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Nova Era e Revolução Cultural - Olavo de Carvalho

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 19 de ago. de 2021
  • 6 min de leitura

Atualizado: 22 de ago. de 2021



Nova Era e Revolução Cultural - Olavo de Carvalho


Introdução

A discussão se dará entre pensamentos caracterizados como de esquerda e de direita, o primeiro revolucionário, o segundo conservador. A esmagadora parte das ideias de esquerda contidas aqui não tem valor algum, e por isso são utilizadas e descaradas. Essas ideias tão pérfidas mais servem para a sabotagem do que para qualquer discussão filosófica.

Grande parte do poder dessa laia vem dos adolescentes, que ganham este antes de ganhar sanidade suficiente para saber o que é certo. A educação só é significativa se levar os que defendem a esquerda, como o Lula, para posições de poder.


Capra

Capra, o pensador que dá nome ao livro, propõe umas ideias consideradas da "nova era", uma espécie de misticismo moderno. Ele diz, por exemplo, que o futuro da humanidade se dá saindo dos combustíveis fosseis e passando para os solares, sendo a energia nuclear uma alternativa maligna. Capra é um pensador de esquerda, que segue toda cartilha onde qualquer ideia pré-estabelecida pode ser associada ao patriarcado se isso ajudar a causa revolucionária. Uma dessas ideias é o uso da lógica para resolver problemas: seus pensamentos são tão autocontraditórios que qualquer pessoa nota, porém isso é aceitável, uma vez que lógica é uma construção da burguesia.

Dentro do seu misticismo, ele cita a importância de se seguir correntes orientais. Ora, o mesmo filosofo que crítica o patriarcado utiliza de filosofias construídas com apenas o homem em mente e agente intelectual. Ideia por sinal também defendida por Marx.

Parte dos pensamentos destrutivos desse senhor, e de tantos outros, deriva do mecanicismo newtoniano, uma filosofia que reduz tudo que existe a movimentos calculáveis, notasse uma grande semelhança com o materialismo marxista. Esses escritos foram apresentados a comunidade europeia por Voltaire. Com o passar do tempo, ocultistas como Allan Kardec somaram isso a conceitos como a evolução darwinista iluminista e criaram religiões como o espiritismo, onde não temos muita diferencia de animais, a não ser nossa evolução espiritual, algo que eventualmente eles podem obter, ou obtemos sendo um deles etc. Isso derive no cientificismo atual, a negligencia de qualquer conhecimento que não seja obtido por meio de experimentos.

Essa gama de pensamentos do senhor Capra mostra sua ilogicidade, uma vez que ao mesmo tempo que ele defenda a física quântica como paradigma da nova era, ele sataniza a energia nuclear, que é a prática da física quântica. Ele também cita que trabalhos mais bem pagos são uma espécie de preconceito da burguesia, e cita monges e padres que em suas "pequenas sociedades" tem como trabalho mais digno o de limpar privadas. Capra não percebe que é justamente porque fora do monastério essa atividade não tem valor que dentro dela se torna a mais valiosa.


Gramsci

Gramsci pregou o que chamamos hoje de "marxismo cultura," ou seja, a obtenção do poder da esquerda pelos meios culturais, e não pela força. "A revolução gramsciana está par às revoluções leninistas assim como a sedução está para o estupro". O gramscinianismo prega que todos os elementos culturais que não servem a revolução são apenas maldades que os ignorantes que não são de esquerda fazem, que leva mal a eles e aos seus companheiros, somente os intelectuais podem tira-los dessa ignorância.

A missão de Gramsci é destruir as bases filosóficas do que é filosofia como construída por Aristóteles, que é a busca da verdade por independente da opinião de terceiros. Se sua missão for cumprida, varrerá da terra qualquer possibilidade da obtenção do conhecimento. A busca pela verdade será substituída pela concordância com intelectuais orgânicos do estado. Quando mais um homem é cego ao mundo ao seu redor, mais tenta muda-lo, e esse comportamento em especial funciona na mente dos brasileiros por nosso histórico positivista, neotomico e marxista.

O Brasil se torna independente justamente no século das ideologias, sendo assim muito afetado pelas de cunho esquerdista vindas da França. Porém, mesmo o positivismo já estava morto na Europa, não tendo no que se apoiar, os progressistas brasileiros acabaram encontrando apoio no comunismo soviético, e quando esse morreu, no chinês.

