Felicidade ou Morte - Clóvis de Barros Filho e Leandro Karnal
- Canal Resumo de Livros
- 30 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Felicidade ou Morte - Clóvis de Barros Filho e Leandro Karnal - Resumo
O Vazio da Felicidade
Os autores tentam definir o que é felicidade. Observamos ela em lutas internas, filosóficas e ideológicas. Autores como Aristóteles, Frans Hals, Luc Ferry entre outros são usados como exemplos de definições. Em especial Fran Hals que define a felicidade no plano das paixões, dentre essas a mais importante seria a familiar. Percebemos isso na importância que ela tem para a pisque das pessoas (ninguém vai ao psicólogo dizer problemas de cunho ideológico, normalmente os problemas envolvem pessoas amadas).
Eles observam que o universo não é "cósmico" nesse sentido, pois o que torna alguém feliz não é definido. Para alguns os elementos são diferentes de outros, e essa fonte de felicidade não é finito nem ordenado. O universo é "uma zona".
A felicidade pode setar no elemento material, porém, essa eterna busca por algo novo que ninguém tem, como os celulares que vão dia apos dia se tornando mais novos e mais desejados, acaba gerando uma cede infinita de desejo que nunca trás a felicidade. Diferente de povos antigos onde as pessoas já tinha definições clara do que seriam na vida, essa liberdade de escolha material, ideológica etc acaba nos deixando numa situação não tão feliz quanto imaginávamos que seriamos.
Ser feliz ou ser livre?
Teorias como a de Hegel citam que é impossível ser feliz por ser completamente livre, em algum segmento de nossas vidas tendemos a uma especie de servidão voluntária. Nas palavras do próprio escritor do século XVIII, sofre o livre por não ser escravo e sofre o escravo por não ser livre. Devido ao fato de sermos completamente livres e assim donos de parte da nossa realidade, surge o mal-estar com a liberdade.
A Infelicidade do Outro
Para liberais como Ricardo e Adam Smith, a noção maquiavélica de Virtu e Fortuna servem bem para denotar que a vida não é simplesmente a contingencia que te torna um coadjunvante, somos agentes ativos dela. Isso gera uma sociologia dos afetos, onde não são simples elementos explícitos, como a quantidade de dinheiro que você ganha em determinado emprego, ou o Happy Hour no fim da semana que vão definir o que lhe faz definitivamente feliz.
Cada um tem uma definição de si mesmo, e acaba circunscrevendo a vida em função disso. Um empresário que se vê de forma elegante acaba desenvolvendo os elementos que o circundam para agregar essa etiqueta. Talvez o elemento mais forte que lhe causa felicidade seja a infelicidade do outro. Schopenhauer dizia que a alegria da ovelha é ver que não foi ela a escolhida para ser sacrificada.
Felicidade e amor
Os autores definem que existem vários elementos que podem significar o prazer. Um professor que vê seu aluno aprendendo por vezes sente mais felicidade do que devido a verba que mensalmente cai em sua conta. Isso se deve também ao amor a profissão que escolheu. O mesmo pode ser dito daqueles que sabem que famílias se aproximam devido a tecnologia (tão pouco humanizada em laboratórios) que desenvolveram. É no "nós" que surge os maiores feitos de nossa própria concepção do que nos deixa feliz.
A felicidade aqui e agora
Karnal cita que é na sociedade capitalista que surge o "faça isto para ganhar aquilo". No fundo isso é um discurso religioso da valorização do sacrifício. Diferente dos antigos penitentes do século XIV, hoje temos que lidar com esses guerreiros do cotidiano postando seus "sacrifícios" no Instagram. Para finalizar, os autores citam que suas concepções do que é verdadeira felicidade ou não, não podem ser tomadas como verdades pois "doutores estão ao lado de analfabetos, tateando no escuro, gemendo e chorando neste vale de lágrimas".
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