top of page
Buscar

Manifesto Libertário - R. Rothbard - Resumo

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 15 de abr. de 2019
  • 38 min de leitura




Manifesto Libertário - R. Rothbard - Resumo


Introdução

Rothbard sempre foi visto como um guerreiro contra o estado, ele era chamado como "O Maior Inimigo Vivo do Estado". Uma alcunha dessa causou o ódio de todos os lados do espectro político. Isso inclui os conservadores de mentira, aqueles que queriam aumentar o poder do estado sob falácias como de ser "pró-família", nacionalista, etc.



Capítulo 1 - A Herança Libertária: A revolução Americana e o Liberalismo Clássico

Trata de um pequeno apanhado da politica sob a luz do libertarianismo e uma tentativa de suas vertentes em partidos americanos. Esta analise começa no ancien régime, aquele onde os reis dominavam a politica europeia no século XVI. Esta centralização na monarquia e a alta tributação acabou estagnando a Europa. Ainda naquela época segmentos do estado não eram tão generalizados como hoje, um exemplo é a guerra, que era formada por milícias e não por sequestro de civis.

Após liberais como Locke desenvolverem suas teorias que viria a mudar o espectro politico, a ideia de estado começou a ser demonizada, Catão, um pensador da época, dizia, por exemplo que o poder do governo sempre vinha da invasão do governo sobre as liberdades civis. Esse movimento deu muito certo nos EUA, onde recebeu muito apoio popular, o que ajudou na manutenção das colônias americanas sem um governo centralizador.


Após a Revolução

Surgia então o partido democrata, em que um dos principais segmentos trazia ideias libertários como os de Andrew Jackson, eles queriam a ausência de governo após alguns anos de presidência libertária.


Resistência a Liberdade

O segmento do partido democrata que ganhou poder acabou sendo aquele que não partilhava de ideias libertários. Pelo contrário, sentia a necessidade de centralização para desenvolver o industrialismo, padrão econômico da época.

Para conseguir o apoio que precisavam para chegar ao poder, eles, como em todos os estados gigantes de hoje em dia, usaram a força dos intelectuais. Em geral esses estão em simbiose com o estado pois é apenas nele que estes conseguem ganhar muito dinheiro. Isso observou-se desde o começo da idealização do estado, quando igreja católica e altas monarquias tinham suas ligações. Para que essa estrutura intelectual fosse completa, o controle da educação pelo estado foi necessária. Esse controle criou uma dependência de profissionais da educação pelo estado, o que os faz apoiarem governos grandes e difundirem essa ideia aos alunos, que por sua vez são obrigados a ir para a aula.

Com o tempo houve a ascensão do movimento socialista, que tirou do espectro da luta politica qualquer ideia libertário, mas sua grande consequência foi tirar os liberais. Esses eram considera extrema esquerda na época da Revolução Francesa, alguns deles como Bastiat tinham boas ideias. Porém agora com o coletivismo socialista, suas ideias perderam força.


Decadência Interna

Ao lutar gradualmente contra o estatismo, os libertários acabaram se perdendo. Deve-se deixar de lado a ideia conservadora de que politica é a arte do possível. Se só existe uma opção ética, é ela que deve ser seguida independente do utilitarismo tecnocrático proposto por liberais. Essa conveniência utilitária é a gota d'água para o abandono do libertarianismo pois é com ela que surgem das desculpas criminosas para seguir um meio termo melhor para todos, que na verdade acaba sempre pendendo para o lado do estado. Algumas pautas podem até parecer de esquerda, mas isso não deve ser uma nuvem na visão libertária, pois a liberdade individual por vezes vai contra o que pregam os conservadores tidos de direita.


Primeira Parte

O Credo Libertário



Capítulo 2 - Propriedade e Troca

O Axioma da Não-agressão

O credo libertário está baseado num axioma central: o de que nenhum homem ou grupo de homens pode cometer uma agressão contra a pessoa ou a propriedade de qualquer outro. É também necessário para um libertário defender a defesa contra os ataques do coletivismo a propriedade privada. Para isso ele tem que acreditar que qualquer ação positiva do estado sobre as pessoas é um erro, principalmente as militares como o recrutamento, que é uma espécie de escravidão e custa muito caro ao bolso dos contribuintes.

O estado só chegou a esse nível de controle devido a uma grande estrutura de apoio, e nela estão os intelectuais, que davam uma roupagem inteligente aos absurdos feitos pelo estado. Todos os serviços que seriam melhor fornecidos pela iniciativa privada ganhavam o apoio dos intelectuais quando o estado tomava o controle. Assim, o estado acaba se tornando a única entidade que obtêm toda a sua renda a partir de coerção.


Direitos de Propriedade

Este axioma libertário (o da não agressão) foi derivado de três formas, mas apenas uma é a certa. A sua derivação emotiva não tem nenhum significado racional. A utilitária cria uma série de brechas, como a que podemos pesar as alternativas, logo, se alguma não for ética mas for utilitária (como matar todos os ruivos para alegrar a maior parte da população) ela deve ser seguida.

Sua defesa é certa quando está no escopo da Lei Natural. Ela, como o próprio nome diz, leva em conta ações que os homens têm por lógicas. A partir do momento que um elemento, como o estado, age para impedir que o ser humano se desenvolva, ele está indo contra a lei natural. Isso ocorre quando o estado tenta, por exemplo, controlar os meios de produção ou a terra.

Os argumentos para fazer isso, ou seja, para ir contra a lei da propriedade são comunistas. Eles podem ser generalizados, ou seja, que todas as propriedades são de todas as pessoas, ou que as propriedades deveriam ser controladas por um grupo de pessoas especiais. A primeira opção faria os seres humanos nunca tomarem ações em referência a qualquer propriedade, o que lhes causaria em último caso a morte. Na segunda opção, criasse uma casta de pessoas que tem controle sobre todos os outros. Nenhuma das duas ideias segue a lei natural, e obviamente são um erro quando expostas a pessoas que pensam de forma lógica.

A discussão da estrofe anterior é obvia para a propriedade primeira de alguém (seu corpo) mas para objetos ou terra pode ser um pouco complexa. John Locke foi o primeiro que se propôs a expandir essas ideias. Ele afirmava que a partir do momento que o homem age sobre algo, ele está colocando nesse algo um elemento que é apenas dele. Misturando então trabalho (ação) a terra ou objetos, isso tornaria a de quem o fez. Essa ideia é obvia quando colocamo as na prática, nas palavras de Locke: "Será que alguém pode dizer que ele não tem direito àquelas bolotas do carvalho ou àquelas maçãs de que se apropriou porque não tinha o consentimento de toda a humanidade

para agir dessa forma?" Não seguir a ideia lockeana nos faz ir para o absurdo das duas opções precedentes (coletivismo ou um grupo de controladores) o que tem por consequência (a priori e a posteri) pobreza e morte.


A Sociedade e o Individuo

A sociedade é apenas a organização de indivíduos, falar que ela é um ente metafísico acaba diminuindo o valor de quem realmente importa, as pessoas que a formam. Isso serve para reduzira responsabilidade de políticos quando fazem escolhas "em nome da nação". Também serve como desculpa para cometer crimes, quando se argumenta que alguém só é criminoso por causa da sociedade, essa culpa é diluída entre todas as pessoas, menos em quem cometeu o crime. Um claro exemplo de como sociedade por si só não existe é que, mesmo depois de milhares de anos que uma "sociedade" deixou de existir ainda temos ideia da existência dela devido as propriedades que ela deixou num determinado local.


Livre Troca e livre Contrato

Para que a propriedade privada seja respeitada, é necessário que possasse fazer trocas voluntárias sem a intromissão de terceiros, como o estado por exemplo. Estes podem também trocar o trabalho. Isso é utilitariamente bom pois permite que as pessoas se especializem naquilo que mais lhe interessam, aumentando a riqueza de todos. Porém, o real motivo de se defender os contratos é que essa é a única forma ética, caso um jeito ainda mais produtivo seja criado mas que fure a ética, ele deve ser ignorado.

