Viagens aos confins do Comunismo - Theodore Dalrymple - Resumo
Canal Resumo de Livros
24 de set. de 2018
12 min de leitura
Atualizado: 4 de out. de 2018
Viagens aos confins do Comunismo - Theodore Dalrymple
Prefácio: O livro discorrerá sobre como é a vida em países que ainda mantêm o regime comunista, mesmo depois da queda da URSS. Dalrymple, entre os anos de 1989 e 1990 viajou para alguns desses países, levando em conta que provavelmente seria a última oportunidade para conhecer a vida das pessoas que sofreram em mãos de ditadores que os tratavam como máquinas em função do Estado. Ele cita que foi a esses lugares com uma visão negativa do comunismo, mas argumenta que neutralidade não é uma condição necessária para o conhecimento da verdade. Em contraste com o regime do politicamente correto vivenciado nas sociedades ocidentais contemporâneas, percebe semelhanças com o controle mantido pelo estado comunista nestes países que visitou.
Capítulo 1 - Albânia
O autor começa a análise com sua chegada ao aeroporto. As obras literais presentes no local estavam todas associadas ao regime comunista presente naquele local. Ao caminhar pelas ruas, percebeu a tristeza e pobreza nos modos do povo, pessoas andando com roupas simples e cabeças baixas, normalmente magros. Ao conversar com jovens do local, os mesmos os abordavam de forma simpática para que ele doasse sapatos ou relógios. Os visitantes da Albânia não tinham muita liberdade para conhecer o país, a maioria dos locais só podia ser acessado com a companhia de guias. Em poucas de suas andanças, pôde perceber que a cultura albanesa estava morrendo, tanto em qualidade quanto em quantidade. Boa parte dos passeios acompanhados pelos guias levava os turistas a museus. Estes contavam a história de Enver Hoxha, o líder comunista que venceu os nazistas (em nenhum dos escritos oficiais é citada a colaboração da URSS e dos EUA nessa batalha) e se tornou o grande ditador do país por 40 anos. Sempre apresentado como um herói nacional, Hoxha na verdade ajudou a afundar a economia do seu país e tirar toda a liberdade econômica e religiosa. Os únicos livros que eram realmente permitidos no país era a visão histórica do próprio ditador sobre a história. Ao conversar com algumas pessoas em um dos momentos livres da viagem, Dalrymple descobriu que toda a escassez de produtos e trabalho quase-forçado poderia ser tolerado, mas não o é por dois motivos: Saber que essencialmente nada irá mudar e ter que propagar mentiras sobre o regime. Os mesmos não podem fugir da Albânia pois a probabilidade de serem mortos na fronteira é altíssima, além das represálias que suas famílias e amigos sofreriam caso houvesse a tentativa. Ao passear por uma cidade com o ar claramente comunista (cheio de fuligem) alguns garotos o abordaram e o convidaram para entrar numa igreja que estava fechada. Ao pular seus muros, o autor percebeu como a milenar cultura cristã era tratada como lixo por indivíduos que se consideravam donos da razão. Alguns dos moradores da Albânia defendiam o regime, dizendo que Hoxha era realmente um gênio em todas as áreas possíveis do conhecimento, muito provavelmente esses indivíduos eram aqueles pequenos grupos dentro do regime comunista que conseguem ser "mais iguais que os outros". Ao ir numa fábrica têxtil com frases escritas nas paredes de louvor ao líder, percebia no rosto das costureiras a tristeza e a falta de vontade de trabalhar pelo regime. Logo antes de ir embora, Dalrymple ouviu histórias, contadas pelos próprios guias, de violência causada contra indivíduos que não eram a favor do regime comunista. Isso contrasta muito bem com os seus defensores ao redor do mundo: enquanto esses veneram os grandes líderes que promovem a igualdade nessas nações, milhares querem fugir e não podem, querem criticar o regime e são mortos por isso, querem ser humanos de verdade e no fim, acabam esquecendo como sê-lo.
