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Cristianismo Puro e Simples - C.S. Lewis - Resumo

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 2 de ago. de 2023
  • 16 min de leitura

Cristianismo Puro e Simples - C.S. Lewis - Resumo


Livro I - O certo e o errado como indícios para a compreensão do sentido do universo


Capítulo 1 - A lei da natureza humana

Dentro de nós há uma Lei Moral, que nos instiga a fazer o certo, mesmo quando fazer o errado pode ser vantajoso. Isso foi observado em seres humanos de todas as épocas e em todas as culturas. Porém, nunca conseguimos agir exatamente como essa lei manda.


Capítulo 2 - Algumas objeções

Quando nos deparamos com o grito de socorro de uma pessoa, temos sempre dois pensamentos em mente: ajudar e correr riscos ou fugir e não se envolver neles. Porém há uma terceira "voz" dentro de nós que sempre nos diz para ignorar o medo de ajudar a pessoa. Nunca há exatamente uma forma exata de como agir em situações como essas, apesar de que o "norte" é sempre fazer o bem. Essa é a Lei Moral. Existem aqueles que reduzem esse comportamento ao "instinto gregário". Mas não tem como estarmos agindo por instinto quando ouvimos uma voz mais que a outra, ou mesmo quando escolhemos algo que vai nos fazer mal.

Podemos fazer a analogia de um piano para todas essas situações. Não há uma nota "certa" ou "errada" para tocar, cada nota depende de cada situação. É assim com as ações que tomamos para com os outros. A lei moral seria a partitura que rege essas notas.

A partir do momento que um conjunto moral é melhor que outro, é necessário que haja um terceiro elemento (tal qual uma dialética hegeliana) que faça a medida e confirme essa decisão. Mesmo quando acontecem decisões injustas e erradas, elas são baseadas num bem. Por exemplo, quando matavam mulheres alegando que elas eram bruxas, o faziam pois se elas realmente o fossem, teriam vendido a alma para o diabo e estariam destruindo a vida de outras pessoas. Ou seja, se isso fosse verdade, mata-las seria algo aceitável.


Capítulo 3 - A realidade da Lei

Quando nos perguntamos sobre o porquê se comportar com decência não podemos achar que se resumiria a "para fazer bem a sociedade" pois isso seria uma tautologia. Na realidade, não existe nenhum fato material que nos obrigue a agir dessa forma (N.A.: "se Deus não existe, tudo é permitido" Dostoievsky). Finalmente, deve existir algo fora dessa realidade que nos faz agir dessa forma. (N.A.: Tal qual Viktor Frankl cita, que como um macaco sofrendo experiências sente uma dor que não entende para servir algo superior que é o homem, o homem sente dores que não entende para servir algo superior.).


Capítulo 4 - O que está por trás da lei

Diferente de uma pedra que cai sempre, uma carta vai a remetentes diferentes devido a instruções diferentes dadas pela pessoa que escreveu. Sendo assim, é de se esperar que a Lei Natural seja uma instrução, pois nos faz agir de formas diferentes em diferentes situações. Sendo assim, esperasse que quem gera as instruções, como no caso das cartas, seja um tipo de mente.


Capítulo 5 - Temos motivos para nos sentir incomodados

A Lei Moral não nos dá espaço para acharmos que Deus é bom, pois a lei é dura e imutável. Ainda não estamos vendo Deus como uma pessoa capaz de perdoar, isso virá nas próximas linhas. Ou a bondade é sua melhor amiga ou sua pior inimiga. Tudo depende da forma como você reage a ela. Nenhum cristianismo vai fazer sentido para você enquanto não perceber que você foi contra essa lei e precisa de perdão. "Se você sair em busca da verdade, poderá encontrar consolo no final: se sair em busca de consolo, não alcançará nem o consolo nem a verdade - apenas conversa mole e ilusões, para começo de conversa, as quais acabarão em desespero" tal qual vemos nas "religiões materialistas" de hoje em dia e em crenças new age.