Algumas pessoas defendem que é um erro as pessoas poderem fornecer suas heranças a seus descendentes. A maioria concorda que alguém que joga um esporte 10 vezes melhor que outro, deva ganha dez vezes mais, porém não concorda que uma pessoa que nasce numa família rica seja mais rica que uma que nasce numa família pobre. Ora, se isso não fosse respeitado, as pessoas da família rica não teriam porque poupar seu dinheiro. O consumiriam, e isso não seria utilitário, e também obviamente não é ético. Se a pessoa tem direito de fazer as trocas que bem entendem, ela também tem o direito de dar suas propriedades. Assim, os libertários não são igualitários nos modos progressistas, apenas na questão legal, onde todos tem a mesma lei natural a sua defesa.


Direitos de Propriedade e “Direitos Humanos”

Normalmente progressistas não defendem o direito de propriedade mas defendem o direito humano. Porém isso não faz sentido. Caso exista um órgão, como o estado, que pode redistribuir a renda como bem entende, o direito humano de expressão seria obviamente diminuído, pois esse órgão escolheria para quem enviar objetos escassos, como papel e tinta para quem preferisse (normalmente a partir de interesses ideológicos). Em suma, para sustentar seu “direito humano” — ou seus direitos de propriedade sobre sua própria pessoa — ele também precisa ter o direito de propriedade sobre o mundo material, sobre os objetos que ele produz.

Alguns defendem que deve haver direitos sociais, como a proibição de não gritar fogo num cinema público. Isso realmente faz sentido, porém não devido à existência de um direito falso como o publico, mas sim porque gritar fogo num cinema lotado é um crime contra a propriedade privada ou do dono do cinema, ou dos espectadores do filme. Ou seja, a instituição da propriedade privada é aquela que melhor resolve conflitos.



Capítulo 3 - O Estado

O Estado como Agressor

O foco do estado não é manter a instituição da propriedade privada. Se o fosse não observaríamos um absurdo que hoje tomamos como normal: quando somos assaltados e a pessoa por ventura é presa, temos que ser assaltados novamente, agora pelo estado, para manter este ladrão na cadeia.

O estado para um libertário não é mais que uma gangue. Se analisarmos suas ações como se fossem as de um individuo, perceberíamos os crimes arbitrários. Só assim o governo pode se manter. Na verdade o estado é o único órgão que depende exclusivamente do roubo para se manter. Uma forma efetiva de manter essa condição é nos tirando a possibilidade de nos defendermos. É apenas o estado que tem o monopólio da segurança pública. Hoje em dia o estado ganhou mais força nesse ramo pois consegue facilmente proibir o armamento da população e desenvolve grandes burocracias para aqueles que querem se defender com as próprias forças. Sendo a Suprema Corte um órgão estatal, a justiça também está na mão deste.

O autor expõe a falácia de que o governo pode nos roubar porque “nós somos o governo”: E devemos, portanto, concluir que “nós” não somos o governo; o governo não somos “nós”. O governo não “representa”, em nenhum sentido preciso da palavra, a maioria das pessoas, mas mesmo se o fizesse, mesmo se 90% das pessoas decidissem assassinar ou escravizar os 10% restantes, isto continuaria a ser assassinato e escravidão, e não escravidão voluntária ou suicídio voluntário por parte da minoria oprimida. Crime é crime, agressão contra os direitos é agressão, não importa quantos cidadãos concordem com a opressão. Não há nada de sacrossanto a respeito da maioria; a multidão que lincha alguém também é uma maioria em seu próprio domínio.

Não existe a possibilidade de ser justa uma divisão dos espólios por impostos. Afinal se o fosse, seria simplesmente menos burocrático não fazê-lo.


O Estado e os Intelectuais

Em geral o povo não se preocupa com questões complexas. Então, a decisão sobre o que é certo ou errado acaba nas costas de intelectuais. Esses por sua vez normalmente estão de conluio com o estado. Afinal, é no estado que normalmente esse tipo de profissão tem relevância. Fora dele muitos intelectuais não conseguem se sustentar. Então para ajudar a se manter financeiramente eles se tornam “orgânicos” ao estado.

Outro elemento que colabora em manter o status quo é a tradição. Esta, por mais que seja errada, é normalmente utilizada como uma falácia por autoridade, afinal, não é porque algo é antigo que não possa esta errado.

Enquanto alguns lutam pela liberdade e por consequência odeiam o estado, outros acabam dependendo dele para se sustentar. O estado permite a existência desse tipo de pessoa pois eles são uteis para reafirmar a necessidade de governo. Além disso, podem manter a sua pilhagem e monopólio da segurança e justiça pois a necessidade de cuidar dos pobres está acima da liberdade. Por consequência os estados acabam se odiando entre si, o que leva, por nacionalismo, aos povos se odiarem. Esse fenômeno é recente na humanidade, no ancient regime as pessoas acreditavam que as guerras entre reinos eram idiotices dos monarcas. Curiosamente ninguém se importa com a ganância desses políticos que desenvolvem guerras e taxam cada vez mais seu povo. As pessoas acabam criando raiva e ressentimento de empreendedores, os chamando de gananciosos. Os intelectuais completam com a cereja do bolo, cientificando teorias que nada tem de exatas, mas com seus jargões complexos acabam enganando o povo.

Alguns teóricos a favor do estado, como Thomas Hobbes, argumentam que assinamos uma espécie de Contrato Social para vivermos em sociedade. E que isso legitima o estado. Na verdade ninguém nunca assinou nada, muito pelo contrário, todos os estados surgiram devido a grupos militarmente mais fortes que tomaram conta de determinada região, nada além disso.

Como uma forma de dar embasamento metafísico ao estado, alguns teóricos tentaram "limitá-lo", essa foi uma das mais falhas tentativas politicas da história. Todo o estado tendeu a se expandir desde sua criação. Muitos teóricos com boas intenções como Black, não conseguiriam pensar em uma forma de deter essa expansão, e para corroborar a existência do estado, tiveram que se render a explicações "misticas" da mesma forma que a igreja derivava a autoridade do Rei nos séculos passados. Para o Dr. Black faltava a análise da única organização ética possível, o libertarianismo. Qualquer coisa fora disso cai em absurdo. Nós não o percebemos porque há anos estamos sobre os cuidados do estado. Mas se alocássemos as suas ações a um individuo, perceberíamos o absurdo. Se deixássemos com John toda a nossa forma de defesa e também de jurisprudência, perceberíamos claramente que John teria poder suficiente ara fazer o que quisesse e isso não é ético. Este absurdo acontece em nome do estado e não falamos nada.

O credo libertário pode agora ser resumido como (1) o direito absoluto de todos os homens à propriedade de seu próprio corpo; (2) o direito igualmente absoluto de ter posse e, portanto, controlar os recursos materiais que ele encontrou e transformou; e (3) portanto, o direito absoluto de trocar ou dar a propriedade destes títulos a quem quer que esteja disposto a trocá-los ou recebê-los. Para que isso seja respeitado, liberdade e propriedade privada estão interlaçados transcendentalmente.


Segunda Parte

Aplicações Libertárias a

Problemas Atuais



Capítulo 4 - Os Problemas

Todos os problemas realmente sérios de nossas sociedades: altos impostos, crise fiscal urbana, Vietnã e outras intervenções externas, crime nas ruas, congestionamento de tráfego, complexo militar-industrial, transporte, poluição nos rio, escassez de água, poluição do ar, falta de energia e blecautes, serviço telefônico, serviço postal, televisão, sistema de bem-estar social, moradia urbana, restrições e greves sindicais, educação, inflação e estagflação etc, são todos derivados da ação estatal e da falta de livre mercado. Em especial a inflação, que é de total competência do governo que para pagar suas dividas aumenta a quantidade de papel-moeda, e isso cria consequências desoladoras.