Capítulo 2 - Coreia do Norte
O autor foi convidado a participar de um evento para jovens comunistas que ocorreria na capital da Coreia do Norte. Obviamente ele não é um comunista, mas foi chamado por ter trabalhado numa ditadura durante sua juventude. Logo no caminho até Pyongyang, Dalrymple pôde perceber o ressentimento no comportamento e estilo dos seus colegas de viagem. Principalmente ao se sentirem tão "parte do partido" por serem bem tratados, diferente de como eram nos seus países de origem. O autor nota a organização do local, mas sente claramente a falta de vida do local, principalmente associada às grandes obras arquitetônicas, que servem claramente à megalomania do líder. Parte da filosofia coreana é baseada em juch, que é uma teoria aprovada pelo Líder. Ela não é diferente de uma autoajuda bem fraca. Essas ideias ridículas são promovidas e obrigatoriamente repetidas pelos coreanos ad nauseam. Devido a isso, o autor se comove com o depoimento de um coreano, que o diz que ler Shakespeare e Dickens são os únicos prazeres de sua vida. Num dos passeios, Dalrymple foi numa "loja de departamento" no centro da cidade, e estranhamente percebia os indivíduos entrando e saindo da loja, sem levar ou comprar nada. Estranhando isso começou a seguir as pessoas e percebeu que tudo que acontecia naquele lugar era uma encenação, provavelmente para enganar os visitantes de outros países. O autor diz que existem muitos significados importantíssimos para o entendimento do comunismo. Como por exemplo, a falta de liberdade que uma economia planificada causa, tirando o poder de escolha das pessoas, que é um fim por si só na experiência humana, os deixando robotizados e escravos do Estado. Chegou o momento do discurso do grande líder, num estádio com 150 mil pessoas. Todos os coreanos o tratavam como o maior popstar da história da humanidade. Curiosamente, o discurso foi monótono. Muitas apresentações robóticas foram feitas, só corroborando a forma como indivíduos são tratados na Coreia do Norte: Como engrenagens. Durante parte deste evento, guatemaltecas apresentaram, em sua língua natal, questões pertinentes ao comunismo. Obviamente a maior parte dos coreanos presentes não fazia ideia do que estava sendo dito, quando possível conversavam entre si. Isto fez o autor lembrar de uma conversa que teve com médicos africanos ali presentes. Estes disseram que as coreanas com quem conversavam diziam que tinham ódio pelo regime, ou seja, tudo naquele estádio era uma grande armação ideológica. As mesas redondas nesse evento eram um show de conversas que não se ligavam entre si. Depois de muito aborrecimento devido a essas reuniões, o autor descobriu que haveria uma reunião de militantes pela democracia. Porém, ao conversar sobre ela com um guarda coreano, este pediu encarecidamente a Dalrymple que não participasse, curiosamente o fez apenas por amor ao regime. Em seguida, houveram saraus, onde poesias exaltando o Grande Líder e o regime foram feitas. Obviamente, este tipo de demonstração artística só poderia existir em locais totalmente controlados pelo governo, afinal de contas, ninguém consumiria um lixo estético como esse. Para finalizar, a deleção inglesa foi levada à casa de um coreano campeão mundial em algum tipo de luta. Ao chegarem, foram cercados por reportes da televisão nacional. Estes queriam filmar a alegria dos visitantes ao estarem usufruindo das benesses do regime. Dalrymple, num último ato de rebeldia, ao ser perguntado se gostava de esportes, disse que odiava. Obviamente sua tradutora modificou suas palavras (mudar a história é algo recorrente neste regime). O autor foi obrigado a dançar com coreanas, ao passo que ficou realmente nervoso e desatou a rir, ao perceber o teatro de malucos que participava.