Livro II - No que acreditam os cristãos

Capítulo 1 - As concepções concorrentes de Deus

Um dos argumentos que os ateus fazem a existência de Deus é que o mundo é muito cruel. Ora, de onde se tira o conceito de justo e injusto? Uma pessoa só percebe uma diferença quando sabe que existe um jeito certo das coisas serem. Não tem como ir ao médico sem esperar que ele saiba como uma pessoa saudável deve ser, mas para isso deve existir previamente esse conceito da saúde certa. Se o universo não tem sentido, não teríamos como descobrir que ele não tem sentido.


Capítulo 2 - A invasão

A religião não tem porque ser algo que você teria inventado. Provavelmente se fosse para inventar algo prazeroso você não teria inventado o sexo da forma que ele é.

O dualismo é algo falho quando pensamos nesses termos religiosos. Existe o bem e o mal? Na verdade, não, da mesma forma que existe o jeito certo de ser saudável, a doença seria a falta desse jeito certo. Bondade e maldade funcionam do mesmo jeito, pois como já conversado, aquele que faz o mal sempre o faz achando que está fazendo o bem. Prazer, dinheiro, poder e segurança são coisas boas, mas a maldade surge quando buscamos essas coisas boas com o método ou intensidade erradas. A maldade é bondade corrompida, sendo assim, é necessário que haja a bondade para existir maldade. Sendo assim, o Diabo ser um anjo caído faz todo o sentido pois para ele existir teve que haver inteligência e vontade própria, que são coisas boas. Ou seja, tudo isso deriva da existência, do bem. Por isso o dualismo não funciona.


Capítulo 3 - A alternativa chocante

O pecado que veio ao mundo com Satanás foi aquele que nos fez achar donos da verdade. Achar que somos suficientes e que podemos decidir o que é certo e errado, sendo que já temos essa Lei Natural que nos diz exatamente isso. Sendo assim, como caímos no pecado, era necessária redenção. Não fomos feitos para isso, e os problemas surgem justamente por causa dessa incompatibilidade.

Para nos ajudar com essa redenção, Deus nos deu consciência e nos encheu de histórias sobre deus que vem e morre, dando nova vida as pessoas. Essas histórias são inúmeras em várias religiões antigas. Em especial, ele se revelou para os judeus, que são um povo totalmente diferente dos outros, mantem sua tradição até hoje e são intelectualmente superiores a todos as "raças". Desse povo, então, surge um homem que se diz Deus. É diferente de um indiano, ou qualquer uma dessas crenças que dizem que todos são deuses, pois Jesus veio de um povo onde Deus tinha um significado muito maior, um Deus fora do mundo que vivemos.

Ele falava que era Deus e que veio para perdoar os pecados e trazer a vida eterna. A questão de perdoar os pecados é muito peculiar. As pessoas podem perdoar ofensas uma as outras, mas se ele estava perdoando pecados então é porque ele considerava nossas falhas como se fossem diretamente feitas a ele. Sendo assim, só existem duas possibilidades para Jesus, ou ele é Deus ou é um maluco malvado. Mesmo as pessoas mais ateias acreditam que Jesus foi um homem bom e sábio, mas isso não é uma opção aqui, mas se ele se dizia Deus e não é, só resta a segunda opção.


Capítulo 4 - O penitente perfeito

Só uma pessoa má precisa de arrependimento, mas só uma pessoa boa consegue arrepender-se perfeitamente. Quanto pior você for, mais precisará arrepender-se e menos conseguirá fazê-lo, ou seja, mais bom você deve ser. A única pessoa que conseguiria fazê-lo perfeitamente seria alguém perfeito - e esse alguém não precisaria de modo nenhum fazê-lo (N.A.: Essas contradições do cristianismo são expostas por Churchill como parte integrante e necessária deste em "Ortodoxia"). Ou seja, somente com a ajuda de Deus conseguimos o verdadeiro arrependimento. Porém, não há nada na natureza de Deus como isso, portanto ele teve que se tornar humano para que fosse possível fazê-lo.

Você pode contra argumentar que "para Deus foi fácil, pois ele era Deus". Mas dizer isso é o mesmo que reclamar que o professor de uma criança seja um adulto pois "para ele é fácil ensinar soma ou letras".

Tudo que foi conversado aqui serve como imagens, e imagens podem as vezes funcionar melhor para umas pessoas em detrimento de outras.