Capítulo 5 - Servidão Involuntária

A definição de escravidão é um trabalho forçado com salários abaixo do livre mercado. Assim, por mais que se diga que a escravidão está abolida no mundo moderno, o próprio estado a comete, em especial com o alistamento militar obrigatório. O jovem tem que deixar de fazer suas atividades para "servir a nação". Se este fosse um emprego tão interessante, não seria obrigatório. Usa-se elementos nacionalistas para atrair a atenção dos que não tem interesse nesse tipo de serviço e também para firmar a opinião pública de que forçar as pessoas a fazer o que não querem é certo, pois estão servindo uma causa maior que elas.

Além disso a própria estrutura do exército mantêm a ideia de escravidão, afinal, é apenas neste que as pessoas não são livres para deixar de fazer seu serviço sem sofrerem ameaças sérias como a de morte. Numa sociedade livre este soldado que deserda poderia até sofrer sanções e entrar em listas negras para nunca mais ser contratado, mas em hipótese alguma sua vida estaria em risco devido a uma escolha individual que não afeta terceiros. Em especial o exército é a pior das instituições estatais, por sua força militar acaba mantendo a estrutura da lei. Uma lei só pode ser seguida de forma ética (perene no espaço e no tempo) ou na base da força. Já que a ética estatal não é perene, acaba sendo a força do seu exército contra a população.

Leis antigreve, que não permitem a organização dos trabalhadores fazem parte desse tipo de servidão involuntária. Pois por vezes eles são obrigados a trabalhar em detrimento de sua vontade. O mesmo para o sistema tributário, que te obriga a trabalhar vários dias do ano apenas para manter o estado, o que não é a vontade de todos. Os tribunais podem ser considerados um tipo de escravidão pois forçam a certas pessoas, mediante a armadilhas jurídicas, a se acusarem para diminuir suas penas. Na justiça do libertarianismo ninguém seria obrigado a participar do próprio julgamento, mas caso o crime fosse comprovado teria que pagar pelo seu erro, em especial de forma mais dura do que na justiça estatal. Para finalizar essas escravidões permitidas, o encarceramento devido a problemas mentais. Os argumentos são todos utilitaristas, nenhum segue a ética. Porém, mesmo o utilitarismo não funciona, pois esse tipo de paciente comete menos crime que a média da população.



Capítulo 6 - Liberdade pessoal

Liberdade de Expressão

Conspiração para defender ou a defesa em si nunca pode ser considerada crime, isso entra no escopo de uma lei negativa, o que é defendido pelos libertários. Uma consequência desse tipo de defesa é a difamação, que, por consequência lógica também não é crime para os libertários, por mais que não seja moral. Sendo que esse tipo de procedimento ser crime ajuda mais os ricos do que os pobres, vira até uma espécie de "justiça social" utilitarista.

O uso das ruas também entra nesse tipo de situação pois as pessoas acham que podem tomar parte de bloqueá-las, mesmo sem violência. Levando em conta que as ruas não tem dono, elas realmente podem, isso não seria verdade no país libertário pois lá tudo seria privatizado e apenas o dono poderia decidir que tipo de ação seria tomada em sua rua.


Liberdade de Rádio e Televisão

Deixar o controle desse tipo de mídia para o estado pode ser muito perigoso. Eles não criam um controle a partir da instituição da propriedade privada, o que cria brechas para escolherem que tipo de conteúdo passará, escolhendo assim aqueles que mais lhe agradam. Rádios libertárias já foram destruídas pelo estado nos EUA. O problema das ondas de rádio se interferirem pode ser resolvido pela propriedade privada, pois seria definido por contrato qual seria a frequência de determinada rádio e defendida pelo juiz em tribunal caso alguém não seguisse a regra.


Pornografia

Não cabe a lei dizer o que é integro ou não. Pornografia, por mais que seja algo nada saudável, não pode ser proibida por esse tipo de motivo, já que não existe violência contra alguém. Argumentos utilitaristas usados por certos conservadores como a possibilidade de um homem se tornar violento com mulheres não servem de motivo, pela mesma lógica deveríamos prender pessoas de grupos sociais que estão mais propensos a cometer crimes, como os mais pobres ou de etnias variadas. As palavras do autor encerram a discussão: Por vezes parece que o beau ideal de muitos conservadores, bem como o de muitos progressistas, é colocar todas as pessoas numa jaula e coagi-los a fazer o que conservadores ou progressistas acreditam ser moral. Seriam, obviamente, jaulas de estilos totalmente diferentes, porém continuariam sendo jaulas. O conservador baniria o sexo ilegal, drogas, jogos de azar e o desprezo pela religião, e coagiria todos a agirem de acordo com suas versões de moral e comportamento religioso. Já o progressista baniria filmes violentos, a publicidade antiestética, o futebol e a discriminação racial e, em casos mais extremos, colocaria todos numa “caixa de Skinner” onde seriam governados por um ditador progressista supostamente benevolente. O efeito, no entanto, seria o mesmo: reduzir todos a um nível sub-humano, e privar todos da parte mais preciosa de sua humanidade — a liberdade de escolher. Além de que proibir atos imorais tiram a possibilidade das pessoas serem morais por não fazê-lo.


Leis Sexuais

A ação do estado em privar as pessoas de atividades sexuais acabam criando problemas. Um deles foi observado após a proibição dos bordéis, o que acabou criando um mercado negro da prostituição, diminuindo a qualidade do serviço e enchendo de perigo para os clientes e para as servidoras.

Para o autor, o estado proibir o aborto é um erro ético, pois é apenas do interesse da mulher saber o que pode ou não permanecer em seu corpo. O autor acredita que, mesmo que o feto seja considerado um ser humano depois de determinado tempo, se a mulher não querer um ser que apenas lhe causa sofrimento ela pode tirar. Alguns libertários são contra essa ideia, pois a ação positiva para acabar com a vida de alguém é crime caso esse não tenha a intenção de fazer mal. No caso da gravidez isso é ainda mais acentuado, um útero não pode ser elemento de discussão sobre se um ser vivo está vivo ou não. Seguindo essa lógica, poderíamos tirar do nosso avião alguém que começasse a ser "incomodo" depois de um tempo, mas que você se expôs ao risco de deixar entrar.


Escutas Telefônicas

Sendo o único argumento para o uso de escutas telefônicos aquele que diz que a segurança de todos aumentará, isso cria a possibilidade de criarmos um departamento com milhões de pessoas apenas para investir a população toda. Isso por si só é um crime maior que o que será supostamente cometido pelos outros.


Jogos de Azar

Os argumentos aqui são os mais falaciosos. Primeiro que para proibir de verdade os jogos de azar, qualquer aposta que seja, precisaríamos de uma Gestapo global onde as pessoas se denunciariam entre si. No entanto, em geral os crimes de jogos de azar só se comentem quando tem elementos como roleta e cavalos, não existe um motivo para associar esses elementos físicos a qualquer coisa maligna, mas assim faz o estado.

Curiosamente o estado cria seus próprios jogos de azar, em casas que tomam ar de lugares sacrossantos. Se o argumento é apenas utilitarista, pois as pessoas gastarão o seu dinheiro que deveria ser aplicado em melhores coisas, porque então não proibir o consumo em televisões luxuosas, comidas caras etc?


Narcóticos e Outras Drogas

Novamente o argumento é apenas na suposição de que as pessoas estão mais propensas a cometer crimes quando usam ou estão viciadas em narcóticos. Se for assim, deveria se proibir o álcool, que também é um narcótico e causa mais crimes que aqueles que apenas deixam as pessoas tranquilas. O fato de viciados cometerem crimes para comprar mais droga é justamente pelo fato da proibição, que cria drogas mais caras e com subprodutos mais viciantes e de menor qualidade.

