O Contexto Histórico da Escola Austríaca de Economia - Ludwig von Mises - Resumo
- Canal Resumo de Livros
- 17 de mar. de 2020
- 3 min de leitura

O Contexto Histórico da Escola Austríaca de Economia - Ludwig von Mises - Resumo
Prefácio
Algumas exigências teorias da Escola Austríaca podem ser dadas por: O individualismo metodológico, o subjetivismo metodológico, as valorações subjetivas, construto de oportunidade, o marginalismo, estrutura de produção baseada em tempo e consumo, a soberania do consumidor e o individualismo político. Alguns desses pontos não são convergentes entre grandes nomes da Escola Austríaca, como Carl Menger, Mises e Hayek.
A importância, especificamente de Mises, para a Escola Austríaca, vem na teoria dos ciclos econômicos, que está associada com as taxas de juros: quando o banco central as abaixa, provoca distorções no setor de bens de capital, assim maus investimentos são feitos e uma recessão ocorre. Infelizmente, para toda a humanidade, Keynes ganhou a batalha de popularidade, e hoje as pessoas acreditam que a culpa dessas crises é devido ao livre mercado. A importância dos preços para o calculo econômico também foi sua proposta, onde ele provou que o cálculo econômico no socialismo é impossível, pois sem saber o preço real que deve ser pago por algo, investimentos errados novamente são feitos.
Alguns dos pontos que eles discordam vem da importância do estado na economia. Alguns deles, como Menger, acreditavam que o estado tem tanta importância para as pessoas que não se deve escapa a consideração da ciência econômica, enquanto Mises, por exemplo, propõe o fim de qualquer ação do estado no mercado.
Capítulo 1 - Carl Menger e a Escola Austríaca de Economia
Na Viena dos séculos XVI a XVIII não fazia esforço intelectual nenhum, nem para compreender bons autores nem para criar suas próprias ideias. Na Alemanha do século XIX ocorria o Segundo Reich, e esta dava os primeiros passos na ideia de controle estatal dos processos de mercado, o que influenciava todo o Império Austro-húngaro, ao qual a Áustria fazia parte. O economista Carl Menger começou a ganhar importância na política da época, o que começara o efeito da Escola Austríaca na economia da época.
Capítulo 2 - O Conflito com a Escola Historicista Alemã
A tendencia epistemológica da época era o empirismo, muito influenciado por John Stuart Mill e John Locke, ou seja, tentativa e erro para propor o que é certo. Isso vai totalmente contra o conhecimento da Escola Austríaca de economia. Esse procedimento prejudica a ação estatal pois eles não podem fazer suas "tentativas frustradas" que acabam beneficiando apenas os membros da alta cúpula. A economia é uma ciência a priori, que independe do lugar que foi escrita (o que irritava alguns alemães, estes que por vezes demonstraram ódio por mercadores, tradição que levou Hitler a ter um ponto contra os judeus, conhecidos por serem negociantes). Carl Menger então, no que foi chamado de methidenstreit, ignorou todo o conhecimento da Escola Historicista Alemã. Mises argumenta que os diferentes países, tradições etc criam pessoas com diferentes aptidões, todas sempre uteis no livre mercado. Ao fim da destruição intelectual da Escola Historicista, os únicos adversários eram os marxistas.
Desde Platão até os iluministas, sempre existiu um otimismo ao acreditar que viriam "tiranos benevolentes que criariam o sistema social perfeito. Esse avanço continuo criaria o céu na Terra. Esse é um erro psicológico facilmente refutável pela epistemologia da Escola Austríaca.
Capítulo 3 - O lugar da Escola Austríaca de Economia na Evolução da Economia
A grandeza do século XIX está na fácil aplicação das ideias liberais. Hoje, o estatismo e o socialismo estão colocando em cheque a construção da riqueza.
Posfacio
Mises afirmava que o homem não é infalível, o que vai ao encontro de sua teoria restrita em economia. Sua mente e sua razão tem limitações. Seguindo essa linha vemos um erro nas conclusões de Carl Menger para a economia. ele, erroneamente, acreditava que o "único' método seguro para vitória final da ideia científica, é deixar que toda proposição contrária tenha curso livre e pleno. Sendo assim, ter uma visão militante e ativa contra quem propõe ideias erradas não teria nenhuma utilidade. Isso causou a quase completamente morte a Escola Austríaca no fim do século XIX. A própria praxiologia escrita por Mises mostra que a ação humana tem um horizonte temporal finito, após determinado tempo os bens não tem valor. As próprias ideias econômicas certas podem ficar além do horizonte das pessoas.
Sendo assim, o autor do posfácio, Josephe T. Salerno, mostra algumas obras importantes e que moldaram a Escola Austríaca como conhecimentos hoje. Entre elas temos o Ação Humana de Mises, onde ele expõe as várias consequências praxiológicas na economia. Posteriormente, Rothbard fez várias adendos, sendo os mais importantes os livros "Man, Economy and State" uma versão melhorada do Ação Humana com novos insights econômicos e "Ética para Liberdade", com ideias completas sobre lei Natural e aplicação anarcocapitalista. Sem Rothbard, a Escola Austríaca, devido a influencia financeira, teria perdido todo o norte dado por Mises, que estava sendo esquecido devido a obra de Lachmann.
コメント