Capítulo 5 - A conclusão prática

Deus, diferente dos gnósticos, gosta da matéria. Por isso ele se encarnou e fez o que fez. Também por isso que a religião não pode se basear apenas em atos mentais. Coisas como Batismo, Eucaristia etc. são ações corporais necessárias. E uma igreja é justamente Deus atuando por meios carnais, onde as pessoas são seus membros.


Livro III - Conduta Cristão


Capítulo 1 - As três partes da moral

Muita gente argumenta que, se algo que faço não afeta negativamente alguém, significa que isso não é mal. Porém, se eu fui feito para alguém, então significa que tenho deveres referente a essa pessoa e minhas ações são parte disso.


Capítulo 2 - As "virtudes cardeais"

São quatro, tal quais os pontos cardeais de um mapa: prudência, que é ser razoável. Temperança, que não é abusar das coisas, justiça, que é muito mais do que aquilo que temos nos tribunais e fortaleza, que é ser paciente e perseverante.


Capítulo 3 - Moralidade social

"Faça com os outros o que gostaria que fizessem com você" é um lema que resume bem como um cristão deve agir. Muitas pessoas acreditam que para agir assim, precisamos de uma sociedade cristã e quem deveria comandar essa sociedade são os clérigos. Ora, isso não faz sentido, uma vez que eles são treinados para nos preparar para a vida eterna, não a vida terrena. Essa é a missão dos leigos.


Capítulo 4 - Moralidade e psicanálise

O cristianismo tem uma psicologia única. Nos prepara para nos tornarmos criaturas perfeitas do paraíso. Isso significa agir como cristãos aqui, o que nos distancia da loucura do pecado. Porém, é interessante o paradoxo: as vezes no parece que pecados pessoais como a raiva e o sexo são maiores que assassinatos e roubos. Pois na prática, a atitude externa não importa, para a salvação só importa aquela unidade interior que só nós mesmos podemos ver. O caminho certo também nos leva ao conhecimento. As pessoas boas sabem o que é bem e o mal.


Capítulo 5 - Moralidade sexual

Apesar da regra do pudor mudar de tempos em tempos, a regra da moralidade sexual cristão é a mesma desde sempre. O pudor mudar deve nos servir como avise para não julgarmos as pessoas, pois seremos julgados no futuro.

Podemos avaliar a moralidade sexual usando como exemplo um crítico que citou que seria estranho um país onde os shows de strip-tease não fossem com mulheres mais sim com pedaços de comida. É de se imaginar que algo assim poderia acontecer num país comunista pela falta de coisa, porém, o mesmo poderia acontecer num ambiente cheio de glutões. O mesmo se dá com o strip-tease (n.a: e todo tipo de eroticidade moderna), que é algo consumido por aqueles viciados em sexo.

O sexo definitivamente não é algo ruim para o cristão. Muitos dizem que eram o pecado original, mas isso não faz sentido algum vide toda a análise sobre orgulho e inveja. O sexo, tal qual a matéria como um todo, foi criado por Deus. Mas ele deve estar dentro de um casamento, condição que o cristianismo tem em alto grau, maior que qualquer outra religião. Para aqueles que não podem casar, o que resta é a castidade, que apesar da crítica de muitos, foi vivida por inúmeras pessoas de todas as religiões por vários séculos.

Apesar de tudo isso, os pecados da carne não são os piores, normalmente eles são sintomas de pecados piores, da alma.


Capítulo 6 - O casamento cristão

A união sexual não é apenas o contato prazeroso entre duas pessoas, mas sim tudo que ela engloba, união sentimental, genética e tradicional de inúmeras circunstancias. O absurdo no sexo fora do casamento é justamente tentar isolar o prazer de todas essas consequências.

Algumas pessoas acreditam que o casamento só deve existir enquanto as pessoas continuam apaixonados. Não é coerente em nenhum nível que isso ocorra, uma pessoa que permanecesse por mais de 5 anos completamente apaixonado como um adolescente não teria nada a acrescentar para si mesmo e para os outros, pois esse é um sentimento que nos engole. Mesmo nos contos de fada isso não acontece, pois eles acabam com "viveram felizes para sempre" não com "eles continuaram apaixonados um pelo outro para sempre". É melhor tirar as ideias de amor da família e amigos do que de filmes.