O corpo de uma pessoa e o que ela ingere é de responsabilidade apenas dela numa ética perene no tempo e no espaço. Proibir a pessoa de estragar a própria vida é apenas ditadura, não uma ação moral. Se assim o fosso, deveríamos obrigar as pessoas pararem de comer comidas gordurosas e tomar vitaminas.


Corrupção Policial e Leis de Armas

Em geral essa corrupção serve apenas para girar a engrenagem do comércio. Esse tipo de crime cai no escopo de um "malum prohibitum" que é um tipo de crime que só se tornou-se um pois o estado implicou essa categoria, para as pessoas comuns não há nada de mau.

As armas são demonizadas por progressistas. Mas, em termos éticos, seu uso é liberado, afinal de que adianta ter o respeito a propriedade privada se você não pode defendê-la. Kates, na década de 70 fez estudos nos EUA mostrando que a maioria daqueles que presa pelo uso de armas são pessoas em comunidades onde a polícia não tem mais ação, pessoas de grupos sociais que não conseguem empréstimos para lidar com seus comércio e aposentados, que devido a ideia e a condição financeira, depende de armas para se defender. A cada passo contra a posse de armas, a subsidiariedade entre as pessoas diminui. Hoje é muito mais provável que alguém não ajude seu vizinho caso esse esteja sendo assaltado por medo de represálias devido ao fato de não poderem se defender já que não tem armas. Se queremos uma sociedade colaborativa, é a partir desses passos de liberdade individual que ela ocorrerá.


Capítulo 7 - Educação

Educação Pública e Obrigatória

Por anos a educação não era obrigatória, mas foi só o estado crescer que eles começaram a utilizá-la como ferramente para sua manipulação. Curiosamente os esquerdistas estão certos quando dizem para "deixar os alunos em paz" e eles fugirem da escola. Afinal, acreditar que educação é apenas o que se aprende na escola e não o que se tem com a família, amigos e outros meios de comunicação, é o mesmo que dar o atestado de única fonte de conhecimento apenas para o estado.

Sendo a educação algo que tem que alcançar todos e deixá-los no mesmo nível, o que acaba acontecendo é que os bons alunos vão abaixar seu nível para que todos consigam se igualar.

Historicamente a educação iniciou como um projeto de acabar com ideias contrárias a do governo vigente. Isso aconteceu na Alemanha de Martinho Lutero, onde as escolas sobre a égide do estado e da igreja protestante, serviam como armamento para a "guerra contra o demônio" judeu, católico etc. As pessoas eram convidados pelos calvinistas, no início da história dos EUA, a denunciar seus vizinhos que não deixavam seus filhos no colégio.

A escola, para Mises, sempre estará voltada a questões politicas já que são esses que fazem suas ementas. Isso é reforçado por Lutero quando ele diz que a "sociedade" não pode ser privada de benesses devido a escolhas educacionais do "individuo". Para finalizar, é bem ilustrativo o fato de que os maiores apoiadores da educação compulsória no começo do século XX nos EUA fosse a Kun Klux Kahn.


Uniformidade ou Diversidade?

Um experimento mental pode ilustrar bem o absurdo que é uma escola estatal. Caso existisse a ideia de imprensa livre num país (levemos em conta que imprensa é um meio de se educar), seria um absurdo que boa parte da renda de impostos de um país fosse destinado apenas a essa imprensa especifica do estado. E obviamente, já que é algo que envolve tanta renda, os burocratas escolheriam a dedo o que sairia ou não sairia nesses jornais. Além disso as pessoas seriam obrigadas a ler esses jornais, com pena de ser presas e mortas caso não aceitassem ler. Para escola acontece o mesmo. Nas palavras de Isabel Paterson: sistema educacional controlado politicamente inculcará, mais cedo ou mais tarde, a doutrina da supremacia do esta do,

Dessa compulsão por ensino publico, surgiu outras compulsões como transporte publico para as crianças e concursos públicos onde a formação é mais relevante que a competência.


Fardos e Subsídios

As pessoas assumem que coisas como educação são diretos das pessoas. Mas filosoficamente um direito é algo que uma pessoa pode fazer por ela mesma. Qualquer coisa diferente disso implicaria numa ética que não é perene. Assim, a partir do momento que se supõe educação como um direito, as pessoas teriam o direito de forçar as outras a ensiná-las, ou pagar por sua educação, o que é um erro. Se o governo pode forçar isso, ele imoralmente também regulará de acordo com seus ditames, o que cria uma educação politizada.

Parece, para esses burocratas e amantes do estado, que as pessoas não podem aprender por conta própria. Pessoas sem educação formal escolar aprendem tão bem ou até melhor todos os tipos de serviço, principalmente os manuais. Permitir os jovens de fazer esses serviços em detrimento da educação forçada seria bom para todos.


Educação Superior

Aqui o próprio estado se contradiz, pois quanto mais universidades estatais existem, mais se observa a redistribuição das rendas dos mais pobres para os mais ricos, afinal, a maioria dos que fazem universidade pública são filhos dos mais ricos de determinada classe. Isso ocorre até mesmo, de acordo com Thomas Sowell em seu livro "Ações afirmativas ao redor do mundo" quando inserida a ideia de cota: é sempre os mais ricos da classe baixa, dos negros, das outras etnias etc que acabam entrando por esses programas.

A superestrutura governamental cheia de taxações e requerimentos para se abrir uma instituição de ensino superior acaba criando uma discriminação para com aqueles empresários menores que queriam entrar nesse ramo. É também curioso o fato de que muitas universidades, principalmente nos EUA, tem uma administração fideicomissária, ou seja, sem um dono privado. Isso acaba gerando uma falta de preocupação com o lucro, fazendo surgir profissionais desinteressados e baixa produtividade acadêmica.


Capítulo 8 - Bem-estar social e o Estado de Bem-Estar Social

O Porquê da Crise do Bem-Estar Social

O autor cita vários dados para a cidade de Nova York que mostram que o estado de bem-estar social proposto lá é muito custoso e impossível de se sustentar: de 1955 a 1976 — anos de grande prosperidade — o número total de pessoas que dependiam do bem-estar social quintuplicou, de 2,2 para 11,2 milhões. De 1952 a 1970, a população de crianças de 18 anos ou menos aumentou 42%; o número das crianças que dependiam do bem-estar social, no entanto, aumentou 400%. O número da população permaneceu estagnado, porém o número de pessoas que recebiam o auxílio social na cidade de Nova York pulou de 330.000, em 1960, para 1,2 milhão, em 1971.

Citasse que esse tipo de projeto é para diminuir as pessoas que estão na linha da pobreza. Mas curiosamente a riqueza no mundo só vem subindo, e na mesma proporção os que são atendidos por esses programas assistencialistas. Não se leva em consideração o fato de que, mesmo os mais miseráveis hoje em dia, tem condições de vida muito melhor que os reis de anos anteriores.

Outro fato importante é que, a partir do momento que esses subsídios são dados com facilidade, se cria uma situação na mente das pessoas que o recebem de vê-lo primeiro como um direito, e segundo como algo muito mais lucrativo do que receber apenas um pouco mais do que num trabalho produtivo porém chato. Cada vez mais pessoas estão recebendo esse tipo de auxílio em vários lugares do mundo, mas não é por isso que a vida delas mudou ou que o país, num todo, se tornou um lugar melhor. Caso comparemos a situação dos supostamente necessitados hoje em dia com aqueles em períodos de crise, por exemplo na década de 30, percebemos que hoje eles estão em situação melhor porém recebem muito mais auxílios.