Como tentativa de refutação a influência de Gramsci, muitos citam que não foram influenciados por este. Porém, o gramscismo não é um partido político que agrega militantes, é apenas um conjunto de atitudes mentais. É esse pensamento que fez, por exemplo, na União Soviética, o crime de assassinato ser menos penoso que o de corrupção. Vida vale menos que o patrimônio do estado. Esses pensamentos obscuros e incompreensíveis do gramscismo causam estragos por serem sem logica, mas ser sem lógica não é um motivo para não ser tentado por aqueles que tem poder e vontade de controle (libidus dominandis). Isso sem falar dos efeitos colaterais secundários, como tornar ateus os pequenos burgueses.

Apesar de sua grande influência, foi apenas após os livros de Olavo que na década de 90 alguns poucos veículos da mídia fizeram questão de citar essa influência cultural.

Os militantes do PT não têm condição intelectual nenhuma de entender essa influência, apenas seguem a lavagem cerebral tal qual instrumentos de um experimento pavloviano. Despersonalizados, podem defender uma agenda de "Ética na Política" sabendo que quando tomarem o poder não a seguirão em absoluto (justamente o que aconteceu, e hoje em dia os petistas não se importam nenhum pouco em citar a importância da ética na política, mas sim tentam induzir a importância de elementos que são supostamente maiores que isso, como por exemplo não ser fascista). Gramsci fez uma espécie de lavagem cerebral em sua filha para que ela odiasse o capitalismo por meio de contas de fadas, se ele o fez com a própria cria, que tipos de ideias não colocaria na cabeça de desconhecidos?

O PT, antes de tomar o poder na década de 90, pagava para aqueles que deletassem parentes ou vizinhos em situação de corrupção, estatizando todas as relações pessoais, incentivando a delação e a destruição dos laços, transformando a todos em mercenários do estado.

As correntes de pensamento utilizadas por essa gente são sempre as historicistas, ou seja, a verdade é apenas a expressão do sentimento coletivo. O sujeito ativo do conhecimento não é a consciência, mas a coletividade. Ou seja, o importante não é provar uma tese, mas sim "mudar a consciência" das pessoas. O que nos diferencia dos animais é perceber o que é real ou inventado, mas as correntes da Nova Era e do pensamento progressista querem ignorar essas distinções, destruindo assim a autoconsciência reflexiva, nos tornando apenas robôs da verdade do estado e do coletivo, deixando completamente de lado o indivíduo, mesmo para verdades auto evidentes. Ideias como essa só podem funcionar sob a nevoa de desentendimento do gramscismo.


Apêndice I

O Comando Vermelho nasceu da relação entre bandidos comuns e presos políticos comunistas no presido da Ilha Grande. Muitos negam essa verdade, porém, se esses bandidos totalmente individualistas e desorganizados aprendem essas técnicas de forma passiva apenas ouvindo conversas laterais entre comunistas, então eles na verdade são grandes gênios das letras.

Em 90, quando um assessor do PT foi perguntado como seria um eventual governo, ele citou que seria "uma democracia popular e constituirá um aperfeiçoamento do capitalismo com vistas a um horizonte socialista". Usando para isso um estado forte, onde os tribunais responderiam apenas ao partido. Notasse que esse pensamento já se mostrou falho em todos os países que foi tentado, mas o Brasil é o pais do atraso. Aqui o islamismo, uma religião arcaica, ganha devotados entre os brancos, o positivismo depois de morto na Europa vira o elemento central no golpe da republica, o espiritismo, religião enterrada em todos os lugares do mundo aqui ganha louros de religião oficial. Tal como dizia Gramsci, "o partido é o novo Príncipe" e a verdade deve apenas servir ao poder.


Apêndice II

Após várias obras de sucesso, o autor sempre é perguntado "A qual ideologia serve". O pressuposto dessa pergunta é que não se pode criticar uma ideologia sem servir outra. Isso responde a um ponto de vista historicista e sociológico da epistemologia, onde toda a verdade é apenas a expressão de alguma ânsia coletiva, ignorando totalmente o elemento individual na busca do conhecimento. Como cita Olavo: "A monstruosa inversão que submete o juízo da consciência individual ao critério das ideologias coletivas provém de uma mutilação da mente moderna, incapaz de atinar alguma "universalidade" que não seja meramente quantitativa, reduzida, portanto a generalizada e, em última analise, a validação puramente estatística. Como de outro lado toda prova estatística pressupõe a validade universal das leis da aritmética elementar, cujo fundamento é a evidencia apodítica somente acessível a consciência individual, o primado do pensamento coletivo repousa numa autocontradição pela qual nega sua própria validade". Ou seja, a democracia é o único elemento que define o que é verdadeiro.


 
 
 

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