Você é Ansioso? - Luiz Felipe Pondé

Você é Ansioso? - Luiz Felipe Pondé - Resumo PREFÁCIO A pandemia de covid-19 mostrou que algumas pessoas se deleitavam com o sofrimento alheio. Estes, em geral deprimidos, gozavam ao ver as pessoas outrora felizes por terem como se divertir saindo de casa, agora presos dentro detas. Esse é o tiop de ansiedade que não diz o proprio nome e se torna veneno escorrendo pela boca dos que tem. CAPÍTULO 1 - É POSSIVEL FALAR DE UMA ERA DA ANEIDADE? UM PEQUENO REPARO METODOLÓGICO Nossa vida é sem duvida mais fácil que de nossos ancestrais que sofriam todo dia de violencia e ameaça desta nas carvernas antes mesmo de chegar a puberdade. A intenção do livro é mostrar as caracteristicas de uma ansiedade diferente, a contemporanea. O niilismo pós eventos da Segunda Guerra Mundial, um vazio real fez brotar a ansiedade atual. Essa falta de sentido no mundo e a necessidade humana de te-lo cria o cenário para a epidemia de ansiedade. CAPÍTULO 2 - FONTES DO DIAGNÓSTICO DE UMA ERA DA ANEIDADE NO MUNDO CONTEMPORANEO A ansiedade atual, diferente de eras passadas e da ansiedade infantil, está associada não com a falta de informação, mas com o excesso dessa, e a busca incessante por mais (os noticiarios sobre a pandemia são um exemplo). Assim, a ansiedade certas vezes é salutar, como exemplificado num filme onde existia o General pessimista que sofria bullying por ser extremamente ansioso em suas operações e verificar cada problema. Eventualmente ele foi respeitado por carregar nas costas toda a carga de ansiedade que permitia que os outros soldados ficassem tranquilos. Atualmente temos vários motivos para desenvolver ansiedade, todos associados coma modernidade, como desemprego, democracia, miséria psciologia e principalmente a busca incessante pela felicidade. CAPÍTULO 3 - DIALÉTICA DA ANSIEDADE Diferente do que é pregado, não somos ansiosos porque queremos ser, mas porque esta brota das relações sociais e materiais, principalmente num mundo acelerado como o nosso. A necessidade de prosperar é o afeto crucial nessa construção. Percebemos a dialética quando tentamos destruir a ansiedade e, devido a isso, ela é maximizada, o que ocorre claramente no discurso de coachings que ao mesmo tempo que te dizem que você deve ser um vencedor, também lhe mandam deixar de ser ansioso. CAPÍTULO 4 - O FATOR ECONÔMICO NA DISTRIBUIÇÃO DA ANSIEDADE NA SOCIEDADE A ansiedade é distribuida desigualmente, e os efeitos dessa também. Enquanto uma pessoa acaba responsavel, por exemplo, pelo fim de ano na praia, as outras sobem nas costas desta, sem precisar se preocupar, e devido a isso se tornam mais interessantes e livres. A vida infantilizada é mais leve, sendo assim é cada vez mais escolhida, enquanto outros, os mais ansiosos, tem que manter as coisas funcionando. CAPÍTULO 5 - JOVENS ANSIOSOS A figura do jovem surge nos meados da decada de 60, quando a burguesia precisava que o mundo mudasse, pois quando as pessoas cansam (e assim procuram mudança) de algo elas compram mais. Nessa época então surge a figura do jovem revolucionário. Hoje em dia, devido a facilidade de lidar com a tecnologia, a piramide se inverteu, pessoas mais velhas vem os jovens como gurus e querem ser como eles. Quando uma pessoa mais velha diz que quer se tornar jovem, o recado que este da as grações mais novas é que não há esperaça no futuro. Isso é especialmente caricato nas mulheres mais velhas que querem ser desapegadas sexualmente como as suas filhas, independente de qualquer besteira ideologica que as feministas digam. A literatura atual divide as gerações por nomes, existem os baby boomers, milenium e a mais nova geração "i". Esta última leva esse nome devido a questões envolvendo internet. Diferente dos baby boomers, as duas últimas são foram vistas como projetos de vida de seus pais, e são aplaudidos e necessitam ser um agente individual desde o berço (diferente dos boomers que se tornaram ativos politicamente só na vida jovem e adulta). As gerações mais novas crescem então sendo aplaudidos por qualquer pequena vitória que tem, mas quando chegam no mercado de trabalho, percebem que não são tão especiais, e que pagar boletos não é tão legal como salvar o mundo ou ser o super milionário que seus pais e cultura pop prometeram. Dessa quebra de espectativa surge