O Sofrimento Humano - Viktor Frankl
- Canal Resumo de Livros
- 19 de nov. de 2023
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O Sofrimento Humano - Viktor Frankl - Resumo
Prefácio
A psicologia de Viktor Frankl se baseia na premissa que são os fenômenos puramente humanos que nos caracterizam. O ser humano é espiritual, livre e responsável. Frankl e Lavelle concordam que apenas na liberdade não tem um sentido para a mesma, que nos tornamos humanos justamente na ação dessa liberdade. Sendo assim, o niilismo cresce quando nada nos atrai, e isso chama junto depressão e todas essas doenças modernas. O ser humano sempre está numa tensão de ser e dever-se e na busca de sentido. Ou seja, a vida tem sentido, e esse sentido está para fora do humano, por isso querer procurar o sentido da vida dentro de si é um erro, ele sempre está no outro.
Introdução: O homem em Busca de Sentido
A transcendência de si mesmo constitui a essência da existência humana. As doenças mentais relacionadas a felicidade começam quando a buscamos como um fim, diretamente, e não como um evento colateral de alguma ação. Por exemplo, os conflitos neuróticos associados a sexualidade, que se exacerbaram não devido a castidade "imposta" no passado, mas sim na atualidade onde a mesma está depravada. Percebesse então uma relação do vazio existencial com a carência instintiva e a quebra da tradição.
A Logoterapia é a linha psicológica que trata dos problemas associados a falta de sentido na vida. De certa forma é uma formulação elegante da vida do homem comum.
Os Descaminhos do Pensamento Psicoterapêutico
Muitas são as ideias materialistas da existência humana. No ponto de vista da psicologia, existe a ideia de que se o homem satisfazer seus desejos mais básicos será feliz. Mas sabemos por experiência própria que nenhuma plenitude surge quando essas satisfações ocorrem. O que ocorre, outrossim, é um vazio existencial. Instintos não são apenas mecanismos que buscam se autor realizar.
O homem realmente visa um fim ou só lhe interessa na medida em que favorece a autorrealização? O sentido só é verdadeiro quando é algo que "vem a mim". Não é nada que eu crio nem projeção de impulsos.
Na Fronteira entre a Psicoterapia e a Filosofia
É evidente para o logoterapeuta que o mérito do homem está fora do mundo material. O que nos diferencia dos macacos, por definição, é algo puramente humano. Tal qual uma mulher que vê o sentido da vida ao cuidar de um filho doente e desiste do suicídio, são elementos puramente humanos que nos fazem completamente diferente dos animais.
Monantropismo
O medo produz aquilo que se tem medo. Por exemplo, quando um rapaz tem medo de falar em público porque sua muito, ele começa a suar quando vai falar com alguém e fica com mais medo e mais suor. Por coisas assim a Logoterapia tem um papel relevante, o logoterapeuta ensina ao paciente a pensar "hoje vou mostrar a todos que vou suar mais que qualquer um" e esse pensamento um tanto contraditório e engraçado faz a pessoa parar de ter o problema.
Esporte como Fenômeno Humano
O homem não tende a evitar tensões, na verdade ele a procura, porém hoje ele encontra poucas tensões, por isso a cria. Muito disso se deve ao estado que com suas políticas de bem-estar social tiram das pessoas a oportunidade de se conhecer e conhecerem seu sentido de vida por meio do trabalho. O esporte é um desses veículos de criação de tensão por parte das pessoas. Elas liberam seu animalismo e ficam de fato frustradas uma com as outras. Porém, voltaram a agir como gente quando tiveram que ajudar uma pessoa que estava com seu carro atolado.
Nos fenômenos esportivos também é possível utilizar a Logoterapia, um atleta que fica nervoso na hora da prova, que esquece de se desafiar em vez de querer vencer os outros, pode usar da Logoterapia para lidar com a ansiedade antes das provas por exemplo.
Amor e Sexo
Um encontro é quando reconhecemos no outro o humano que há nele, ou seja, como o imperativo categórico de Kant, não podemos utilizar a pessoa como um meio, pois ela é um fim em si mesmo (n.a.: sendo as pessoas fim e não meio, talvez seja disso a necessidade de termos o nosso sentido da vida nos outros, não em si).
Porém a carência de sentido nas pessoas acompanha a visualização do outro como um meio, como acontece hoje em dia na sexualidade, que está cada vez mais deturpada, como já comentado, pois só se busca o prazer ou o status, e não a ligação humana única que essa relação pode trazer.
Argumento a Favor de um Otimismo Trágico
Frankl vivenciou os terrores de Auschwitz, e percebeu que as pessoas que melhor aguentavam a situação eram aquelas com um forte senso de sentido.
Como já dito, esse sentido é sempre associado com outro ser humano, sendo assim, seria a única forma de unir todas as pessoas do mundo um problema global? (N.A.: acredito que seja, pois, os poderosos usam coisas como aquecimento global, vírus e Ets para deixar as pessoas em uníssono). Podemos buscar esse sentido no trabalho, no amor, mas principalmente no sofrimento, em especial por causa de outra pessoa. É só o ser humano que pode transformar a tragédia em triunfo.
O homem incondicionado - Lições Metaclinicas.
A ética humana não se define como uma "média" de comportamentos. É algo que não se deixa moldar e que o homem não "tem de sê-lo," mas "deve sê-lo". O livro propõe demonstra que o homem pode existir como incondicionado, ou seja, como acima de sua condicionalidade.
Introdução
Onde deve estar a nossa psique? Vamos fazer uma investigação sobre sua natureza, se ela é material e assim pode ser encontrada em algum lugar do cérebro fisicamente e perceber a importância do vínculo de psique e espirito.
1 - O problema Corpo-Alma
Existem quatro categorias que podemos colocar as doenças: orgânicas (que podem ter origens somáticas), psicoses, neuroses e psicogênicas. Na época do livro se percebeu que de fato comportamentos podem alterar o corpo, ou seja, podem ser solução para doenças orgânicas. Numa pesquisa, momentos de alegria aumentavam o nitrato no corpo o que fazia uma melhor circulação do sangue.
Alguns cientistas queriam então explicar todas as dimensões do ser humano por meio apenas de materialidade. Mas isso se mostrou um erro, apesar que sempre há sinais materiais do Ser, como por exemplo quando ficamos rubro num momento de vergonha.
Sendo assim o que resta é que o Ser é algo como espirito. Porém muitas pessoas têm como objeção a existência de algo espiritual. Acham que tudo é matéria. Mas para isso é só contra argumentar que, a própria busca pelo verdadeiro e concreto que essas pessoas citam não existe como algo material. Nesse intento, niilismo e positivismo se relacionam.
2 - O Problema do Espirito
Uma das formas de se entender o Espirito é compreender o que ele compreende. O ser humano apreende a essência (Olavo de Carvalho). Platão já dizia isso ao definir os transcendentais, ideias inalcançáveis da perfeição de um conceito.
Filósofos desde Descartes sempre se espantaram com a ideia de que é impossível "sair da mente", ou seja, provar coisas que estejam do lado de fora. Essa pergunta é um erro, pois existe uma espacialização implícita na pergunta, algo que não existe uma vez que o Ser não é um ente material. Só podemos compreender outro ser porque este não é só espacial, é além e podemos nos complementar com o outro.
3 - O vir-a-ser do espírito
Na medida em que, por motivos práticos, nos aproximamos da teoria da interação psicofísica, não a derivamos integralmente a ela, justamente porque não é licito falar de um efeito real do físico sobre o psíquico. Mesmo em cirurgias onde um pedaço do cérebro é arrancado, as pessoas continuam com a sua personalidade.
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