratégias de controle citadas no livro "Maquiavel Pedagogo" como as que se induz a pessoa a fazer algo mais simples depois de pedir algo praticamente impossível, e induzir a algo que primeiramente a pessoa não queira, induzindo-a por pequenas ações.

É no mínimo incoerente defender que a escola é essencial para o desenvolvimento saudável das pessoas, sendo que durante a maior parte da história humana ela não existiu, principalmente a escola obrigatória. Se ela é tão boa, porque então seus defensores a obrigam e, principalmente, querem proibir formas alternativas de ensino, como o homeschooling.

Destruindo o que há de transcendental no homem, abrem-se as portas do totalitarismo, que como explicou Karl Bracher, é a ideologia inerente dos Estados modernos, que acreditam poder resolver todos os problemas de forma técnica, se tiverem o poder para tanto, poder esse que só surge no controle total das pessoas.

A escola está em função do novo homem. Esse que não tem raízes em nenhum lugar, que acredita que a resolução dos supostos problemas globais (pobreza, camada de ozônio, clima etc) devem surgir de ordens dadas de organizações superiores, como a ONU. Com políticas dadas de cima, pela UNESCO, os educadores em todo o mundo emburrecem seus alunos, por pequenas pressões comportamentais behavioristas, já explicadas no livro Maquiavel Pedagogo. Sendo assim, a pressão do grupo torna os bons alunos em alunos medíocres, para não serem diferentes dos seus colegas de sala. Formas sofisticadas dessas pressões causam a chamada "dissonância cognitiva", que é quando a pessoa busca respostas para comportamentos que não quis fazer, mas foi induzida a tal, ou seja, o contrário do que normalmente esperamos, que é a ação por meio de pensamentos anteriores (na dissonância cognitiva criada pela pressão do grupo e do professor, são os comportamentos que induzem os pensamentos). Educação então foi planejadamente levada a sua destruição para desmoralizar a sociedade, os problemas que disso surgem causam o clamor por um "anticristo", com a solução revolucionaria destes. Enquanto isso o professor é "reciclado" em treinamentos para cada vez mais internalizar esse método e esses objetivos, onde qualquer pensamento contrário é visto como racista, sexista, antidemocrático etc.

Palavras como democracia e igualdade viram quase sacrossantas. Essa difusão da educação não teve os resultados que foram esperados, produziu na verdade um novo público inculto, e destruiu parte da cultura que não era escrita. Criou também um novo tipo de entretenimento para essa nova classe de leituras: livros simples sem apelo as grandes ideias. O aluno se adapta a maioria para não sofrer represálias. Tudo isso, de acordo com Rothbard, só mostra que a melhor educação é aquela onde o professor tem apenas um aluno. Isso evita do professor, ao se nivelar por baixo, acabar falando a um aluno imaginário ao lecionar para toda uma turma. A suposta educação gratuita (que suga quase metade dos impostos) é tomada então por professores que só querem manter seu cargo sem maiores problemas. A educação perde então o objetivo que tinha quando surgiu, criando ciclos viciosos de conteúdos que surgem pela própria necessidade da burocracia da educação. Em vez de se aperfeiçoarem nos detalhes de suas áreas, os professores acabam focando em técnicas de ensino, que se tornam espécies de sedução aos alunos e na verdade, não elevam a compreensão da matéria. O aluno por sua vez, em classe de crianças de sua idade, acaba, de forma antinatural, não interagindo com pessoas de diferentes idades, fechando assim a criança em um mundo recortado. Dentro de um corpo a situação da criança é mais problemática do que com um adulto, pois o grupo é sem rosto e pode machucar sem a oportunidade de argumentação ou defesa. Para as crianças, o que é mais importante são relações de primeira ordem, onde elas importam pelo o que são, não por seus papeis sociais, como em relacionamentos de segunda ordem que normalmente ocorrem em ambientes de trabalho. O estado se aproveita disso, com as pessoas sendo importantes apenas pela sua função social, ele se coloca como pai. Em seu estado de bem-estar social, ele usa de seu poder para tornar as pessoas cada vez mais dependentes e manipulados.