As pessoas não levam em conta a questão da subsidiariedade da família, da comunidade e da igreja. Alguns fogem a essa regra como os mórmons, que tem uma superestrutura de independência de seus fiéis, eles são instigados de várias formas a não depender do governo. Algumas etnias como os albaneses e os poloneses veem o auxílio estatal como uma esmola, algo degradante, por isso não a aceitam. Ou seja, percebemos que a questão do bem-estar social é mais cultural que financeiro.

Os pobres, se mantidos nessa situação por essas ações afirmativas, acabam continuando com suas ações viciosas (alcoolismo, drogas, sexo desprotegido) e aumentando a quantidade de pessoas que comentem esses erros, tanto por influência (pois a vida nessa situação parece mais interessante a princípio) quanto tendo mais filhos, afinal de contas normalmente essas ações afirmativas estão associadas a quantidade de filhos.

Em especial a questão dos filhos é um problema, pois as pessoas nessa situação sempre usam como desculpa o fato de não ter onde colocá-los para poder ir trabalhar. Percebemos que essa falta de profissionais para cuidar dar crianças está associado com a ação estatal em regular e burocratizar essa profissão. Se uma pessoa ajudar alguém a cuidar dos filhos o estado não faz muita questão de taxá-la, mas a partir do momento que esse número de crianças sobe para a casa da dezena, sem duvida chegaram agentes estatais querendo cobrar inúmeros impostos que talvez não valham o risco de entrar nesse ramo.


Fardos e Subsídios do Estado de Bem-Estar Social

As politicas de estado de bem-estar social realmente ajudam os pobres? O autor mostra que todas as taxações que subsidiam ela na realidade piora muito a vida dos pobres. O objetivo desta discussão não é, claro, defender uma estrutura fiscal

“realmente” progressiva, uma verdadeira exploração dos ricos, mas apontar que o estado de bem-estar social moderno, que vem sendo elogiado por retirar grandes quantidades de dinheiro dos ricos para subsidiar os pobres, na realidade não faz nada disso. Na realidade, cobrar demais dos ricos traria efeitos desastrosos, não só para os ricos, mas para as próprias classes baixa e média, pois são os ricos que fornecem uma quantidade proporcionalmente maior de poupança, capital de investimento, espírito empreendedorista e financiam as inovações tecnológicas que levaram os Estados Unidos a ter, de longe, o mais alto padrão de vida — para a maior parte das pessoas — de qualquer país na história. Explorar de tal maneira os ricos não apenas seria profundamente imoral, mas também puniria drasticamente suas próprias virtudes: parcimônia, antevisão empresarial e investimento, que geraram nosso notável padrão de vida. Seria realmente como matar a galinha que põe os ovos de ouro.


O que o governo pode fazer?

O autor propõe algumas soluções baseados em argumentos lógicos e confirmados na prática. Primeiramente, deve-se levar em conta que a ideia de Soma Zero em economia é um erro. Ou seja, é sempre possível criar riqueza, ela não é fixa na humanidade. Assim, a forma de realmente ajudar alguém e como consequência ajudar o todo é quando investimos em soluções que aumentam a solução a longo prazo. Por exemplo, ao fazer caridade a alguém, você está mantendo o nível de riqueza, mas ao colocar essa pessoa novamente no mercado de trabalho, você aumenta a riqueza dela e da sociedade em geral pois agora mais uma pessoa se tornou produtiva.

Segundo, ao reduzir impostos, se reduz automaticamente gastos e ações governamentais que, categoricamente, prejudicam o desenvolvimento de empresários, este sim produtores. Tirar dos meios estatais profissionais importantes como engenheiros e cientistas, por exemplo os que criam softwares de verificar os impostos de renda ou mesmo aqueles que trabalham na área militar, colocando-os em áreas mais pacificas e produtivas, sem dúvida geraria mais riqueza.

Terceiro, reduzindo a redistribuição da renda dos pobres para os ricos, com impostos que vão para o ensino superior etc. E finalmente, o governo pode remover obstáculos diretos como o salário-mínimo, que tirá a possibilidade de microempresários darem empregos as pessoas. Também tirar alvarás para serviços simples como o de transporte, o que permite que mais pessoas vão aos seus empregos de forma barata e rápida. Os exemplos históricos são os mais variados, como nos EUA onde um empresário quis ajudar os negros pobres de Nova York e o governo fez de tudo para bloquear seus serviços que estavam competindo com os do estado.

A melhor maneira do governo ajudar os pobres, portanto — bem como o resto da sociedade — é saindo de seu caminho: removendo sua enorme e paralisante rede de impostos, subsídios, ineficiências e privilégios monopolísticos.

O Imposto de Renda Negativo

O estado de bem-estar social gerá problemas de ordem moral e econômicos. A partir do momento que você cria a ideia de "direito humano" associado a questões econômicas, alguns sujeitos se acham no direito de não trabalhar e receber uma determinada quantia, sem a qual eles estariam "abaixo dos níveis humanos de sobrevivência". Isso tem algumas consequências. Uma delas é que as pessoas que trabalham e ganham apenas um pouco acima daquele dinheiro que o governo garantirá a todos que não tem emprego, acabam perdendo o incentivo de trabalhar e serem produtivos. Assim, eles largarão seus empregos para ser sustentados pelo estado. Algumas pessoas ainda acham moralmente errado ser sustentadas, mas com o passar do tempo, devido a questões ideológicas, o sentimento na população vai mudando e cada vez mais essa esmola é vista como algo natural.


Capítulo 9 - Inflação e os Ciclos Econômicos: O Colapso do Paradigma Keynesiano

Economistas keynesianos, criadores da "macroeconomia" tem conceitos econômicos. diferentes da Escola Austríaca. Eles acreditam que o estado tem uma função de regular a economia e isso é benéfico. Ao aumentar a quantidade de papel-moeda, dizem os keynesianos, você estará "aquecendo" a economia e isso gerará riquezas (eles não explicam porque a multiplicação de papel colorido faria isso a priori). Porém uma série de crises não previstas por eles ocorrem, por vezes ocorrendo inflação e recessão ao mesmo tempo. Na economia classe um fenômeno como esse não poderia existir. Porém, mesmo com tantas falhas, a economia Keynesiana é famosa e utilizada por todos os governos que tem bancos centrais (que são a maioria). Isso não se deve a êxitos econômicos. gerais, mas sim a consequências. benéficas aos próprios gerentes do estado.


Dinheiro e Inflação

A explicação favorita para a inflação é a de que ambiciosos empresários insistem em aumentar os preços para aumentar seus lucros. Se esse for o caso porque os empresários não aumentam milhões de vezes o preço de seus produtos? Preço é aquilo que alguém pode pagar por um produto, assim, o que vai definir se alguém comprará algo é o estoque de dinheiro que está pessoa tem, obviamente com o preço apropriado do vendedor.

No decorrer do século XX o estado foi crescendo, e com isso surgiu o completo controle da moeda fiduciária. Antigamente esta era cunhada em prata ou ouro por indivíduos privados. Quando o estado percebeu o poder que teria quando tomasse conta dessa cunhagem, aos poucos foi entrando e proibindo outros de fazer esse serviço, criminalizando-o. Assim hoje o estado tem todo o poder, e de forma mais efetiva pois tirou de circulação ouro e prata como moeda, que eram de difícil extração, para simplesmente controlar o dinheiro da nação com papel-moeda, impresso nas impressoras do governo. Obviamente o governo usou muito bem desse poder, criando dinheiro para pagar suas dívidas e com isso diminuindo o poder de compra da sociedade.