3 - Romênia
Ao chegar em Bucareste, novamente, Dalrymple deu de frente com pessoas sem muita liberdade individual. Sua guia parecia ser uma mulher inteligente, mas com muito medo do regime. No hotel, não tinha variedade alguma de comida. A televisão apenas passava informações sobre o regime, como a quantidade de comida colhida nas fazendas estatais. Muita informação, pouco alimento. Ao sair às ruas percebeu um dos poucos pontos positivos que é comum a todo regime comunista: Bastante segurança pública. As ruas seguiam a mesma ideia da arquitetura de regimes socialistas, onde grandes obras reduziam ainda mais o indivíduo em relação ao Estado. As indústrias que viu em sua visita por Bucareste tinham aquele ar claramente soviético, onde tinha muita fumaça por pouca produção. Em suas lojas centrais, não haviam vendas, apenas demonstração de produtos porcamente copiados de suas fontes ocidentais. Parte das obras públicas ainda estavam sendo construídas, e Dalrymple pôde perceber que eram construções faraônicas stricto sensu: Pessoas trabalham com tecnologia quase nula para construir obras gigantes com pouca utilidade. Ao visitar alguns romenos, sentiu o medo de um Estado policial o vigiando, tomou muito cuidado em despeitar qualquer agente do governo para então seguir a seus colegas. Ao conversar com um economista, percebeu que não havia o básico da liberdade econômica presente em países capitalistas, e o efeito escravizante que isso causava o enojava. Este efeito o fez ter mais raiva de Ceaușescu, o ditador romeno que chamava seu regime de "Era da Luz" mesmo que nesse regime a luz elétrica fosse racionada. Dalrymple ouviu muitas críticas aos intelectuais romenos por não se organizarem contra o regime. Coincidentemente, durante o processo de escrever este capítulo sobre a Romênia, o ditador Ceaușescu foi deposto. O que deixou o autor muito feliz, pois seu regime era realmente humilhante. A propaganda nele era para destruir toda a estrutura psicológica interna dos homens e não propriamente promover o regime. Dalrymple tinha algumas teses sobre o governo desse ditador, como por exemplo, as carências que ele mesmo gerava não eram acidentais ao terror, mas um de seus instrumentos mais poderosos, isso ia ao encontro das "Teses sobre Feuerbach" que o ser social não era determinado por sua consciência, mas sua consciência era determinada por seu ser social, uma tese materialista mas que fazia muito sentido neste regime. Ao conhecer um intelectual romeno, ficou abismado com a escolha dele, de permanecer no país, para mostrar a seus alunos que era possível lutar pela história romena. Ao se deparar com essa história, Dalrymple se dá conta que estava cometendo o mesmo erro que muitos intelectuais ocidentais cometem: Achar que a verdadeira vida a ser vivida e histórias a serem escritas se caracterizam apenas pelo sofrimento. Ele ouviu muito sobre a história dos judeus na Romênia, que teve toda sua população de 1 milhão de judeus totalmente massacrada. Os 20 mil que sobraram viviam com medo, e com a possibilidade de serem totalmente esquecidos pelo regime. Por mais que este país tenha uma história triste com judeus, ele conheceu duas senhoras que recursivamente saiam de Israel com direção a Romênia, apenas pelo prazer de poder falar em sua língua natal. Dalrymple mostra como várias vezes a história foi reescrita na Romênia, como no caso deles dissera que começaram o estudo da insulina antes do Canadá. Neste caso ela foi escrita e reescrita, porque o cientista autor dessa teoria foi contra ao regime por determinada parte de sua vida. Dalrymple também viu num dos museus dedicados ao ditador que americanos levaram bandeiras da Romênia para a Lua, apenas por gostarem de seu ditador. Ao tentar anotar algumas dessas histórias absurdas, o autor quase foi preso. Transportar qualquer tipo de conhecimento, como exportar livros, da Romênia para o exterior era um crime no regime comunista. Dalrymple se mostra incomodado com a arquitetura da Romênia, mas nada chega perto de sua crítica à espionagem, que é um erro em si mesma, afinal, o desencontro de informações ou a repetição dela acaba por fazer inúteis seus esforços. Antes de sua volta à Inglaterra, o autor visitou mais algumas pessoas, entre elas foi à casa de um ginecologista amigo de um garoto, este por sua vez era filho de uma mulher importante para o partido. Nisto ele pôde observar como as pessoas se moldavam sob o poder do Estado. Ao precisar de gasolina, uma breve conversa da mãe deste garoto com os frentistas fez a gasolina aparecer, o que não havia ocorrido sem a ação pontual do estado nesse caso. Dalrymple nota que é errado de sua parte julgar as pessoas que moravam neste país, pois não eram apenas inconveniências que os faziam ser fieis ao estado. No caso deles era questão de vida ou morte. E para Dalrymple, que tanto criticava estes regimes, foi muito curioso aceitar de bom grado a ajuda dessa agente.