Num relacionamento é necessário que acha uma hierarquia, como em tudo o mais na vida humana. E é importante que seja o homem pois ele é melhor preparado para isso. Homens e mulheres são diferentes e de modo geral o homem é mais racional quanto a sua família perante as outras pessoas, diferente de uma mulher que normalmente luta por unhas e dentes e não vê o outro lado quando se trata do bem-estar de sua família.


Capítulo 7 - Perdão

Em tudo na vida é melhor para o aprendizado começar com coisas mais fáceis. Sendo assim, quando queremos treinar nosso perdão, não precisamos, por exemplo, começar querendo perdoar os nazistas, mas sim um parente ou amigo.

O cristianismo nos pede para odiar o pecado mas amar o pecador. Porém, não é tão fácil distinguir essas duas coisas. Acontece que fazemos isso o tempo todo com nós mesmo: odiamos nossas atitudes erradas, mas nos amamos apesar disso.


Capítulo 8 - O grande pecado

De todos os pecados o pior é o orgulho. Quando detestamos outras pessoas nos inferiorizando, ou quando não somos os destaques da festa, isso mostra o quanto somos orgulhosos e competitivos. O orgulho não quer as coisas apenas pelo prazer de tê-las, mas sim pelo prazer de tirar dos outros, e de ver os outros sem, como um sedutor que prefere ficar com uma mulher comprometida. Também quando uma garota bonita espalha seu charme, mas não tem a intenção nenhuma de se relacionar com ninguém. O orgulho de um homem casto por ser forte o suficiente para aguentar a tentação sozinho é um prato cheio para o Diabo. Esse pecado está mesmo quando ajudamos as outras pessoas e em vez de pensarmos como é bom que a pessoa está numa situação melhor por isso pensamos "como eu sou alguém bom por ter feito isso". Nunca estaremos livres disso enquanto amarmos qualquer coisa a mais do que amamos a Deus.


Capítulo 9 - Caridade

Podemos entender a caridade pelo seu inverso. Quando começamos a tratar mal uma pessoa nos surge ainda mais motivos para continuar tirando-as assim, todos nós já passamos por isso no ambiente de escola ou trabalho. Os nazistas tratavam mal os judeus no começo por não gostarem deles, mas depois isso virou uma bola de neve.


Capítulo 10 - Esperança

Quando os cristãos começaram a se importar e querer um paraíso na terra, foi aí que começaram os problemas. Se procurarmos o céu, encontramos o paraíso ainda vivos, se procurarmos o paraíso não teremos ele e nem o Céu, tal qual uma pessoa que tenta parar de jogar, usar drogas e de ser sedentário sem um objetivo maior por trás.

A esperança num relacionamento melhor com seu cônjuge também é uma opção se o fizermos do jeito certo, não achando que se tivéssemos escolhido a pessoa certa as coisas seriam diferentes, ou achando que buscar o relacionamento perfeito é coisa de adolescente, mas sim entendendo que não há nenhuma sensação nesse mundo que irá nos satisfazer pois não fomos feitos para esse mundo. Muitos materialistas fundamentam sua crença no fato do universo ser hostil, da vida ser difícil. Essa é a uma ideia que só é sustenta quando se ignora completamente a possibilidade do Céu.


Capítulo 11 - Fé

Fé não é simplesmente acreditar naquilo que não se vê. Quando vamos a uma cirurgia, apesar de sabermos que os sedativos devem funcionar, pensamos na possibilidade de isso não acontecer e ficamos com medo. A fé de que vai funcionar está fundamentada na razão, mas imaginação e emoções distorcem isso. Assim se dá com o cristianismo, apesar de termos fé, as vezes acontecem situações ruins ou oportunidades de fazermos algo errado, e nossos medos e emoções vencem a nossa fé racional. Basicamente fé não é só acreditar, mas agir como cristão sempre.

Temos que reconhecer nossas fraquezas humanas e nos manter alerta, por isso que coisas como missas regulares e orações diárias nos acostumam com esse mudo sobrenatural, e tal qual a pessoa que faz exercícios diariamente, acabamos nos acostumando e vivendo de acordo com nossa fé. Se tentarmos seriamente por um período como seis semanas, por exemplo, podemos nos acostumar e viver assim com maior facilidade por maiores períodos de tempo.

