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O que deve ser feito - Hans-Hermann Hoppe - Resumo

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 15 de nov. de 2018
  • 6 min de leitura


O que deve ser feito - Hans-Hermann Hoppe - Resumo


O que deve ser feito: Trata-se de estratégias para se chegar a um modelo anarcocapitalista tendo em visa uma democracia vigente


Sociedade e Cooperação: O autor diz que, diferentemente do que Thomas Hobbes dizia, que as pessoas só não se matam porque existe o estado para bloquear esse instinto, isso é um erro. De acordo com Mises, a única coisa que faz existir cooperação entre as pessoas é o interesse próprio. A ideia de dividir o trabalho e conseguir melhoras resultados consegue então sobreviver melhor. Independente de ter um estado defender essa ideia. Tanto que numa família as pessoas se ajudam, e externamente também, pois não existe governo mundial mas pessoas de diferente países cooperam. Dentro dessa ideia que saiamos das cavernas e nos tornamos civilização.


Proteção e Estado: Como o estado surge? Normalmente sobre a ideia de lei e ordem, mas essas coisas nem sempre andam juntas. No velho Oeste americano por exemplo existiam lei e ordem sem existir um estado. As pessoas se defendiam individualmente. Em geral, as pessoas se organizam sozinhas para conseguir esses bens sem precisar de um monopólio. Mas quando existe um monopólio, diferentemente do Velho Oeste, se torna um monopólio. Compulsório, ou seja, é impossível não escolher ser defendido por essa gangue. Quando ocorre um monopólio. desse tipo, as pessoas que deviam defender agora se tornam agressores a propriedade privada, cobrando impostos por exemplo.

Como as pessoas deixam isso acontecer? Normalmente começa em lugares pequenos. Obviamente um estado mundial nunca começaria do zero. Após isso, essas pessoas que se tornam donas do monopólio. Surgem numa elite. Como em geral para controlar a sua segurança, as pessoas escolhem indivíduos competentes para isso, num monopólio. acontece o contrário. Não ocorrendo mais essa necessidade de competição mercadológica pela segurança, ela se torna mais cara e menos eficiente.


A Impossibilidade de um Governo Limitado: Quando se cria um monopólio., aumenta e extensificação e intensificação da exploração. A extensificação é o fato de que todos os governos tendem a se expandir, para que com isso consigam mais pagadores de impostos, e assim, conseguir mais dinheiro para seus planos. Isso tende a se tornar um governo mundial, pois as pessoas gostariam de sair de regimes assim (votar com os pés). Mas num governo mundial isso se torna uma impossibilidade. A exploração significa a maior cobrança de impostos com a passagem do tempo. Se, por exemplo, a imigração for eliminada, unindo países com, por exemplo, casamentos (num regime monárquico) novamente a segurança envolvendo essa nova nação fundida será de baixa qualidade e cara.


Monarquia vs Democracia: A ideia de uma monarquia ser melhor que a democracia surge pela questão do monopólio hereditário. Tendo em vista que numa monarquia a família que manda no reino terá as pessoas desse lugar como sua propriedade privada, esta tenderá então a fazer um governo que se preocupará com o longo prazo, não fazendo uma cobrança de impostos predatórias, pois assim seus membros poderão investir, ter mais lucro, e no futuro a família real ainda poderá receber os frutos desse empreendedorismo. Cobrando pouco agora, podem cobrar mais no futuro.

Em geral, o povo foi contra a monarquia pois viam a figura única do rei como governante, e se viam governados por ele. A monarquia acabou depois da primeira guerra mundial, mas o monopólio. da exploração não terminou. Em vez da monarquia temos parlamentos e presidentes, e diferentemente de um rei, o zelador (presidente) não é dono do reino, assim, ele tende a explorar mais a curto prazo do que um rei. A competição que existe agora não é de ser melhor, mas sim de ser mais agressor, tendendo a ter mais medidas que mexem com o dia a dia das pessoas.

Em geral, os reis viam de famílias oligárquicas e eram inteligentes e nobres. Os políticos, em geral, são demagogos, tendem a ser só pessoas que mentem melhor. Assim, a tendência de intensificação e exploração do estado aumenta.


Condições Atuais: O autor cita que no final do século XX o EUA era a única potencial e liderança. Alguns neoconservadores como Fukuyama dizem que esse é o fim da história, a social-democracia. Vemos que agora a lei negativa, onde as pessoas podiam se defender não funciona mais. Apenas a lei positiva regida pelo estado. As pessoas não tem mais direito de expulsar ninguém de suas propriedades privadas. O estado nos rouba mais que os bandidos (cerca de 50% da nossa verba em impostos). não podemos como empreendedores contratar quem quisermos, pois o estado reclamara de algum tipo de preconceito. Em vez de nos proteger o estado nos entregou. Empobreceu as famílias e fez elas girarem em torno da órbita do governo.