O Federal Reserve e o Sistema Bancário de Reservas Fracionárias

O governo só não continua esse processo indefinidamente porque com o tempo as pessoas começam a desconfiar da inflação alta. Porém esse processo está cada vez mais entranhado na sociedade devido aos Bancos Centrais. Eles são os salvadores dos bancos normais. Estes também fazem parte da criação de dinheiro novo, pois cada vez que alguém empresta dinheiro, o banco se acha na razão de emprestar para um terceiro, criando dinheiro do nada nesse processo. É claro, se todas as pessoas resolvessem tirar o dinheiro ao mesmo tempo do banco, ele faliria, mas como isso nunca ocorre, o banco continua esse processo. Em lugares como nos EUA hoje em dia, a quantidade de dinheiro de verdade que um banco precisa ter em cofres é menos de 50% do que ele realmente empresta. Quando um banco está com dívidas ele então recorre ao Banco Central, que acaba imprimindo dinheiro para pagar o devedor. Sendo que esse primeiro banco devedor pode ter pego depósitos de dinheiro criado pelo próprio banco central, isso acaba gerando um ciclo sem fim de dinheiro que não existe e serve apenas para financiar projetos mal feitos do governo e de bancos.

Crédito Bancário e Ciclos Econômicos

Muitas teorias tentaram explicar as crises, em geral as mais famosas culpam o livre mercado, mas eles não explicam o aumento dos preços em períodos de crescimento ou a queda deles nos períodos de recessão, nem o acúmulo maciço de erros que surgem repentinamente na forma de perdas graves quando este crescimento se transforma em retrocesso.

O primeiro que conseguiu explicar de forma geral os ciclos econômicos. Foi von Mises da Escola Austríaca. Ele mostrou, a priori, que a expansão do dinheiro bancário elevava os preços e causava inflação. Além disso, a expansão do crédito bancário não apenas eleva os preços, ela também abaixa artificialmente a taxa de juros, e manda assim sinais enganosos aos empresários, o que os leva a fazerem investimentos equivocados e antieconômicos.

Isso ocorre pois as preferências temporais das pessoas mudam em períodos de crise e de expansão monetária. Quando a expansão ocorre os empresários reagirão como fariam se suas economias tivessem genuinamente aumentado: eles procurarão investir estas supostas economias. Assim, eles cometerão muitos erros que não cometeriam se tivessem tomando cuidado devido a outros indicadores importantes do mercado. Bem de consumo e bens de capital acabam competindo pela preferência das pessoas, mas quando o estado age no mercado ele desnivela essa relação fazendo os empresários cometerem erros, que são citados por eles no período de crise, sem entender por que cometeram.

O motivo desse problema normalmente não se resolver de forma rápida. É que os períodos de expansão econômica seriam, de fato, muito

pouco duradouros (digamos, alguns meses) se a expansão do crédito bancário e a consequente diminuição das taxas de juros para níveis inferiores às do mercado livre fossem algo que ocorresse num só golpe.

Assim, diferente do que os keynesianos pensam, a única forma do governo ajudar a sair de uma crise é não fazendo absolutamente nada. Cada vez que ele entra como um individuo do mercado e desnivela devido a sua segurança de manter seus níveis econômicos. Graças aos impostos das pessoas, ele acaba destruindo a economia. Assim, deve estar claro que a análise austríaca dos ciclos econômicos combina perfeitamente com o ponto de vista libertário em relação ao governo e a uma economia livre.

Capítulo 10 - O Setor Público, I: O Governo como Empresário

O autor propõe algumas soluções mercadológicas para serviços que o governo normalmente toma o monopólio. Esse monopólio acaba criando situações bizarras, como o governo proibir as pessoas de circulas em suas ruas, cobrar deles que economizem água ou prender quem frequenta parques violentos a noite.

As empresas privadas não tem esses problemas, elas sempre querem servir mais clientes para lucrar mais. Elas também não cogitam a necessidade de cobrar mais impostos para fazer esse tipo de serviço. O monopólio significa que o serviço oferecido pelo governo será bem mais caro, mais custoso, e de pior qualidade em comparação ao que seria no livre mercado. Empresas privadas obtêm seus lucros cortando custos o máximo possível. O governo, que não vai à falência e nem sabe o que é ter prejuízos, não precisa cortar custos; como ele está protegido contra qualquer concorrência e contra qualquer prejuízo, tudo o que ele precisa fazer é interromper o fornecimento dos serviços ou simplesmente aumentar preços.

O governo, por não ter concorrência, não pode fazer o cálculo econômico, assim comete muitos erros na hora de organizar seus serviços e seus custos, fazendo assim um serviço de menos qualidade e mais caro. Somente com a abolição dos serviços públicos que esse tipo de problema acabará.


Capítulo 11 - O Setor Público, II: Ruas e Estradas

Protegendo as ruas

A proteção fornecida pela polícia não é efetiva. E o calculo econômico faz parte desse problema. Afinal, se não tiver uma ação mercadológica para que, em determinados lugares com mais comércio, tenham mais segurança. Um exemplo de sucesso dessa segurança privada foram as ferrovias americanas.


As regras das ruas

A discriminação é necessária na sociedade libertária. Mas, por mais que ela seja ética, pode não ser moral em algumas situações, assim as pessoas poderiam criar certos boicotes a quem não se comporta como o esperado moralmente. Ao criar certas discriminações, é provável que os empresários criem problemas para si mesmo, pois não venderão para qualquer pessoa.

Alguns problemas que as pessoas podem citar que aconteceriam em ruas que não são centralizadas pelo governo seria a escolha aleatória de cores e sentidos para as ruas. É claro que isso seria resolvido, pois os donos das ruas não vão querer que aconteçam acidentes em suas vias, assim, eles se organizarão para deixar tudo na mesma ordem. Isso ocorreu historicamente nas ferrovias americanas, onde os donos usavam as ferrovias um do outro com eficiência e resolveram a questão dos 24 fusos horários americanos, o que facilitou as viagens.


Precificando ruas e estradas

Diferente das ferrovias, que foram feitas e por entes privados, as estradas tiveram gordos benefícios frutos de impostos. Assim, perdeu-se uma concorrência saudável, o que fez essas estadas tomarem conta das grandes cidades americanas.

Por mais que se imagine o contrário em algumas situações, a tecnologia e boas ideias sempre resolvem as questões que parecem intrínsecas ao estado



Capítulo 12 - O Setor Público, III: Polícia, Lei e os Tribunais

Proteção Policial

O governo não tem uma maneira racional de alocar recursos de segurança. Por não existir uma demanda natural, não se sabe qual terá que ser a oferta. Isso não ocorreria numa sociedade libertária, onde as pessoas pagariam pela quantidade de segurança que querem. É o que ocorre com aqueles que tem muito dinheiro no mundo atual, por exemplo, e contratam segurança particular.

Quais leis deveriam ser realmente aplicadas? Isso seria definido pela Lei Natural, onde a jurisprudência seria feita por particulares. Muito provavelmente as empresas de seguro cuidariam também da segurança pois elas são as mais interessadas que a lei seja cumprida, afinal, na sociedade libertária a pessoa não seria apenas fisicamente removida, como também teria que recompensar aquele que sofreu seu crime.

A "justiça social", que na verdade é a ajuda coercitiva a pobres que todos que pagam impostos tem que dar, seria feita por subsidiariedade social. Surge a duvida de que, não existindo um órgão central para definir quem está certo ou errado numa questão judicial, pode existir guerra entre duas agências. Isso é verdade mas comparada as guerras que os estados fizeram surgir, esse medo é no mínimo estranho. E seria de comum acordo entre as agencias que isso não ocorresse, na justiça libertária as pessoas se organizariam para que no máximo em duas instancias, aquela do réu e da vítima, decidissem sobre o andamento da situação judicial.

Os Tribunais

Como os tribunais poderiam empregar força num mundo seu governo? A arbitragem privada seria a força de decisão, e quem faria os julgamentos seria escolhido da mesma forma que hoje se escolhem profissionais de outras áreas para determinados serviços, ou seja, a partir das qualidades do mesmo. Juiz de maior qualidade seriam requisitados. Caso as pessoas não sigam as leis em situações mais brandas, o simples ostracismo resolveria.