Finalmente, podemos entender a fé como algo ainda mais complexo, como algo que recebemos de Deus para presenteá-lo, como uma criança que pede o dinheiro para o pai para dar um presente para ele mesmo.


Capítulo 12 - Fé

Qualquer criança sabe que não há nada que possamos oferecer para Deus, mas isso só se torna verdade quando percebemos isso em nós mesmos. Isso acaba perturbando algumas pessoas e chegamos em dois extremos, um que diz que precisamos definitivamente das ações para nos salvarmos, e por isso deveríamos dar todo o nosso dinheiro ou algo assim, e o outro diz que podemos pecar à vontade, contanto que tenhamos fé e nos arrependemos, algo absurdo pois seria o mesmo que ignorar tudo que Cristo nos ensinou.


Livro IV - Além da personalidade ou os primeiros passos na doutrina da Trindade


Capítulo 1 - Criar e gerar

Muitas pessoas acreditam que a teologia não serve para nada, que o que serve é um contato emocional com Deus. De certa forma isso é verdade. Tal qual quando olhamos para o oceano e nos sentimos bem, com certeza conhecemos ele de uma forma diferente do que quando, por exemplo, olhamos um mapa. Mas seria extremamente improdutivo se lançar no mar sem um mapa. O mesmo se dá com a teologia. Tentar entender Deus sem ela é uma missão complicada e desnecessária, principalmente nos nossos dias que é tão fácil termos acesso a esse material.

Um caso teológico é interessante é sobre o Filho ser gerado. Quando uma pessoa tem um filho ela o gera, mas quando ela faz uma casa ou um livro, ela cria. Por isso dizemos que o Filho foi gerado, não criado, ou seja, consubstancial ao Pai, da mesma forma que somos da mesma substancia filosofia que nossos filhos, somos humanos, seria impossível ontologicamente um humano gerar algo não humano, como um cachorro. Como fomos criados por Deus, não somos da mesma substancia. Somos filhos de Deus, mas não filhos como Jesus, justamente por causa dessa questão teológica.

Quando falamos sobre a vida, também estamos num ponto teológico importante, a vida que temos como seres humanos na terra é a Bios, que é uma vida "menos perfeita" que a Zoé, a vida espiritual que está em Deus desde toda eternidade. Sair de uma vida para a outra é a mesma coisa que uma estátua deixar apenas de existir e começar a se mover.


Capítulo 2 - O Deus triúno

A teologia é de certa forma uma ciência experimental que foi construída sobre alicerces históricos. Percebemos uma série de coisas difíceis de entender, mas por isso é uma ciência, e não uma natureza criada pelo homem.


Capítulo 3 - Tempo e para além do tempo

Deus não tem história, pois ele é absoluto.


Capítulo 4 - o bom contágio

Podemos começar a pensar a trindade da mesma forma que pensamos um cubo. Ele é feito de linhas, que são objetos unidimensionais, mas que unidas formam algo sólido em três dimensões. Deus tem três pessoas, algo que para nós, que somos apenas indivíduos, é impossível de conceber, da mesma forma que é impossível de concebermos um cubo em quatro dimensões, pois vivemos em três dimensões. Quando pensamos sobre a geração do Filho, também nos é estranho pois se ele foi gerado, então ele viria depois, mas como pode se Deus é o mesmo ontem e hoje? A teologia também explica isso. Pense num livro A sobre um livro B. Definitivamente quem veio primeiro foi o A, mas não poderíamos dizer que o livro A veio antes, ou mesmo não poderíamos dizer que o livro A está sob o livro B se este não tivesse vindo depois, ou seja, é um paradoxo, mas funciona. O Filho existe porque existe o Pai e nunca existiu o Pai sem o filho (N.A: Olavo de Carvalho ao explicar a obra de Louis Lavelle explica que ele foi o primeiro que explicou sobre a existência preceder a essência, justamente pois precisamos de uma série de mecanismos para nos percebermos. Porém, ao existirmos, já estamos fadados a ser uma coisa e não outra, nossa essência humana é um exemplo).