Estratégia - deter a doença estatal: Existem três passos para isso tirar a ideia de que a proteção da propriedade privada e a lei, justiça e imposição da lei, não são essenciais para qualquer sociedade humana. Pois as pessoas podem se defender por si próprios. Segundo é deixar claro que o monopólio de proteção da propriedade é a raiz de todos os males tal qual a expansão territorial. Assim, toda a tentativa de secessão deve ser apoiada. O terceiro é que qualquer tipo de monopólio. de proteção democrático deve ser rejeitado. A democracia deve ser ridicularizada. Com esses pontos podemos demonstrar que a proteção monopolizada irá criar um estado agressor.


Reforma de cima para baixo - Convertendo o Rei: No começo do século XX não existiam muitas democracias, então fazer a mudança para uma sociedade livre era mais simples. Era só mudar a cabeça do rei. Se o rei quisesse continuar com algum poder, teria que entrar num sistema livre de competição por defesa com agências de segurança. A maioria das pessoas buscaria esse tipo de agencia pois seguro e proteção privada são melhores, pois respeitam uma estrutura mercadológica. A competição entre varias seguradoras faria o serviço ser melhor estudo para cada caso, localidade, imóvel etc.

Não existiria assim um expansionismo, e as fronteiras estariam num fluxo constante. Seria normal dois vizinhos terem agencias de segurança diferentes tais quais eles tem seguros de incêndio diferentes hoje em dia. As armas de destruição em massa parariam de ser criadas pois elas não fariam sentido sendo que não há estados gigantes para serem atacados, as seguradoras promoveriam esse tipo e paz para não pagar muitos seguros por danos colaterais dessas armas.

Num regime democrático isso não aconteceria, pois o presidente não tem o poder centralizado a ponto de simplesmente mudar de opinião e o sistema politico de seu reino mudar. Num sistema democrático a mudança tem que vir de baixo para cima.


O desaparecimento das elites naturais: Num regime democrático, as elites naturais que sempre fizeram a sociedade evoluir moral e tecnologicamente não existem mais. Hoje, quem tem poder de voz ativa perante a sociedade bestializada são esportistas, políticos atores etc. Em especial os políticos só tem esse poder devido ao monopólio que um governo democrático faz surgir. Por si só em geral eles não tem qualquer habilidade intelectual para conseguir esse nível de atenção. Diferente de reis e príncipes, os políticos não tem qualquer linhagem intelectual distinta.


O papel dos intelectuais: Hoje, na democracia, o papel dos intelectuais é dado por pensadores e professores que concordam com o status quo do monopólio. Estatal. As universidades estão cheias de gênios que defendem essa ideia, pois esse é o tipo de profissional que um sistema baseado em dinheiro publico contrata. Em vez de se preocupar com tecnologias que façam bem a curto e longo prazo para a sociedade, essas pessoas recebem verbas milionários para estudar ciências humanas que só corrobora o sistema democrático. O primeiro passo para a mudança de mentalidade é se abster da educação estatal.


Uma revolução de baixo para cima: Como já discutido, uma mudança de pensamento de cima para baixo não é suficiente para mudar uma sociedade para um anarcocapitalismo, a mudança tem que começar no seio da sociedade. O segundo passo é estancar a verba para os intelectuais do estado, tirando toda a sua importância social. Neste momento instituições privadas que defendem a liberdade devem buscar profissionais que pensam da mesma forma. Porém, apenas lidar com a parte intelectual não é suficiente. começando pelo âmbito politico, deve-se promover candidatos que são pró-propriedade privada. Ainda no âmbito politico, deve-se abster de qualquer forma de apoio a pessoas que dependam da verba publica, como professores, juízes, policiais etc. Com o tempo o dinheiro que iria pro estado acaba não indo mais, diminuindo sua força. Assim, a propriedade que era publica voltará a seus reais donos, o povo que pagou por ela. Talvez a parte mais complicada neste momento seria lidar com a justiça, pois estamos acostumados a uma justiça centralizada no estado. Aqui, podemos buscar o exemplo de pequenas localidades de 100 anos atrás onde a justiça era dada pelas elites naturais., estes promoviam a paz local pois eram conhecidos e respeitados pela comunidade. Neste ponto, o governo federal poderia começar a se meter, ele estaria enfraquecido nas pequenas comunidades que agora começaram a nadar pelos próprios pes. Devido a sua característica nacional, o governo federal teria alguma dificuldade de se entranhar numa pequena comunidade. Aumentando o numero de comunidades livres, o governo. teria menos poder de fazer uma ação armada contra elas. A ideia a princípio é evitar confrontos de força, manter a luta na esfera jurídica, com os representantes pró-propreidade privada defendendo primeiro a sua comunidade em detrimento do estado.

Sem nenhuma colaboração com o estado, e obtendo uma massa critica de pessoas, pode-se então começar a desobediência à autoridade federal, assim o governo. Eventualmente irá abdicar de seu monopólio. da violência e a partir do momento que as decisões judiciais e de segurança poderem ser colocadas num nível puramente contratual, conseguimos então recuperar o poder de defender a própria propriedade novamente.

 
 
 

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