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Voltaire - O Filósofo Ignorante

  • Foto do escritor: Canal Resumo de Livros
    Canal Resumo de Livros
  • 25 de ago. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 4 de out. de 2018


Voltaire - O Filósofo Ignorante


Prefácio: Voltaire é visto como um dos expoentes do pensamento moderno, uma espécie de revisão contemporânea de Kant. Percebe-se, atualmente, que existem forças contra suas ideias, como os muçulmanos que atacam não o indivíduo, mas a liberdade ocidental.


Questões 1 a 15:

O autor começa demonstrando a limitação do ser humano. Não tendo respostas sobre questões básicas como "quem somos?" e "para onde vamos?" ele demonstra que, por vezes, somos egocêntricos, achando que toda a criação foi feita para nós. O autor vai caminhando desde as nossas limitações físicas e mentais, até o conceito de liberdade. Saindo do universo antropocêntrico, ele vai até questões da realidade da natureza, como o movimento dos astros, que mesmo que não pensem para agir, nos mostra a limitação do nosso intelecto por não entendê-los completamente. Ele demonstra uma dicotomia referente aos limites do pensamento humano: ao mesmo tempo que não posso evoluir minha mente e corpo até o infinito, é igualmente impossível entender o "princípio fundamental" que faz este corpo mover-se. O autor demonstra sua crença no criacionismo quando cita que "toda obra demonstra um obreiro".


Questões 16 a 30:

Voltaire demonstra toda sua fé num ser superior quando discorre sobre suas questões. Ao citar a incompreensibilidade do infinito, diz que quanto mais temos noção da fraqueza de nosso entendimento, mais submisso nos tornaremos a esse ser superior. Ele associa a existência do infinito à "infinita ignorância" que temos em relação à realidade, e como isso está arraigado a servidão a deus. Tendo em vista nossa insignificância, não temos escolha sobre os sistemas de realidade possíveis, e dentre eles, estamos sempre no "melhor dos mundos possíveis", este que é um dos principais conceitos de Voltaire e resume todo o livro. O autor se questiona sobre do que é feito Deus, se ele é da mesma substância da nossa realidade ou algo fora dela. Sendo Deus desse mundo, seria "uma ideia simples", feita de materiais tão normais como os que convivemos? Quando questiona sobre liberdade, Voltaire observa o absurdo sobre "a vontade ser livre", que é tão inconsistente quanto a ideia de "querer querer". Os conhecimentos, para o autor, de nada adiantam se não houver um princípio de moral por trás dele.


Questões 31-45:

O autor propõe que existe uma moral inerente a todos os seres humanos, é essa moral que nos diz o que é certo ou errado fazer, independente de nossas crenças ou culturas (como exemplo, Voltaire cita que em qualquer cultura os indivíduos considerariam moralmente errado emprestar dinheiro e não devolvê-lo). Ele cita como comportamentos não morais relatados por estudiosos são facilmente manipuláveis, que na verdade eles não ocorreram. Ele discute um conceito bem atual: a diferença entre direitos naturais e poder, indo ao encontro da ideia de que não existem liberdades totais quando, por exemplo, atentamos à vida de alguém, estamos estabelecendo “poder” sobre a pessoa, e não um direito que nos é inerente. Ao final dessas quinze discussões ele reflete sobre conceitos que são idênticos em várias culturas, como os observados em zoroastristas e chineses, por exemplo, nas palavras de Confúcio: "perdoar as injúrias e a lembrar apenas os benefícios, a zelar sempre por si mesmo, a corrigir hoje as faltas de ontem, a exprimir as paixões e a cultivar a amizade, a dar sem ostentação e a só receber o extremo necessário, sem baixeza."


Questões 46-56:

Para concluir, o autor lembra que nunca disse que o homem não é livre, mas sim que sua liberdade consiste no seu poder de agir, e não no poder quimérico de "querer querer". Ao citar ignorâncias históricas associadas à cultura, nacionalismo e religião, que custaram a vida de muitos, conclui que se houvesse algum homem realmente sábio nessas épocas, este teria vivido e morrido no deserto. Ao final, cita que esses “monstros ignorantes” estão ainda à espreita, e que, na opinião dele, a verdade não deve se ocultar, e este mal tem que ser encarado de frente.

 
 
 

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  2018 - Os textos aqui expostos não representam a opinião do autor.

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