A lei e os Tribunais

Já houve sociedades praticamente libertárias, como a irlandesa, e elas funcionavam bem sem a ação de uma organização central. As pessoas escolhidas para tomar algumas decisões importantes, os brehons, não se envolviam na fase da aplicação das decisões, que era decidido aos indivíduos privados na disputa.


Protetores Criminosos

Sabemos que crimes aconteceram nessa sociedade libertária, essa é a natureza do homem, por mais que alguns filósofos digam o contrário. O o que manteria os bons profissionais da segurança e justiça funcionando seria a concorrência, caso eles não o fizessem, não seriam contratados e sairiam do mercado.


Defesa Nacional

Supondo a situação mais grave, que é um estado-nação atacando uma sociedade libertária, faz sentido acreditar, até mesmo por dados históricos, que seria ruim para o atacante. Numa sociedade libertária não existe questões como nacionalismo, porém, dominar uma sociedade onde o indivíduo é absoluto se torna uma situação complicada. A própria Irlanda demorou para ser dominada justamente por isso.


Capítulo 13 - Conservação, Ecologia e Crescimento

Reclamações Progressistas

Após a história da humanidade ser escrita em cima de peste e pobreza, finalmente a iniciativa privada conseguiu criar uma situação onde as pessoas conseguiam ter uma vida confortável. Porém os progressistas arrumaram um jeito de estragar esse clima bom. Primeiro, começaram a falar sobre a alienação no trabalho, e que as pessoas se tornaram sem espírito. Até que arrumar uma forma de culpar os problemas ecológicos ao empreendedorismo das pessoas. Para eles apenas o estado conseguiria controlar todo esse mal criado pelos capitalistas malvadões.


O Ataque à Tecnologia e ao Crescimento

Atualmente o mesmo território comportas diversas centenas de milhões de pessoas, todas vivendo num padrão de vida infinitamente mais alto — e o motivo é a indústria e a tecnologia moderna. Diferente do que alguns estatistas como Thomas Malthus dizia. Ele afirmava que a única forma da humanidade não ser extinta era erradicando parte da população pois não haveria alimento para todas as pessoas, sendo que elas se procriavam em escala geométrica, e a riqueza apenas em escala aritmética. Acima disso tudo, vemos que o estado não é uma boa forma de resolver o problema. Ele por si só tolhe a possibilidade de grandes intelectuais usarem sua energia e riqueza para o bem. criando toda uma situação de dependência de políticos, levando a riqueza para eles em vez de pessoas produtivas. E tirando a produtividade daqueles que poderiam ajudar, como cientistas e engenheiros, que acabam trabalhando em situações militares e não para o bem do mercado (e em consequência, para a população).


Conservação de Recursos

É verdade que diversos recursos naturais específicos sofreram um esgotamento, tanto no passado quanto agora. Mas, em cada um dos casos, o motivo não foi a “cobiça capitalista”; pelo contrário, o motivo foi o fracasso do governo em permitir a propriedade privada dos recursos — resumindo, o fracasso na adoção da lógica da propriedade privada até suas últimas consequências. Algumas situações são exemplos disso, como as florestas, mas em especial os mares, que por não ter nenhum controle privado, acabam sendo totalmente poluídos e não acrescentado nada a produção de riqueza, em comparação com outros pontos do meio ambiente


Poluição

O estado não conseguiu criar qualquer tecnologia para lidar com a poluição. O estado máximo, o socialismo, por sinal foi um dos maiores poluidores da histórica recente da humanidade. Apenas com a iniciativa privada querendo cuidar desses pontos é que haverá respeito,senão, continuará a tragédia dos comuns. Como o estado não faz punições serias a quem polui, a tecnologia não se moldou a isso, então o que acontece ´q eu em certos pontos a tecnologia evolui para o bem-estar das pessoas, mas nesse, onde não há nenhuma coerção por comportamento antiético, ela continua precária. O estado baniu qualquer forma de punição por ação coletiva contra a poluição. Os argumentos são os mais bobos, normalmente utilitaristas, do mesmo estilo usado pelos antiabolicionistas.

Algumas soluções conservadoras para o problema passa desde Ayn Rand, que acha que apenas destruir com o socialismo resolveria o problema, o que não é verdade, até Milton Friedmann, que cita a necessidade de um estado para regular o "custo e beneficio" da decisão social associada a poluição.

Assim, quando examinamos a situação por trás das confusões e da filosofia doente dos ecologistas modernos, descobrimos um importante caso sólido contra o sistema existente; porém o caso não é contra o capitalismo, a propriedade privada, o crescimento ou a tecnologia em si. É um caso contra o fracasso do governo ao permitir e não defender os direitos da propriedade privada contra a sua invasão.


Capítulo 14 - Guerra e Política Externa

"Isolacionismo," Esquerda e Direita

“Isolacionismo” tem um tom direitista; “neutralismo” e “coexistência pacífica” soam esquerdistas. Sua essência, no entanto, é a mesma: a oposição à guerra e à intervenção política entre os países.


Limitando o Governo

A ideia é impedir que o governo aja no exterior, assim como tentamos impedir que ele aja aqui. O isolacionismo, ou a coexistência pacífica, é o equivalente na política externa da limitação severa do governo dentro de um país.

Do ponto de vista libertário, a guerra, ou seja, a ideia contra esse pacifismo libertário, é o maior dos crimes, pois nele, além de toda coerção sobre as pessoas para manter a guerra com impostos, também existe a coerção para que pessoas deem a vida por motivos nacionalistas sem a intenção de fazê-lo.

A guerra no passado não tinha essas linhas tão totais, de envolver todo o povo. Ela normalmente era dada entre mercenários de seus respectivos governos. Ela era tão pequena em danos que as pessoas a assistiam como um evento esportivo. Hoje, uma guerra envolve categoricamente todos os civis, um exemplo são as bombas atômicas. Essa violência é inerente ao estado, pois seu surgimento é sempre associado a grupos violentos que tomaram o poder a força em suas respectivas localidades.


Política Externa Americana

A proposta libertária é que seus partidários façam pressão interna externa para que os governos em que vivem não aumentem seu poder. Isso não ocorreu nos EUA, por exemplo, pois neste país a sua ação imperialista só aumentou no decorrer do século XX.

Os EUA se viam como o bastião do que é certo e civilizado, colocando essa aura quase mistica, ganharam o apoio da população para intervir em países do pacífico, como o Vietnã, ou mesmo do ocidente como Cuba.

Chamar os EUA de imperialista é tido como uma tática da Nova Esquerda, mas mesmo um conservador ou liberal que acredita no laisse-faire percebe que essa atitude americana não segue regras éticas e econômicas sensatas.


Críticas Isolacionistas

O liberal clássica Garet Garret resumem a ação de um país imperialista e concluem que os EUA é o maior deles, nas palavras do autor: Em seu panfleto, Garrett esboçou os critérios, os indicadores que revelavam a existência de um império. O primeiro é o domínio do poder executivo, um domínio refletido na intervenção não autorizada do presidente na Coreia. O segundo é a subordinação da política doméstica à política externa; o terceiro, a “supremacia da mente militar”; o quarto, um “sistema de nações satélites”; e o quinto, “um misto de jactância e temor”, uma jactância de um poder nacional ilimitado combinado com um temor contínuo, o temor do inimigo, do “bárbaro”, e da desconfiança para com estes aliados satélites. Garrett descobriu que cada um destes critérios se aplicava integralmente aos Estados Unidos


Guerra como Saúde do Estado

A guerra e suas consequências, como a bomba atômica, mudaram totalmente a concepção de estado. De uma versão laissez-faire, ele se tornou, após a primeira guerra mundial, um Leviatã que só aumentou desde então. Uma das consequências é a necessidade por estado criada em determinadas regiões ou áreas do mercado, principalmente aquelas associadas com questões militares e espaciais.