4 - Vietnã
Ao continuar suas viagens por países comunistas, Dalrymple chega ao Vietnã. Que diferente dos outros países visitados, foi um país cheio de vida aos seus olhos. O povo claramente odiava os russos pois eram o símbolo da destruição econômica de seu país. Nada se observava do colonialismo francês neste país, os revoltosos destruíram boa parte dessa influência. Logo no princípio de sua viagem ele conhece Nguyen, um ex-subtenente do exército sul-vietnamita, que lutava junto com os EUA. Após o fim da guerra, ele foi levado a um campo de concentração para lavagens cerebrais, e agora trabalhava transportando as pessoas por carroças que ele mesmo carregava. Ao ir a um hospital, descobriu que as pessoas lá apenas tralhavam para membros do governo, e que mesmo sendo público, as pessoas normais tinham que pagar muito caro pelas consultas. Com esse grande impacto do governo comunista na economia, Dalrymple percebe que o mercado não é apenas um mecanismo econômico sem alma, mas sim um fenômeno espiritual, onde não há liberdade sem ele. O autor contrasta em duas estrofes consecutivas as incoerências do sistema, apresentando o irmão do carroceiro que lia um livro sobre "O que não ensinam sobre a escola de negócios de Harvard" mas no seguinte dizendo que as pessoas não podem usar mais que 20 litros de gasolina por mês, isso se forem membros do governo. Ao ir num museu de guerra, pôde observar fotos que eram usadas pelo regime para lembrar da guerra. O autor também entrou num dos tuneis feitos pelos soldados, estes tuneis eram extremamente pequenos e desconfortáveis, algo que o autor achou marcante. Em conversa com alguns soldados que restaram da guerra, eles diziam que acreditaram naquela guerra, pois os líderes sempre disseram que todos os problemas internos e externos se resolveriam se eles lutassem, mas hoje todos sabem que aquilo era mentira. O autor visitou uma tumba, dita como uma das mais belas. Ficou impressionado com o silêncio quase místico do lugar e pensou se seria possível esse tipo de prazer em qualquer outro lugar do mundo, com todos os seus turistas tomando sorvete, batendo fotos e fazendo barulho.