Se Deus é amor, ele sempre foi amor, então é necessário que ele sempre tivesse algo a amar, como o Filho.


Capítulo 5 - Os obstinados soldadinhos de chumbo

Mudarmos de vida pode parecer algo complicado, pois estamos matando que nós somos para nos tornar algo melhor. Essa transformação pode ser dolorida, da mesma forma quem soldadinho de chumbo se transformando por um passe de mágica em humano poderia pensar que você o está destruindo durante o processo.


Capítulo 6 - Duas notas

Um crítico perguntou ao autor porque Deus simplesmente não fez filhos perfeitos desde o começo, em vez de fazer soldadinhos de chumbo como explicados no capítulo anterior. Primeiro, se ele nos tivesse feito assim, não teríamos o livro arbítrio, ou seja, não seriamos capazes de amar.

A segunda resposta para isso é um pouco mais complexa. "Poderia haver" tem sentido quando falamos de Deus? As coisas são como são, mas além disso, se pensarmos em vários filhos, estamos pensando em algo baseado na nossa concepção de universo, e não precisa ser dessa forma no mundo espiritual de Deus (n.a.: um suposto erro de Santo Tomas de Aquino foi acreditar que todos somos algo único, que não há distinção entre nossas almas, o que me parece ser uma das críticas de Lewis também). Talvez, só talvez, fosse necessário a existência material para ter a divisão entre as almas.


Capítulo 7 - Vamos fazer de conta

Pai Nosso, a oração que Jesus ensinou, começa com essas duas palavras e já nos dá uma ideia de como precisamos nos comportar, como se estivéssemos "vestidos de Cristo". Muitas vezes é necessário agir como se fossemos para que um comportamento se torne internalizado. Tal qual as crianças que brincam de adulto e se desenvolvem melhor assim, nos forçando a agir como Cristo fará nos aproximarmos mais Dele.

Muitos ateus dizem que nunca foram ajudados por Cristo, mas sim por pessoas de carne e osso. Porém, eles se esquecem que essas pessoas de modo geral estão alinhadas com Jesus, ou no mínimo foram influenciadas pelo espirito de caridade que surgiu com a Igreja Católica.


Capítulo 8 - Cristianismo: fácil ou difícil?

Se a Igreja não serve para atrair pessoas para salvar suas almas, ela não serve para nada e só fará mal.


Capítulo 9 - Avaliando o Custo

Queremos que Deus entre nas nossas vidas, mas do nosso jeito, não mexendo naquilo que queremos que permaneça como está. Mas não é assim que funciona, ele entra para ter tudo, senão não entra.


Capítulo 10 - Pessoas bondosas ou novas criaturas

Não é muito coerente julgarmos o cristianismo se não for baseado no todo. Cristianismo não é apenas teorias, é também prática. Quando olhamos um cristão agindo mal e um não-cristão agindo bem, isso também não pode ser régua, primeiro porque esse cristão pode não ter mudado de vida, e depois que ele poderia ser ainda pior se não fosse cristão, pois sempre há elementos externos ao cristianismo que compõe nossa personalidade: condição financeira, genética etc.

Existem pessoas que são naturalmente bondosas e outras não. Porém, é justamente as naturalmente bondosas que podem ter alguma dificuldade a entregar sua vida a Deus, pois já podem se considerar boas o suficiente para isso. (N.A.: talvez por isso seja tão difícil converter um esquerdista, pois ele acredita que está sendo bondoso querendo mudar o mundo no seu jeito revolucionário).


Capítulo 11 - As novas criaturas

Podemos pensar a ação de Deus na nossa vida como o sal, quanto mais ele entra em nossas vidas mais nós mostramos nosso verdadeiro eu, da mesma forma que quando colocamos sal na comida ela mostra melhor o seu gosto. Porém, Jesus é tão grande que mesmo milhões de pessoas afetadas por ele ainda não mostraram seu verdadeiro sabor. Quando temos Jesus em nossa vida, é quando mostramos nossa verdadeira responsabilidade. Quando não temos Jesus, coisas simples como sono ou fome afetam demais, apenas entregando nosso bem-estar a Deus que isso muda. Qual parecido são as pessoas malvadas, e quão diferentes são os grandes santos.




 
 
 

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