Capítulo 3 - Universidade em Crise

A universidade logo em seu surgimento se transformou em instrumento de servidão estatal. O professor na universidade acaba virando um técnico, ou seja, uma pessoa que se interessa apenas por elementos burocráticos da situação que está ou da disciplina que leciona. A universidade, como dizia Ortega y Gasset, em seu surgimento na época medieval estava no pináculo do pensamento do seu tempo, hoje, ela se tornou um ambiente técnico onde as pessoas ignoram tudo que não está em estrito alinhamento com aquilo que devem estudar ou lecionar. Ao ficar apenas dentro de seu mundo, acaba acreditando que sua disciplina é o que há de mais importante, e que tudo deve se moldar a concepções que vem desta, mesmo situações que envolvem várias variáveis que não estão diretamente conectadas (um exemplo foi a ditadura dos especialistas durante a pandemia, que causou mais problemas que soluções). A diversidade de pensamentos só é apoiada quando se molda ao politicamente correto, no que se refere a ética e moral, por exemplo, e uma vez que toda ideia deve ter o mesmo valor, na realidade nenhuma tem valor. Novamente com a ideia de relacionamentos de segunda ordem (aqueles onde a pessoa só importa pela função que faz, não pelo o que ela é) surgem as especializações, onde o indivíduo deixa de compreender todo o mundo que o cerca, se definindo assim como humano, e se torna mais uma peça na máquina social naquilo em que se especializou. Em humanas especialização tende a ser um contrassenso pois nessas disciplinas a visão do todo é essencial para a discussão. Os professores não são vistos mais como pessoas, mas sim pelos seus cargos, principalmente em discussões polemicas. A burocracia os obriga a fazer artigos que os definirá como bons ou maus professores, independente da qualidade do mesmo. Isso criai uma inflação de textos, que faz o texto medianamente bom perder valor. Em vez do objetivo de sua profissão, ensinar, o professor agora busca melhorar seu curriculum, até porque os estudantes vêm a cada ano com o Lattes cada vez maior que os professores que os sucederam.

Depois de tanta censura, mesmo os professores acabam se adaptando. Temas que são politicamente incorretos normalmente não são agraciados com bolsa, alunos que querem estudar esse tipo de conteúdo dificilmente conseguem orientadores. Depois de ser moldado desde o início da vida academia, o aluno se adapta ao sistema atrofiando suas opiniões (este é um projeto que vem desde 1960 dos próprios escritos da UNESCO). Não existindo verdade absoluta (para os acadêmicos relativistas) eles usam esse espaço não como busca da verdade, mas sim como manutenção do status quo. De acordo com Bertrand Russel, a ignorância cautelosa produz uma virtude frágil que se perde no primor contato com a realidade. Afinal, fugir dos problemas é a forma mais elementar de autoproteção. A igualdade proposta pelo estado só pode ser obtida com o monopólio do poder e força por meio dele, pois só com muita energia é possível controlar todos os diferentes elementos da sociedade, ou seja, a igualdade proposta por socialistas é impossível por definição. A falácia da desigualdade surge do pensamento de que elas foram construídas no decorrer de milênios de forma não-natural, ocorre que discrepâncias são elementos extremamente naturais na realidade, vão desde o uso de palavras num idioma (a palavra mais usada é usada o dobro de vezes da segunda, e assim sucessivamente) até a massa dos objetos celestes (o sol tem 99% da massa do sistema solar). Estes, como vários outros fenômenos, são melhores descritos com leis de potência, e não com distribuição normal (mais associadas à fenômenos que tem uma centralidade natural, como o lançamento de moedas, que ao serem lançados, por exemplo, mil vezes, tem uma tendência natural de obter um resultado próximo de 500 caras e 500 coroas). Todas as revoluções igualitárias foram desenvolvidas por indivíduos associados a elite. A igualdade sempre vem por meio de pessoas extremamente longe da média comportamental de sua época.