a sneidade e o medo. Um elemento que mostra essa dificuldade de amadurecer das gerações mais novas é eles terem deixado de lado quatro pilares que são socialmente consierados marcadores de amadurecimento: sair da casa dos pais, ter um relacionamento estruturado, querer ter filhos e manter-se financeiramente. CAPÍTULO 6 - ENVELHECENDO NA ANSIEDADE A longevidade é artificial a espécie humana, surgiu devido as condições economicas graças a sociedade de mercado. Com as pessoas sendo consideradas meios e não fins, surge a ideia de que você é uma mercadoria, e sendo assim deve se manter vendavel. Por isso um homem de 70 anos, acreditando que pode seguir o ritmo de uma bela jovem, toma todos os remedios do mundo para conseguir essa proeza, mas sabe que na primeira falha pode ser substituido por um homem mais jvoem e mais feliz. Amadurecer implica certa dose de tristeza. Num mundo apenas de vencedores, envelhecer é um gerador de ansiedade pois é impossivel faze-lo sem cometer falhas. As mulheres também passam por esse problema. Feministas colocam na cabeça destas que elas devem ser autossuficientes, quando na verdade ninguem o é. A tecnica então cria longevidade sem função, gerando velhos sem netos, pessoas sem objetivos, que vão acabar se tornando os críticados acima. CAPÍTULO 7 - A ANSIEDADE DAS NOVAS MASCULINIDADES O papel masculino está sendo dissolvido por "n" fatores, e isso cria ansiedade tanto em homens quanto em mulheres. Os primeiros, por se sentirem pressionados e se esforçando pelas mulheres sem o devido beneficio, acabam virando MGTOWs, homens que não querem constituir familia e nem serem manipulados por mulheres. As mulheres acabam não atingindo seus objetivos mais naturais como casarem e terem filhos. Esses papeis criaram tanta divergencia que acaba moldando personalidade. Um homem quando é sustentado pela mulher, por exemplo, em quase 100% dos casos tem seus carater degenerado. Se tornar homem é quase que inteiramente saber lidar com os proprios problemas. Mas com pessoas cada vez mais querendo se manterem jovens mesmo quando envelhecidas, isso acaba se tornando um problema, que quem é maduro não tem pois uma das vantagens da maturidade é poder repousar no próprio ser que voce carrega em si mesmo. CAPÍTULO 8 - EDUCAÇÃO: A LOUCA DA CASA Educação deixou de ser passar conhecimentos para uma paparicação das crianças, seja em casa ou na escola. As crianças são levadas a tomar atitudes mesmo antes de serem um "eu". O resultado é a vulnerabilidade e o medo. Os pais, movidos por teorias lidas no Google, acham que podem entrar no ambiente pedagógico, gerando assim mais ansiedade para os pequenos, justamente por tentar evita-la. CAPÍTULO 9 - ANSIEDADE E POLITICA Redes sociais e discussõe failiares são os veiculos da ansiedade devido a questões politicas. Parte disso vem dos pós-modernos, que afirmavam que não existia verdade absoluta, mas sim pequenas narrativas dependendo do contexto, agora vemos a proliferação destas como vírus, dando voz aos idiotas. CAPÍTULO 10 - O GOZO DA PARANOIA Algumas pessoas, principalmente aquelas que se consideram o bastião da moralidade e inteligencia, tem certo gozo com a paranoia generalizada. A pandemia de Covid é um exemplo, one estes se sentem no direito de obrigara s pesossas obedecerem as suas perspectivas mais apocalipticas. Aqui temos que observar a diferença entre conhecimento e paranoia. A segunda é sempre mais burra que o primeiro, pois na segunda não há analise racional da mesma quantidade de fatos. Ter noção de que não é possivel saber tudo sobre tudo gera o conhecimento, a falta de humildade perante o desconehcido gera paranoia. CAPÍTULO 11 - ANSIEDADE E REDES SOCIAIS Excesso de informação já foi apontado como gerador de ansiedae. As redes sociais são catalizadores disso, principamlente perante questões como "elevação das expectativas". Isso é pontualmente interessante em sites de relacionamento, onde, devido a velocidade das relações, todos se tornam mais exigentes. A quantidade absurda de pessoas também é um gerador de ansiedade, pois quanto mais opções, mais ansiedade. CAPÍTULO 12 - COACHING COMO TRANSMISSOR DE ANSIEDADE: SUCESSO E PROSPERIDADE Coaching promete sucesso e paz de espirito. Porém essas duas coisas são quase conflitantes. muitas das pessoas que tem sucesso são totalment