5 - Cuba
Em sua visita à ilha, o autor percebe como tudo se resume a Fidel Castro. Seus discursos infinitos tanto na televisão estatal quando em reunião de cientistas, tema que o Líder Máximo não entende absolutamente nada. Dalrymple cita que a análise mais consciente do regime de Fidel é um meio termo entre as benesses e as coisas negativas que seus defensores e opositores falam. Realmente, o regime de Batista era deveras injusto com a população mais pobre. Mas Fidel não fica muito atrás, e além disso ele politizou qualquer ato social, até a menor ajudar num postinho de saúde é usada em prol da ditadura. Mortalidade infantil entre outras benesses melhoraram em toda a América Latina, mas é apenas em Cuba que isso se deve ao regime. Numa de suas andanças, observou que só era possível obter cerveja em Havana em casamentos e aniversários de 15 anos, era necessário entregar documentos e todo tipo de comprovação. Obviamente, burocratizar as coisas mais simples da vida acabava criando pessoas infantilizadas pelo sistema, afinal de contas elas perdiam seu orgulho ao serem humilhadas pela ditadura para conseguir coisas simples em qualquer outro país livre do mundo. Juntamente com Fidel, José Marti é endeusado na ilha. Ele é um poeta que apoiou o regime. Ele realmente não era muito fã dos EUA, mas sem dúvida não gostaria de ser usado como moeda de troca pela pobreza dos cubanos ultimamente. Seus conterrâneos os respeitam como um intelectual do passado, por mais que o governo tente santificá-lo, criando até mesmo feriados em suas datas especiais. Todo conhecimento era malcuidado na ilha, típico de um país que quer esquecer coisas boas anteriores ao regime. Em seguida, Dalrymple cita Che Guevara. Este é visto pelo autor como um arrogante, que mesmo tendo a coragem de sair da sua posição confortável na Argentina, queria um mundo aonde as pessoas fossem arrogantemente iguais a ele. Menosprezava todo tipo de prazer que não fosse aqueles que ele tinha. Dalrymple o compara, junto a Castro, a adolescentes que tiveram sucesso nas suas ideias. Dalrymple interagiu com algumas pessoas muito pobres e percebeu coisas interessantes. Em conversa com dois carpinteiros com bastante tempo ocioso, percebeu o pensamento crítico que eles tinham em relação a Cuba e aos EUA. Eles disseram que não gostavam do regime, mas que também não iriam aos EUA, não parecia um lugar intelectualmente bom, em suas palavras era um lugar violento e racista. O autor citou que sem dúvida não poderia ter uma conversa como essa com carpinteiros ingleses. O autor foi num salão de festas em Havana e percebeu que as pessoas lá tentavam enganar a si mesmas que estavam se sentindo confortáveis e felizes com o tratamento. Mas o local era horrível, a comida péssima e como nos outros países socialistas, os garçons tinham um poder descomunal à sua posição (provavelmente por estarem perto da comida). Após conversar com alguns camponeses, que eram vistos pelas organizações externas como defensores do governo de Castro, mas em conversa percebido o contrário, o autor conheceu um bêbado que, diferentemente do que estava acostumado, viu em Dalrymple uma antítese ao que sempre foi ensinado. Dalrymple não concordava que o cubano era mais livre que ele. Houve uma discussão que acabou em silêncio da parte do bêbado. Ainda na questão da liberdade, o autor discute que, quando Fidel diz que "não há presos políticos na ilha" ele está querendo dizer que com o crescimento do estado socialista, acabam-se os crimes políticos, pois a causa fundamental do crime político é a existência da exploração do homem pelo homem. De tal forma que todas as pessoas presas na ilha são, na verdade, prisioneiros contrarrevolucionários. Ao percorrer Cuba, o autor percebe que boa parte das conquistas está resumida a ganhos militares, que deram mais Estado às pessoas, ao mesmo tempo que menos sabão e manteiga. Nas palavras de alguns estudantes cubanos, a Revolução deu fim à estrutura burguesa de ensino, onde apenas os filhos dos ricos poderiam ter educação. Essa educação os faria destruir toda a estrutura anterior. Isso significa destruir coisas maravilhosas como toda ciência e arte anterior a eles. O sonho de todo revolucionário adolescente. Em conversa com uma correspondente que morava em Cuba, percebeu os contorcionismos mentais. Um exemplo foi o envio de soldados às guerras africanas, onde a maioria era de negros. Isso poderia ser um exemplo de racismo ocorrido em Cuba, coisa que o regime sempre negou que existisse. Os próprios soldados diziam para a correspondente que essa escolha só acontecia porque a maioria dos convocados ao exército eram negros. No fim, o autor se compara a cubanos que foram a outros países fazer um estudo de uma cultura tão diferente da deles. Eles citavam simples vendas de rua como se fossem crimes. Essa "realidade que eles não entendiam" seria a mesma forma que Dalrymple olhava para Cuba? Ele discute se situações que ele citava como consequências péssimas do regime (lojas vazias, prédios decadentes, filas, domínio de milhões de pessoas apenas por uma, falta de comida) seriam apenas um erro de sua própria visão.
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