Desde Sócrates é percebido que existe ódio ao conhecimento. Esse mecanismo natural tendeu a decrepitude da universidade. Hoje é natural ver nela discussões de temas onde os membros não o dominam em absoluto. Foi dada mais importância a opinião dos estudantes, onde o que seria natural é que se opinião fosse moldada em função da dos professores, porém esses mesmos, com o intuito de agradar os jovens, acabam lhes dando voz onde não deveriam ter. O professor deveria ser o objetivo de vida da mente do jovem, não um igual, isso, pelo mínimo, dá o jovem a sensação de que não há futuro. A dicotomia entre igualdade e desigualdade chega ao ponto de influenciar na beleza, onde obras clássicas são comparadas com leitura de massas de hoje em dia, devido ao relativismo. É apenas com muito poder por parte dos ignorantes que isso ocorre.


Capítulo 4 - O império do relativismo

Kant colocou um abismo entre a realidade e a percepção, seus seguidores (conscientes disso ou não) estão buscando encontrar esse abismo, que tirará o vél da realidade e a explicará. Todos esses alunos (de Hegel à Foucault) descrevem o mundo então a partir da crítica. Essa forma negativa de explicar a realidade não pode engloba-la, então surgem problemas. A desconstrução como forma de compreensão do mundo veio com a Escola de Frankfurt na década de 60, e partir de então, atitudes irracionais como violência revolucionária e uso de drogas ganharam força. Se a tradição não pode trazer o consenso, então a força do primeiro bárbaro o fará. Teorias cada vez mais mirabolantes para explicar a realidade surgiram, como Wittgenstein em seus jogos de linguagem, onde dá a entender que o fato não existe fora da interpretação, a consequência disso é que a leitura acaba criando o texto. Todos esses princípios relativistas se baseiam em algo bem solido, a certeza que a verdade não existe, criando assim uma contradição performativa.

O multiculturalismo surge como uma opção nessa sociedade relativista. Se todas as culturas são iguais, nenhuma se equivale, nenhuma tem valor intrínseco, apesar de, por exemplo, inúmeras benesses da sociedade grego-romana-judaico-cristã. E é um fato que nada é mais difícil para uma pessoa que compreender uma cultura na qual as bases de sua vida não estão fundamentadas. Todos somos produtos de cultura, o que diferencia um e outro é a qualidade desta que o influencia. O multiculturalismo, apesar de se colocar como bom moço da história, na verdade por sua natureza se põe acima de todas as culturas, como um mestre que diz até que ponto cada uma pode ir. Em sua gênese, com Lukács da escola de Frankfurt, essa forma de ver a realidade já induzia, de acordo com seu autor, uma característica destruidora de civilização. A filosofia, construtora da civilização, se torna então, apenas um artificio político, qualquer outra de suas consequências pode ser negada. Não há nada mais adolescente que ignorar toda a tradição que lhe formou por meio de um narcisismo atroz. Para fortalecer sua narrativa, colocamos áreas de ciência, como por exemplo usar o termo médico homofobia para descrever qualquer pessoa que discuta o comportamento dos gays, tornando assim o multiculturalismo mais um tipo de policiamento, ou seja, é uma ciência para controlar a natureza humana e, por consequência, destruir a civilização ocidental.


Capítulo 5 - Literatura e Educação Liberal

Quando a literatura perde sua continuidade, os autores do passado parecem como estrangeiros, esse fenômeno é muito recorrente no Brasil. Por mais que esta seja negligenciada pela maioria das pessoas hoje em dia, é um fato que nada que acontece na vida política de um povo não tenha parecida antes em sua literatura, pois só é possível fazer aquilo que já foi imaginado, assim sendo, não é possível que alguém que não tenha experiência com o belo (apeirokalia) consiga compreender a conversação dos sábios. A possibilidade substituta seria uma governança que dependa da ciência. Porém a ciência não tem um estatuto independente. Não há uma explicação matemática da importância da ciência, a ciência é sempre provisória, não tem a consistência para pautar o debate da ética (experimentalmente, a pandemia é um bom exemplo de como uma liderança cientifica pode ser autoritária e contraditória).