Política Externa Soviética

O que se esperava da União Soviética após a Segunda Guerra Mundial, uma busca por dominação completa e mudança do paradigma social para o comunismo, não aconteceu. Eles, como todo burocrata que chega ao poder, se apegaram a este, o que os fez perceber que uma luta pelo comunismo seria um erro. Isso explica a briga constante contra a china e principalmente a não agressão a Finlândia. Esse comportamento, obviamente não existia apenas em relação a União Soviética, mas sim entre quaisquer países comunistas.


Evitando uma História a Priori

os libertários e outros americanos devem se proteger contra uma história a priori: neste caso, contra a presunção de que, em qualquer conflito, o estado mais democrático ou que permite uma maior liberdade interna é necessariamente ou até presumivelmente vítima de agressão pelo estado mais ditatorial ou totalitário. Um exemplo dessa falácia é a Inglaterra, que é indiscutivelmente a uma democracia há centenas de anos mas mesmo assim teve atitude agressivas contra muitas nações


Um Programa de Política Externa

Para concluir a discussão, a plataforma primordial de um programa libertário de política externa para os Estados Unidos deve ser exigir que o país abandone sua política de intervencionismo global: que se retire, total e imediatamente, política e militarmente, da Ásia, da Europa, da América Latina, do Oriente Médio, de todos os lugares.

Desarmamento

O libertarianismo é totalmente contra a construção de bombas nucleares. É fato que elas inevitavelmente acertam civis que nada tem a ver com a briga de dois governantes, ou seja, elas são antiéticas. E que se argumentos utilitários como "impedir os comunistas" forem usados, que se deixe claro que cada individuo tem direito de escolher a ideologia que for para sua vida, por mais que ela seja uma ideologia falha.


Terceira Parte - Epílogo


Capítulo 15 - Uma Estratégia para a Liberdade

Educação: Teoria e Movimento

Educar os outros em relação ao mal do estado, da consistência e utilidade do libertarianismo é o primeiro passo para que este movimento de certo. Se educar também é importante, por isso rodas de discussão são essenciais, além de melhorar o conteúdo dos membros, também os deixa socializando, o que cria uma ligação que sentimentos ruins como solidão não irão ter força para tirar os membros do movimento.


Somos "Utopistas"?

É apenas focando no objetivo final, por mais radical que ele pareça para algumas pessoas, que se chegará a ele. Não é por pequenas mudanças que pessoas sairão de seu conforto e lutariam por algo. Isso explica o sucesso do comunismo, que mesmo sendo uma ideologia falha a priori e posteriori, ainda tem seguidores febris. O conservadorismo clássico perde força no decorrer dos anos justamente por não oferecer uma filosofia politica consistente, mas apenas a prática do status quo.

O gradualismo, por vezes defendido por alguns libertários, é um erro. Percebemos isso claramente quando o colocamos em relação a escravidão. Tem-se todos os motivos utilitários para ela continuar, mas é apenas a defesa da abolição imediata que temos uma atitude época.

Podem afirmar que o libertarianismo é utópico. Bem, essa informação não leva em conta que ele já funciona, na medida que é funcional (onde o estado não atua). Também ocorre que é uma utopia acreditar nesses sistemas políticos que estão há centenas de anos em vigência e não resolvem os problemas da população, e em especial não fazem parte da Lei Natural.

O comunismo, para ser funcional, acredita no Novo Homem Comunista. Mudar a natureza do homem sim é uma utopia. No libertarianismo somos conscientes da falibilidade da natureza humana, por isso se segue a risca a Lei Natural.

Para o autor, qualquer tipo de avanço para a liberdade é válido, mas deve ser feito com dois cuidados: (1) que, quaisquer que sejam as exigências transicionais, o fim derradeiro da liberdade deve ser sempre sustentado como a meta desejada; e (2) que nenhum passo ou meio deve contradizer, explícita ou implicitamente, a meta final. Se não for o caso, e proporem por exemplo, um avanço gradual no corte de impostos, já estaríamos fora do escopo da luta libertária, pois se um libertário apoiar esse gradualismo ele estará, automaticamente, negando que mudanças mais bruscas aconteçam nesse período de tempo.


A Educação é Suficiente?

Todas as pessoas podem ser afetadas pela ética libertária, porém, faz muito mais sentido levar essas ideias aqueles que sofrem perjuras do estado, ou seja, aqueles que não estão lucrando com ele.


Que Grupos?

É um erro esperar qualquer avanço para a liberdade vindo dos grande empresários, afinal, eles são os que mais se beneficiam da ação do estado, graças a seus incentivos mantidos por impostos, taxações, "direitos" que devem ser pagos aos trabalhadores etc. Assim, quanto mais o estado cresceu, mais os grandes empresários se apoiaram no estado para enriquecer, entrando em simbiose com ele. O microempresário então, que sente na pele a injustiça do estado é um bom grupo.

Os estudantes também o são, pois questões de liberdade individual (sexo, drogas etc) são sempre caras a estes.

É apenas numa situação de crise que o grupo maior, os assalariados, vão querer entrar no movimento. Esta crise está cada vez mais presente e maior, dessa forma, quando eles perceberem que estão trabalhando para ganhar papel sem valor, entrarão no movimento que respeitará o valor do seu trabalho.


Por Que a Liberdade Vencerá

Pode-se imaginar que, definido ao aumento do estado no século XX seja impossível que o libertarianismo vença. Acreditar nisso é cair na falacia marxista do "impressionismo". O libertarianismo a longo prazo vencerá pois apenas ele segue a Lei Natural e é baseado em logicas transcendentais solidas. Alguns podem argumentar que esse longo prazo será realmente longo, mas levando em conta mudanças drásticas que aconteceram na humanidade como a Revolução Industrial, onde as pessoas pela primeira vez tiveram riqueza suficiente para se procriar e evoluir individualmente, essa mudança pode estar mais próxima do que o maior dos pessimistas imagina.

Em especial não precisamos profetizar os males do estatismo, eles já estão a nossa porta. Keynes dizia que "no futuro estaremos todos mortos" por isso sua politica inflacionista não teria problemas. Bem, chegamos no futuro de Keynes e sofremos os problemas dessa expansão. O fundo de reserva da politica Laissz-faire se esgotou, não há mais riqueza para sustentar econômica e socialmente essa ação estatal.

Todos esses erros deixaram claro para o cidadão médio que não é com ações governamentais que virá a mudança. As pessoas não acreditam mais piamente no estado. Querem que leis que não envolvam vitimas seja abolidas, sem contar impostos e benefícios a políticos. Escândalos políticos. como o Watergate americano causam nas pessoas essa sensação de que não deve-se acreditar ou depender do estado, que a busca por salvadores é um erro.

É necessário que o libertário saiba observar essas crises e esboçar suas soluções para elas.


Rumo a um Estados Unidos mais Livre

O autor cita que são apenas os libertários que querem romper com todos os aspectos do estado progressista, e que o enorme sucesso do marxismo foi o fato dele usar elaborar um sistema poderoso. Para finalizar ele conclui: Todas as outras teorias e sistemas claramente fracassaram: o socialismo está minguando em toda a parte, especialmente na Europa do Leste; o progressismo nos atolou num pântano de uma série de problemas insolúveis; o conservadorismo não tem nada a oferecer além de uma defesa estéril do status quo. A liberdade nunca foi tentada integralmente no mundo moderno; os libertários agora propõem realizar o sonho americano e o sonho mundial de liberdade e prosperidade para toda a humanidade.

 
 
 

Comments


Faça parte da nossa lista de emails

  2018 - Os textos aqui expostos não representam a opinião do autor.

  • White Facebook Icon
  • White Twitter Icon
  • Branco Ícone Google+
bottom of page