alienadas da realidade social, pois precisão deum nível de dedicação que os impede de ter relações saudaveis. Sendo assim o coaching gera a mesma ansiedade que promete destruir, numa dialética muito lucrativa para aqueles que vivem dessa baboseira. Eles tratam como banais dificuldades sérisa das pessoas, gerando mais ansiedade, pois aumenta a demanda dos que os procuram. Quando estes percebem que estão perdendo tempo e dinheiro com coaching, adivinhe? Mais ansiedade. CAPÍTULO 13 - ANSIEDADE E LIBIDO Existe um vínculo entre os dois pois é impossivel desejar sem sentir ansiedade. Na era da velocidade da informação, e do marketing implicando essa imediatez em suas propagandas, a ansiedade flui. Budistas e epicuristas falavam sobre a falta de desejo para ser feliz. O que pode ser a ansiedade de toda essa loucura. CAPÍTULO 14 - MERCADO DA ANSIEDADE Ansioliticos transformam coisas pequenas em grandes problemas de ansiedade pelo simples fato de funcionarem. Essa medicalização acaba chegando até as crianças, que tomam remedios para coisas que, no passado, eram normais, como hiperatividade. Gerar e manter ansiedade cria empregos para todos esses "psicólogos por amor" que não teriam mercado numa sociedade saudável, além dos empregos públicos de um estado que quer até resolver a crise de hiperatividade das crianças. Existe todo um mercado de "espiritualidade" contra a ansiedade. Mas se este não bater diretamente nos demonios da ansiedade (medo, insegurança, desespero diante da finitude, o sentimento de traição que a vida sempre nos causa, a percepçaõd o mal em si mesmo) nunca resolverá o problema. CAPÍTULO 15 - ANSIEDADE E COMDIA Todo dia sai uma dieta diferente para resolver o problema que existe (ou as vezes nem existe) no seu corpo. Cientificamente, grande parte desses estudos não faz nenhum sentido pois é praticamente impossivel criar grupos de conttrole para toda as dietas que eles se propoe estudar. Talvez a pior das "lutas morais" seja aquela envolvendo a alimentação: quem acha se acha moralmente superior por comer "direito" é um idiota. CAPÍTULO 16 - ANSIEDADE E AUTOSSUFICIÊNCIA Discussões teologicas envolvendo a ansiedade datam de Santo Tomas de Aquino. Estas refletiam sobre a graça, se só poucos recebem e assim escapam do pecadou ou se todos recebiam e portanto, eram capazes de livremente escapar do pecado. Essa liberdade devido ao livre arbitreto causa ansiedade. Vemos principalmente no caso das mulheres. Feministas querem dar a entender que uma mulher é autossuficiente e não passará por essas coisas, o que causa ansiedade nas meninas. CAPÍTULO 17 - DEATH POSITIVE: UM PROJETO ANSIOSO DE MORRER Pessoas deixam de pensar em situações da vida pra pensar na morte em si. Como se isso os fizesse melhores humanos. CAPÍTULO 18 - ANSIEDADE E RESSENTIMENTO Esse consceito surgiu em Nietzche, nas pessoas que se sentem mal por o universo, ou as outras pessoas, não derem para ela o seu real valor. Ou seja, o ressentido é um invejo, e esse tipo de sentimento causa ansiedade. O ressentido é um controlador, e como não consegue controlar a contigencia do universo ou o desejo da pessoas, acaba surtando. A imagem da Fortuna, em Maquiavel, é importante para entender os problemas do ressentido. Fortuna é sempre representada por uma mulher, pois só surge naqueles que são corajosos e ousados, qualidades inexistentes num ressentido. CAPÍTULO 19 - CONTINGÊNCIA, MÃE DE TODAS AS ANSIEDADES Ter noção da contigencia sem estar preparado para isso gera muita ansiedade. CAPÍTULO 2O - O MEDO DO FUTURO O nome do capítulo fala por si só. CAPÍTULO 21 - ANSIEDADE E FALTA DE SIGNIFICADO No mundo liquido, como eexplicado por Bauman, as relações se desmancham na mão, esse tipo de incerteza é ansiogenica. CAPÍTULO 22 - UMA PEQUENA CONCLUSÃO: A ELEGÂNCIA CONTRA A ANSIEDADE Não há como escapar da ansiedade. Conseguir lidar com ela é uma virtude, e como toda a virtude necessita prática. Nas poetas palavras de Pondé, finaliza: Lembremos que a contingência é a mãe de todas as ansiedades. Não se trata de ser robusto porque a robustez racha. A fragilidade cede. A antifragilidade é sobreviver graças à humildade, reverência e resiliência diante dos fracassos, da imensidão do universo, do mundo e da sociedade. Todos perdemos no final. A elegância é não derreter diante desse fato.