A verdadeira compreensão de si vem da compreensão da interação com o outro, pois assim nasce o verdadeiro ouvinte que não mente para si mesmo na relação interior do ser. Dessa unidade provem a origem de toda unidade, em termos religiosos de Deus, ou seja, só podemos ser integralmente responsáveis pela nossa verdade interior se contamos nossa história para Deus (daí surge a importância de um verdadeiro exame de consciência para a confissão). Sendo assim, notamos a incapacidade psicologia dos adolescentes de hoje em dia, que apenas tem como apoio para classificas os outros na cultura pop, sendo assim, as pessoas terminam cada vez mais parecidas umas com as outras, pois a verdadeira literatura, que traz grandes contrates entre as pessoas, está cada vez mais longe do público. Os adolescentes, não tendo essa tradição das diferenças notadas na literatura acaba achando que ser diferente é um erro, e por tanto se conforma a sociedade imitando o comportamento alheio. Afundando ainda mais, as pessoas sem cultura terminam não conversando de verdade pois seus mundos interiores são incomunicáveis, pois não tem os símbolos para a expressão de si mesmo.

É um erro considerar que a escola tem o papel de transformar a criança num homem. Isso se dá por meio da cultura, que no ocidente vem da cultura grego-romana-judaico-cristã que, diferente de culturas barbaras, absorvia o que tinha de bom nas tradições que dominavam. Só a educação livre vai fazer o homem ir além daquilo que já lhe é posto obrigatoriamente. Nessa era de massificação, o estado usa a educação como arma política, só fugindo desse tipo de instrução para ser um bom cidadão é que a pessoa se tornará um bom indivíduo. Ortega y Gasset fala sobre o homem-massa, que corresponde a educação dada pelo estado. Ele reafirma seu direito a ignorância e a vulgaridade como um direito superior, que não deve ser jamais contestado. Nas palavras do autor: "Diante de uma só pessoa podemos saber se é massa ou não. Massa é todo aquele que não se valoriza a si mesmo, mas que se sente "como todo mundo" e, entretanto, não se angustia, sente-se à vontade ao sentir idêntico aos demais". Schopenhauer fala sobre os diletantes, que são aqueles que se dedicam a algo que não os fornece dinheiro. As pessoas normalmente não dão atenção a diletantes pois em sua mesquinharia não acreditam que alguém pode se submeter a esforços tão grandes por nada além do prazer intelectual. O valor dado a autores que não se importam com Aristóteles derivou uma falta de apreço por elementos fundamentais da caracterização do homem, como por exemplo a importância a formalismos como batismo e enterro, que nos diferenciam dos animais. As pessoas hoje dão mais valor a informalidade deixando de lado ritos de passagem que nos mostra de forma profunda a passagem do tempo. Sem esse valor as coisas eternas o estudante, sempre movido pelo aplauso e aprovação da maioria, não terá, em sua solidão a vontade de estudar. Aristóteles já dizia que o prazer não existe por si só, mas sim como acréscimo de uma ação bem realizada, iscas de prazer como sexo e comida só atuam em prazeres passivos e fracos. Quando alguém sente esse tipo de prazer, não quer os animalescos. O maior dos pesos para alguma é não saber o que é necessário saber, sendo assim, o interesse é uma condição necessária para a aprendizagem efetiva.


 
 
 

Comments


Faça parte da nossa lista de emails

  2018 - Os textos aqui expostos não representam a opinião do autor.

  • White Facebook Icon
  • White Twitter Icon
  • Branco Ícone Google+
bottom of page